O juiz da 11ª Vara Criminal do Distrito Federal havia encerrado o processo com base na crença de que o comportamento descrito na denúncia do Ministério Público não constituía um crime. Na sua decisão, Ney Bello sustentou exatamente o contrário, afirmando: "o que temos são indícios. Fortes indícios, diria eu. Por serem fortes indícios, não é cabível a manutenção da absolvição sumária do apelado". Com base na decisão de Bello, o processo prosseguirá na primeira instância.
O gesto ocorreu durante uma sessão remota do Senado no dia 24 de março de 2021. Na ocasião, Filipe Martins acompanhava o então ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para discutir questões relacionadas à pandemia de Covid-19. Esse gesto, associado a grupos racistas, envolve a união dos dedos polegar e indicador, mantendo os dedos médio, anelar e mínimo esticados, formando as letras "WP," que representam o lema racista "White Power" (Poder Branco). O Senador Randolfe Rodrigues identificou o gesto e alertou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Como resultado, a Polícia do Senado Federal abriu um inquérito para investigar o ocorrido. Em sua defesa, Filipe alegou que estava simplesmente ajeitando a lapela de seu paletó. No entanto, a perícia realizada pelo Senado refutou essa alegação.
Fonte:Brasil 247 - 07/11/2023
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