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sábado, 12 de outubro de 2019

Em Aparecida: arcebispo diz que a direita é ‘violenta e injusta’


São esperados 170 000 romeiros em Aparecida (BW Press/Folhapress/Folhapress)/reproduçãp


Durante a missa solene no Santuário Nacional, maior templo católico do país, em celebração à Padroeira neste 12 de outubro, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, criticou a corrupção e disse que a direita é “violenta e injusta”. No feriado, são esperados 170 000 romeiros em Aparecida. O presidente Jair Bolsonaro tem agenda na basílica às 16h e um encontro com o arcebispo.

Ao citar o sínodo para a Amazônia, o arcebispo discursou sobre a defesa da vida. “Bendito seja o Sínodo da Amazônia, que está pensando na vida daquelas árvores, daqueles rios, daqueles pássaros, mas principalmente daquelas populações. Muitos de nossos parentes estão lá”, afirmou. 
  

Depois, fez uma referência aos dragões: “claro que nas escrituras o dragão é o demônio, é o dragão, é o diabo, é o mal que se organiza no mundo. (…) Livrai-nos do mal e nós então livramos a vida para que inclusive, para que no Brasil, nossas crianças não morram mais de uma bala perdida, nossos jovens não se suicidem e nossos idosos tenham lugar de dignidade para viver e sobreviver. O dragão do pecado”.


Na sequência, o arcebispo falou sobre o tradicionalismo e a corrupção: “Temos o dragão do tradicionalismo. A direita é violenta, é injusta, estamos fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio Vaticano Segundo. Parece que não queremos vida, o Concílio Vaticano segundo, o evangelho, porque ninguém de nós duvida que está é a grande razão do sínodo, do concílio, deste santuário, a não ser a vida, como já falei.


Ah, e aquele dragão, que ainda continua, estão sendo facilitados agora os caminhos, do dragão da corrupção, que tira o pão da nossa boca e aumenta as desigualdades sociais, que a mãe não pode ficar alegre com filhos desempregados,com filhos sofrendo uma violência injusta, com filhos e filhas não tendo nem como sobreviver cada dia, talvez até a cada minuto da vida. Dragão é o que não falta, mas a fé vence”. Informações do site Veja.com em 12/10/19.

SP: Dep. Joice é condenada após informação falsa em livro escrito por "ghost-writer"

[Joice é condenada após informação falsa em livro escrito por
foto:divulgação/reprodução

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais ao empresário Hermes Freitas Magnus, o primeiro denunciante da Lava Jato, por tê-lo citado como um "delator" em um livro sobre a Lava Jato. A decisão é do juiz André Augusto Salvador Bezerra, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e foi divulgada na coluna de Guilherme Amado, da revista Época.
Em março de 2018, Magnus processou a líder do governo Bolsonaro no Congresso e a editora Universo dos Livros, alegando que o livro "Delatores — ascensão e queda dos investigados na Lava Jato", lançado no fim de 2017, causou-lhe "humilhação pública" e "grande sofrimento". "Basta ler o livro para verificar o cunho pejorativo, denegridor e diminuto que se deu à conduta" de Magnus, escreveu a defesa dele.
O empresário também informou à Justiça que, na verdade, o livro não foi escrito por Hasselmann, mas por um ghost-writer, e que o real autor da obra, o jornalista Pedro Zabarda, admitiu o fato. Ainda segundo a Época, Zabarda foi questionado pelo empresário sobre "as afirmações falsas" no livro. Ele respondeu, segundo o empresário, "que a autora legal do livro, Joice Hasselmann, foi a responsável pela revisão".
Hasselmann afirmou ao TJ-SP, em fevereiro deste ano, que Magnus  fez uma "interpretação distorcida do texto" do livro, e que a indenização de R$ 2 milhões seria fora de seu orçamento. A defesa do empresário vai recorrer. O caso aguarda o julgamento na segunda instância, também no TJ-SP.
Segundo a revista Veja, a Universo dos livros também apresentou contestação e alegou “ilegitimidade passiva”, justificando que a empresa atuou apenas na publicação do livro e que não praticou nenhuma conduta irregular. Informações do Bocão News.

Óleo de barris encontrados em praias é o mesmo das manchas que poluem NE


foto:Barril encontrado em praia de Barra dos Coqueiros (SE) com óleo derramado (Foto: Adema/reprodução)


Confira a reportagem completa no site Uol de hoje(12) no link abaixo.

https://diogoschelp.blogosfera.uol.com.br/2019/10/12/oleo-de-barris-encontrados-em-praias-e-o-mesmo-das-manchas-que-poluem-ne/

Feira: Após 14 crimes em dois dias, subcomandante da PM-BA diz que vai trazer aeronave



Após 14 crimes em dois dias, subcomandante da PM-BA diz que vai trazer aeronave para Feira de Santana
Foto:Ed Santos/site Acorda Cidade/reprodução
O subcomandante da Polícia Militar, coronel Paulo Uzeda(foto) esteve em Feira de Santana na tarde desta sexta-feira (11), onde participou de uma coletiva e falou sobre o alto índice de homicídios nos últimos dois dias na cidade. Foram oito na quarta e seis na quinta. Além disso, um homicídio foi registrado na tarde desta sexta
O coronel informou que veio ao município fazer uma visita, após uma reunião com o governador Rui Costa e com o secretário estadual de Segurança Pública. Ele ressaltou que o dever da polícia é manter a sociedade segura e destacou as ações da polícia em Feira de Santana.


“É uma visita de praxe para saber se o coronel Luziel tem alguma demanda para a gente atravessar esse momento. O policiamento está normal e estamos reforçando com a Cipe Litoral Norte e Nordeste, além de trazer uma aeronave para ter mais rapidez, visto que ela tem o mesmo efeito de 250 policiais”, afirmou.
Sobre a movimentação de alguns policiais militares com relação à greve, o coronel Paulo Uzeda disse que o movimento não está tendo a adesão dos PMs.
“Estamos passando por um momento turbulento, mas estamos conseguindo manter a segurança, apesar da bandidagem ficar mais à vontade e achar que pode fazer qualquer coisa. A criminalidade migra, ela espera a passagem da polícia para fazer alguma coisa e por isso temos que massificar o policiamento”, afirmou.
Ele ressaltou que as polícias continuam trabalhando e informou que já houve prisões efetuadas e elementos envolvidos nos homicídios ocorridos nos últimos dias identificados. O coronel informou ainda que está mandando mais viaturas para a cidade para reforçar o policiamento.
O subcomandante da Polícia Militar disse ainda que não tem conhecimento de cada caso de homicídio que ocorreu na cidade, mas que existe um conjunto de fatores que podem ter motivado esses crimes. Segundo ele, o mesmo calibre de arma utilizado nos crimes é um fator que leva a polícia a uma linha de investigação.
fonte:acorda cidade/reprodução

MEC quer fundir a Capes e CNPq, ministro Marcos Pontes é contra

MEC quer fundir Capes e CNPq em uma só fundação; Marcos Pontes é contra
Foto: Reprodução / Agência Brasil
A equipe do ministro da Educação, Abraham Weintraub, encaminhou nesta semana uma proposta de texto de medida provisória para fundir em uma mesma instituição a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). O MEC quer transformar as duas agências em uma fundação, que seria gerenciada pela pasta.

A fusão é criticada no meio acadêmico e científico e enfrenta oposição do Ministério da Ciência,  responsável pelo CNPq.

A medida provisória é um instrumento que acelera a tramitação no Congresso. Com força de lei, é adotado pelo presidente em casos de relevância e urgência. O atraso na apreciação pode trancar a pauta de votações.

O plano de fusão do governo Jair Bolsonaro (PSL) avança em meio a uma crise financeira que ameaça pagamento de bolsas e continuidade de grande projetos científicos, como o acelerador de partículas Sirius, maior empreendimento da ciência brasileira. 

A Capes é ligada ao Ministério da Educação e o CNPq, à pasta de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Os dois órgãos têm atribuições de fomento à pesquisa, mas atuam com objetivos distintos.

O Ministério da Ciência confirmou o recebimento do texto e ressaltou que se trata de uma proposta do MEC que não foi discutida pela pasta, sobretudo com relação à construção de uma fundação. A pasta informou ainda que se coloca à disposição para discutir a importância do CNPq.

A fusão não é bem vista pela equipe do Ministério da Ciência, comanda por Marcos Pontes. O ministro publicou em rede social:  "Sobre a ideia divulgada de junção do CNPq e CAPES: a posição do MCTIC é contrária à fusão, pois seria prejudicial ao desenvolvimento científico do País. Existe algum sombreamento de atividades e pontos de  melhoria na gestão. Esses problemas já estão sendo trabalhados no CNPq."

Weintraub aposta que o novo órgão ficaria no MEC sob o argumento de que a pasta soube lidar melhor com a escassez de recursos da Capes neste ano, sobretudo na relação com a equipe econômica.

O ministério da Economia recomendou a fusão das duas agências. A proposta também incluiu a vinculação da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), hoje ligada à pasta da Ciência, ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Para Roberto Muniz, presidente do sindicato nacional de gestores em ciência e tecnologia, a crise orçamentária tem provocado o surgimento de ideias que não resolvem a questão. 

"O governo está com um movimento para redirecionar todo o sistema de ciência e tecnologia, reduzi-lo drasticamente, e mudar o foco só para pesquisa aplicada, que gere recursos e lucros", diz. "É um risco para a soberania nacional, porque sem produzir conhecimento básico o país fica refém dos países que produzem esse conhecimento", diz Muniz, que também é presidente da associação de servidores do CNPq.

Treze instituições acadêmicas e de pesquisa divulgaram na sexta-feira (11) carta em que se posicionam contra o plano de fusão. 

"Seria uma medida equivocada sob todos aspectos já que as duas instituições, criadas e desenvolvidas ao longo de mais de seis décadas, têm missões bastante claras e complementares", diz a carta, assinada por instituições como a Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Andifes (que reúne reitores das universidades federais).

Por causa de bloqueio de recursos, a Capes cortou até agora 7.590 bolsas de pesquisa, o equivalente a 8% do que havia no início do ano. Mesmo após descontingenciamento, o órgão ainda enfrenta um congelamento de R$ 549 milhões no orçamento do ano.

O órgão ainda perde metade do orçamento em 2020, segundo proposta encaminhada ao Congresso pelo governo: sai de R$ 4,25 bilhões, segundo o valor autorizado para 2019, para R$ 2,20 bilhões no ano que vem. O MEC afirma que já garantiu mais R$ 600 milhões para o que vem e a Capes tem tentando convencer deputados a construir uma emenda parlamentar de mais R$ 300 milhões.

Com relação ao CNPq, o orçamento de 2019 já foi aprovado com a previsão de recursos insuficientes. O orçamento garantia o pagamento das 84 mil bolsas somente até agosto.

As contas vencidas no mês passado e neste ano foram pagas com recursos garantidos de última hora. A pasta ainda precisa de R$ 250 milhões para garantir as bolsas do ano.

O ministério da Ciência solicitou aportes para a Economia mas foi ignorado até agora, como a própria pasta informa em ofício de resposta a solicitação de informações do deputado Ivan Valente (PSOL).

Para pagar bolsistas neste mês, o CNPq remanejou recursos da área de fomento à pesquisa, que financia empreendimentos como o Sirius. O equipamento tem o tamanho de um estádio de futebol e é a máquina mais cara e sofisticada da ciência brasileira.

Trata-se de um acelerador de partículas, localizado em Campinas (SP), que possibilitará a visualização em altíssima resolução de estruturas de vírus e proteínas (em busca de novas vacinas), de solo (com a ideia de aprimorar fertilizantes) e de rochas e de novos materiais (para melhorar a exploração de gás e petróleo), entre outras aplicações. Quando estiver pronto, colocará o país na vanguarda das pesquisas com esse método.

A pasta informa, no documento enviado à Câmara, que o desbloqueio de recursos é necessário para o início da operação de seus três aceleradores e para o funcionamento completo das treze linhas de luz do Sirius em 2020.

"No momento, o CNPEM tem como foco garantir o início do funcionamento do Sirius e sua abertura para a comunidade de pesquisadores ainda no ano que vem, o que é o principal objetivo do projeto, e que está sendo preservado, mesmo em um contexto de restrição orçamentária", disse em nota o CNPEM, organização social responsável pelo Sirius.

O Ministério da Ciência informou em nota que, no cenário de restrição, tem priorizado o pagamento das bolsas e a garantia de recursos para seus institutos de pesquisa e entidades vinculadas.

O Ministério da Educação informou que a decisão final de fusão das agências depende de decisão do presidente Bolsonaro. A reportagem questionou o MEC sobre o texto da medida provisória no início da noite de sexta-feira (11), mas até a publicação dessa reportagem não havia retorno sobre esse tema.


fonte:Folha 12/10/19 -10h.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

'Nunca daremos permissão', diz família de Prince sobre uso de música por Trump

'Nunca daremos permissão', diz família de Prince sobre uso de música por Trump
Foto: Divulgação
Após Donald Trump usar um dos grandes sucessos de Prince, “Purple Rain”, em um comício, em Minnesota, na noite desta quarta-feira (10), a família do artista foi a público para criticar mais uma vez a utilização indevida da obra pelo presidente dos Estados Unidos.

Em uma publicação no Twitter, o fundo que administra o patrimônio de Prince informou que a equipe de Turmp voltou executar a música do artista "apesar de ter confirmado há um ano que a campanha não usaria a música de Prince". A publicação estampa ainda uma carta datada de 15 de outubro de 2018, na qual um advogado de Donald Trump afirma que ele não usaria a canção em seus eventos.

"Nunca daremos permissão ao presidente Trump para usar as canções de Prince", reiterou a família do músico, que morreu aos 57 anos, em abril de 2016, após sofrer uma overdose acidental. Informações do Bahia notícias.

Bahia lidera o crescimento do turismo no país

      foto:Michele Rocha
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a Bahia, neste ano, tem o melhor turismo desde 2014. O índice referente aos serviços do setor cresceu 2,8% em agosto, enquanto no Brasil foi negativo, com -2,9%.
De acordo com informações da Secretaria de Comunicação (Secom), com os índices do mês de agosto, as atividades ligadas ao turismo na Bahia mantiveram o desempenho positivo no acumulado de 2019 (2,3%) e nos últimos 12 meses (2,5%).
O secretário do Turismo, Fausto Franco, descreveu que o crescimento é resultado do trabalho que vem sendo feito para qualificar os serviços turísticos e promover o destino. Informações de atardeonline.

Câncer: o primeiro tratamento 100% individualizado é feito no Brasil

O mineiro Vamberto de Castro, de 62 anos, tinha um câncer terminal. Cerca de 1 mês após o tratamento, ele não apresenta mais sinais da doença. (Hugo Caldato/Divulgação)
O mineiro Vamberto Luiz de Castro, de 62 anos, é o primeiro paciente a receber um tratamento totalmente individualizado contra câncer. O tratamento consiste na técnica mais arrojada já empregada na oncologia e foi totalmente desenvolvido no Brasil. Conhecido como CAR-T, o método é personalizado e associa a imunoterapia à engenharia genética.
Ao contrário dos medicamentos disponíveis atualmente, cada dose é customizada para o paciente e, para isso, há uma logística complexa. Atualmente, somente o Centro de Terapia Celular (CTC-FAPESP-USP) do Hemocentro de Ribeirão Preto, ligado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, unidade da Secretária de Estado da Saúde, desenvolve a medicação no Brasil. No momento, eles só são capazes de realizar um tratamento por vez. Mas há expectativa para ampliação dessa capacidade em breve.
Vamberto foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin de alto risco, um câncer hematológico grave, há dois anos. Entre setembro de 2017 e junho deste ano, foi submetido a quatro tratamentos diferentes, sem sucesso. A nova terapia era sua última esperança. Em menos de 20 dias após o início da tratamento, ele não apresenta mais sinais da doença.
“Tratando-se de câncer, ainda é cedo para dizer que ele está curado, mas ele não apresenta mais sinais da doença e era um paciente que já estava em cuidados paliativos”, diz o hematologista Dimas Tadeu Covas, coordenador do Centro de Terapia Celular (CTC) do Hemocentro do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) da Universidade de São Paulo.
O linfoma é um tipo de câncer que afeta o sistema imunológico. Vamberto, sofria de uma forma avançada de linfoma de células B. Após todos os tratamentos de quimioterapia e radioterapia falharem, o prognóstico era de menos de um ano de vida.
Em menos de 20 dias após o início do tratamento, exames mostraram que as células cancerígenas desapareceram. Os sintomas – suores noturnos, perda de peso e nódulos no pescoço – e as dores também sumiram. “Esse era um paciente que precisava de morfina para controlar as dores e tinha nódulos grandes pelo corpo todo. O resultado é incrível.”, comemora Covas. A alta é esperada para sábado, 12. Vamberto será acompanhado por pelo menos 10 anos.
 Desenvolvimento nacional
A técnica utilizada em Vamberto é extremamente complexa e exige equipamentos de ponta. Atualmente, poucos países no mundo tem capacidade para produzir essas células, incluindo EUA, Reino Unido, China, Japão, entre outros. Esse fato coloca o Brasil no mesmo patamar de inovação de países desenvolvidos.
A pesquisa que deu origem ao desenvolvimento do tratamento começou há cerca de cinco anos, no CTC, em um projeto financiado pela Fapesp. Um prêmio recebido pelo hematologista Renato Cunha, membro da equipe, em 2017, para o desenvolvimento de vetores brasileiros ajudou a colocar o projeto em prática.
“O desafio era conseguir realizar o CAR-T com vetores nacionais e não comprados prontos, de farmacêuticas que já desenvolveram a técnica. E deu certo. Estamos desenvolvendo outros vetores e, em breve, trataremos leucemia e mieloma múltiplo e vamos caminhar em direção aos tumores sólidos. Essa ainda é uma fronteira, mas estamos ansiosos para isso”, diz Renato Cunha, diretor técnico do Centro de Transplante de Medula Óssea do HCRP.

O tratamento

O primeiro passo é extrair uma amostra de 200 mililitros de sangue do doente. Desse material, separam-se os linfócitos T, as células que comandam a sinfonia do sistema imunológico. Em laboratório, essas células são alteradas de modo a receber um receptor, o CAR, uma partícula desenhada para se dirigir a um alvo específico — no caso, o CD19, uma molécula encontrada na superfície das células com linfoma não Hodgkin de alto risco e também outros tipos de tumores, como a leucemia linfoide aguda.
O segundo passo é fazer com que os linfócitos T, já com o CAR (transformado em CAR-T, portanto), se multipliquem. Quando injetados de volta na corrente sanguínea, essas células poderosas continuam a se multiplicar e passam a fazer parte do sistema de defesa do organismo. Os novos linfócitos são treinados para reconhecer e matar especificamente as células cancerígenas. Em poucos dias, o câncer desaparece.
“As células T nos defendem contra infecções e o tumores. Mas em determinado momento, o tumor consegue driblar esse mecanismo e a célula não o reconhece mais. É quando ele começa a crescer. A modificação basicamente dá à célula um novo receptor que faz com que ela enxergue o tumor. É como um mecanismo chave-fechadura. A célula modificada tem uma chave que reconhece uma fechadura específica, que está no tumor, que precisa ser destruído.”, explica Cunha.

O procedimento na prática

Todo o procedimento deve ser realizado em ambiente hospitalar. No caso de Vamberto, a internação ocorreu seis dias antes da infusão das células, que é feita por uma transfusão sanguínea. Uma vez inseridas no corpo do paciente, essas células se multiplicam e começam seu trabalho.
No dia seguinte à infusão, começou a febre, um sinal que as células CAR-T estavam agindo. Cinco dias depois, tinha início o momento mais crítico. A ação massiva das células CAR-T desencadeiam uma tempestade de citocinas, que é uma inflamação generalizada.  Os sintomas desse processo incluem queda súbita de pressão, dificuldade para respirar e inchaço dos órgãos. Em alguns casos, essas reações graves, em pacientes já debilitados pela doença, podem ser fatais.
Para melhor controle dos sintomas, o paciente deve ser transferido para uma unidade de terapia intensiva, onde permanece até a estabilização do quadro. “Nós usamos um remédio que bloqueia essas citocinas, sem prejudicar o processo do CAR, porque essas citocinas fazem o CAR crescer mais e matar mais tumor. Precisamos delas para a eficácia do tratamento, mas em uma quantidade que não mate o paciente. Essa tempestade varia do grau 1 ao 4. Vamberto teve até o grau 3 e depois começou a melhorar”, explica Cunha.
A partir do sexto dia após a infusão, já era possível detectar 30% de células CAR-T no sangue do paciente. Isso significa que o tratamento está sendo bem sucedido e as células estão se proliferando. Em uma semana já era possível ver melhora nos sintomas clínicos. Com o passar do tempo, exames mostraram a redução do tumor até a remissão do câncer. Nos Estados Unidos, o índice de remissão da doença, entre linfomas terminais, é superior a 80% após 18 meses da realização da terapia celular. Na leucemia de células B, essa taxa ultrapassa os 90%. “Antes das células CAR-T, esses pacientes tinham só 5% de chance de sobrevivência. Mudou totalmente a história da doença”, comemora Cunha.
Ao contrário dos medicamentos comuns, como a quimioterapia ou terapias-alvo, que têm um tempo determinado de efeito no organismo, as células CAR-T permanecem por muitos anos no corpo do paciente. É como dar uma droga viva ao paciente. A vida útil de uma célula varia entre 30 e 50 anos e enquanto ela estiver viva, o paciente estará protegido contra  esse tipo de turmo, pelo menos.

Inclusão no SUS

A primeira aprovação de uso para CAR T-cells veio em 2017, nos EUA, onde já é usada no tratamento de crianças e jovens com leucemia linfoide aguda (LLA) e adultos com linfoma difuso de células B. O problema é o custo. Desenvolvido pela Novartis, o Kymriah (tisagenlecleucel), custa 450.000 dólares, cerca de 1,9 milhão de reais. Mas o custo total tratamento, incluindo despesas médicas, como internação hospitalar, chega à casa do milhão de dólares (mais de 4 milhões de reais)
O custo do tratamento desenvolvido no Brasil varia entre 50.000 e 100.000 reais. A expectativa é que o CAR-T desenvolvido pelo CTC seja disponibilizada no SUS, no futuro. Mas antes disso acontecer, são necessários testes clínicos fases I,II e III e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por enquanto, ela é oferecida como protocolo de pesquisa para compassivo. Ou seja, todos os pacientes submetidos ao tratamento não têm outras opções terapêuticas e são eles que procuram a equipe e se oferecem para participar. O estudo clínico compassivo continua e deverá incluir mais 10 pacientes nos próximos 6 meses. A fila anda de acordo com critério de gravidade. De acordo com os pesquisadores, outro tratamento está prestes a começar em um homem de 35 anos.
fonte: Por Giulia Vidale/Veja 11/10/19 -00h:30min.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Salvador: Soldado PM é baleado e preso após ataque a ônibus na Suburbana, diz SSP

Bolsonaro veta obrigação de hospitais de notificar suspeitas de violência contra a mulher

foto:© Thomson Reuters/reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comunicou ao Senado Federal que decidiu vetar, integralmente, o projeto de lei que obrigava os hospitais das redes de saúde pública e privada a notificar à polícia os casos suspeitos de violência contra a mulher em, no máximo, 24 horas.
No projeto, a deputada federal Renata Abreu (PTN-SP), afirmou que "não existe por parte dos órgãos governamentais qualquer canal de comunicação entre hospitais e delegacias que mapeie de forma significativa as áreas com maior concentração de violência à mulher".O governo justificou o veto à proposta "por contrariedade ao interesse público".

Segundo a parlamentar, "a mulher agredida, por medo, deixa de registrar o boletim de ocorrência, porém, procura um hospital devido às lesões".
"E, muitas vezes, não há conhecimento das Secretarias de Justiça do ocorrido, e tal estatística passa despercebido."
Atualmente, a legislação determina a notificação obrigatória de casos de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados. Pelo texto vetado, deveriam ser informados também os indícios.
Na justificativa enviada ao Senado, Bolsonaro afirmou que consultou os Ministérios da Saúde e da Mulher, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Ambos se manifestaram a favor do veto integral.
"A proposta contraria o interesse público ao determinar a identificação da vítima, mesmo sem o seu consentimento e ainda que não haja risco de morte, mediante notificação compulsória para fora do sistema de saúde", afirmaram as duas pastas.
"Isso vulnerabiliza ainda mais a mulher, tendo em vista que, nesses casos, o sigilo é fundamental para garantir o atendimento à saúde sem preocupações com futuras retaliações do agressor, especialmente quando ambos ainda habitam o mesmo lar ou ainda não romperam a relação de afeto ou dependência."
fonte:msn/Estadão

PM da Bahia: Sargento e dep. Isidório vê 'precipitação' em movimento liderado por Prisco

Isidório pede diálogo e vê 'precipitação' em movimento liderado por Prisco
Foto: Lucas Arraz / Bahia Notícias/reprodução
Após o deputado estadual Soldado Prisco (PSC) sair insatisfeito da negociação na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um dos envolvidos na greve da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) de 2001, o também deputado Pastor Sargento Isidório (Avante) afirmou nesta quinta-feira (10) que houve precipitação do movimento paredista liderado pelo colega Prisco, que culminou num anúncio de greve dos agentes, anunciado por este grupo na última terça-feira (8).

“Aos meus olhos, houve precipitação. Não era o momento. Acho que dava para aguardar um momento de calmaria. Nesse momento, a nação está toda conturbada”, opinou, em entrevista ao Bahia Notícias.

O parlamentar indicou que, 18 anos após a o movimento de paralisação da categoria do qual ele se fez uma das lideranças, o pensamento é diferente. Ele pediu mais diálogo entre as partes. “Hoje eu sou um pastor evangélico. Eu tenho que lutar pela paz o momento todo. Isso não quer dizer também que a gente vai assistir o PM com dificuldade. Eu acho que o bom diálogo é muito importante. Tem uma palavra no provérbio que diz que “uma palavra branda acalma uma guerra””, pontuou.

Ele negou que tenha sido um dos líderes do movimento em 2001 e afirmou que a realidade vivida atualmente é diferente da que existia à época. “Eu não estive no lugar dele, nem liderando greve. Eu fui envolvido também numa greve por falta de atenção do comando-geral da época, que não quis nos ouvir quando eu denunciava que a polícia estava com massa de manobra do governo da época, batendo em estudante, invadindo escola, batendo em sindicalista, jogou bomba na escola. A PM daquela época era uma, o governo era outro. Não quis conversa de jeito nenhum e ainda fez retaliação me prendendo. Diferente de hoje”, declarou. Informações do Bahia notícias.

Economia: Trump descumpre acordo com Bolsonaro e retira apoio ao Brasil na OCDE

Jair Bolsonaro presenteia Donald Trump com uma camisa da Seleção Brasileira, durante encontro na Casa Branca, em Washington - compromisso desfeito - 19/03/2019 (Kevin Lamarque/Reuters)
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, informou o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), José Ángel Gurría, que os Estados Unidos apoiarão apenas o ingresso da Argentina e da Romênia na instituição, o que significa a retirada de seu respaldo ao acesso do Brasil. A agência de notícias Bloomberg obteve a carta de Pompeu, enviada em 28 de agosto.
A decisão contradiz o anuncio público de apoio do presidente americano, Donald Trump, ao acesso do Brasil na OCDE durante a visita de Jair Bolsonaro a Washington, em março deste ano. O respaldo dos Estados Unidos fora endossado pelo secretário de Comércio, Wilbur Ross, durante uma visita em São Paulo.
O apoio americano ao acesso do Brasil na OCDE foi um dos principais resultados da visita do presidente Jair Bolsonaro a Donald Trump, em Washington, em março passado, e selou o alinhamento da política externa brasileira à dos Estados Unidos. A medida teve como contrapartida o consentimento do governo brasileiro à sua retirada voluntária do sistema de preferências para economias em desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Os Estados Unidos continuam a preferir a ampliação a um ritmo mais lento levando em consideração a necessidade de pressionar pelo planejamento de governança e sucessão”, afirmou Pompeu na carta.
Quase ao mesmo tempo em que a reportagem da Bloomberg ia para o ar nesta quinta-feira, 10, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, demonstrou desinformação ao afirmar que “estamos prontos para integrar na OCDE. Nós e o setor privado acreditamos que isso será chave para o desenvolvimento do Brasil”, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019, em São Paulo.
O apoio dos Estados Unidos era considerado tão sólido pelo governo brasileiro que, em 1º de outubro, o deputado Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, postou no Twitter mensagem sobre a criação do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-OCDE, do qual tornou-se vice-presidente.
 O chanceler Ernesto Araújo, escudado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, na Casa Branca: desavisado sobre retirada do apoio americano ao Brasil na OCDE – 30/08/2019
O chanceler Ernesto Araújo, escudado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, na Casa Branca: desavisado sobre retirada do apoio americano ao Brasil na OCDE – 30/08/2019 (Mandel Ngan/AFP)
Um funcionário do alto escalão do governo americano disse à Bloomberg que os Estados Unidos apoiam a ampliação do bloco e um eventual convite para o Brasil. Porém, seu país está focado no ingresso da Argentina e da Romênia, devido aos “esforços de reforma econômica e o compromisso com o livre mercado”.
A decisão americana pode ter surpreendido a cúpula Itamaraty, mas alguns de seus segmentos jamais confiaram no apoio real dos Estados Unidos ao acesso do Brasil à OCDE neste momento. Em dezembro do ano passado, Washington já havia endossado o ingresso da Argentina – mesmo mergulhada em grave crise econômica – e da Romênia. Mas se contrapunha ao acesso dos demais países respaldados pela União Europeia – Bulgária e Croácia.
Para cumprir seu compromisso com Bolsonaro, Trump teria de ceder aos europeus. Outro país desconsiderado neste momento por Washington foi o Peru, ao qual a Casa Branca também prometera seu apoio. Segundo uma fonte do Ministério da Economia,  a rigor, os Estados Unidos não rejeitaram o Brasil, mas decidiram manter o processo de ampliação da OCDE bloqueado. “Na prática, tudo está parado”, afirmou.
Há anos, o Brasil faz parte oficialmente de 30 dos cerca de 300 comitês e grupos da OCDE. Como convidado, atua em outros órgãos da instituição. Desde que o governo brasileiro retomou sua intenção de ingressar na OCDE como membro, durante a gestão de Michel Temer, o Brasil enviou a Paris um representante exclusivamente para tratar desse tema, o embaixador Carlos Márcio Cozendey.
fonte: Denise Chrispim Marin e Vinícius Novelli - Veja 10/10/2019

Em Salvador: Em meio a paralisação parcial de PMs, Bope conduz militar armado a Corregedoria


Em meio a paralisação parcial de PMs, Bope conduz militar armado a Corregedoria
foto:reprodução/Imagem: Google Street View


Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação do estado, as guarnições do Bope voltavam de uma reunião de alinhamento quando avistaram o homem parado e agachado na Av. Tamburugy, ao lado de uma moto, por volta de meia noite.

"As equipes se aproximaram e fizeram a abordagem. Não houve resistência e o PM foi conduzido sem maiores problemas. Naquela mesma região, um pouco mais cedo, um ônibus tinha sido parado por uma dupla, em uma motocicleta. O veículo acabou atravessado na pista. Diante disso, estamos atentos com situações suspeitas", contou o comandante do Bope, major Clédson Conceição.

De acordo com a pasta, o militar prestou depoimento, assessorado por advogados da Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). Após comprovar que as armas e colete estavam em situação regular, ele foi liberado.

GREVE PARCIAL

Essa condução ocorre no âmbito de uma paralisação parcial feita por parte dos militares baianos. A greve foi anunciada na tarde de terça-feira (8) pelo deputado estadual Soldado Prisco (PSC), presidente da Aspra e líder do grupo.

O governador Rui Costa (PT) e o comandante-geral da PM, o coronel Anselmo Brandão, negam que haja adesão ao movimento. Ainda assim, de lá para cá, diversas ocorrências foram registradas em Salvador e no interior do estado, como ataques a lojas e caixas eletrônicas. Em Feira de Santana, pelo menos oito homicídios foram registrados da noite de quarta (9) para quinta (10).

Diante desse quadro, a Polícia Civil investiga se há relação entre os ataques e o movimento grevista. O governador, que viajaria para a Europa ontem, decidiu adiar sua viagem. Informações do site Bahia notícias.