foto:Arte: Quartz/reprodução
Pela primeira vez, o WhatsApp admite que a eleição de 2018 no Brasil sofreu o impacto do envio maciço de mensagens a partir da contratação de sistemas automatizados.
Reportagem de Patrícia Campos Mello na Folha traz a declaração de Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp. Disse ele em palestra no Festival Gabo:
“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”.
Veio à tona ainda no ano passado a revelação de que empresários apoiadores de Jair Bolsonaro, então candidato do PSL à Presidência, contrataram empresas de marketing para fazer envios em massa de mensagens, usando CPFs de idosos e contratando até agências estrangeiras.
O amigo navegante se lembra, ainda, de que empresários bolsonários bancaram também o disparo em massa de mensagens contra Fernando Haddad, candidato do PT.
Ainda no Festival Gabo, Ben Supple condenou os grupos públicos do WhatsApp acessados por meio de links que distribuem conteúdo político, na maior parte das vezes relacionados ao governo Bolsonaro.
Ele também reconheceu a influência do aplicativo em processos eleitorais. "Sabemos que eleições podem ser vencidas ou perdidas no WhatsApp”, disse. Informações do site Conversa Afiada.
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