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sábado, 26 de janeiro de 2019

Brumadinho: Baianos estão entre desaparecidos após rompimento de barragem


[Baianos estão entre desaparecidos após rompimento de barragem em Brumadinho]
 Por: Divulgação/Corpo de Bombeiros 
Quatro baianos da cidade de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia, estão entre os desaparecidos após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale no município de Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta-feira (25).
De acordo com o G1, Alex Mário Moraes Bispo, 22 anos, Ademário Bispo, 51, Ednilson Dos Santos Cruz e George Conceição de Oliveira, de idade não informada, trabalhavam em uma terceirizada da Vale e estavam na empresa no momento do ocorrido. Os nomes deles estão na lista de desaparecidos divulgada pela Vale, neste sábado (26).
Ainda segundo a publicação, Ademário e Alex Mário, que são tio e sobrinho, trabalham como mecânicos de montagem há cerca de seis meses na empresa.
fonte:BNews /reprodução

Número de mortos no desastre em Brumadinho chega a 34; 296 desaparecidos


Slide 10 de 28: LANGHOVDE GLACIER, ANTARCTICA - FEBRUARY 11, 2017:  DigitalGlobe overview imagery of Langhovde Glacier in East Antarctica.  Photo DigitalGlobe via Getty Images.
foto:Estadao/reprodução
Subiu para 34 no final da tarde deste sábado, 26, o número de mortos no desastre do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG). Conforme o governo de Minas Gerais, 296 pessoas estão desaparecidas, das quais 166 funcionários da mineradora e 130 terceirizados. Outras 176 foram resgatadas com vida na região (veja abaixo lista) e 23 estão hospitalizadas. São 81 pessoas desabrigadas. A mineradora divulgou uma lista com os nomes das pessoas não localizadas até agora.
Segundo os bombeiros, que mantiveram as buscas durante a madrugada, entre 100 e 150 desparecidos estavam na área administrativa da mineradora atingida pelos rejeitos de minério de ferro, cerca de 30 estavam na região da Vila Vér, 35 pessoas estavam na pousada Nova Estância, que foi destruída, e de 100 a 140 pessoas estavam na região do Parque das Cachoeiras. 
As equipes de busca foram reforçadas na manhã de hoje e conta com 144 bombeiros e 14 helicópteros, dos quais cinco são do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, quatro são da Polícia Militar mineira, dois da Polícia Civil, um da Força Aérea Brasileira e um do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Os bombeiros do Rio também participam das buscas com 42 homens.

fonte:MSN/estadão c/adaptações

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

SC: Justiça permite que deputada volte a incitar alunos a denunciar professores


Justiça permite que deputada volte a incitar alunos a denunciar professores

foto:reprodução

A desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, suspendeu uma decisão liminar que impedia a deputada Ana Caroline Campagnolo (PSL) de usar suas redes sociais para incitar alunos a denunciarem professores que manifestarem posições político-partidárias ou ideológicas em sala de aula. Com a nova decisão, a deputada ficou autorizada a voltar a publicar em sua página do Facebook postagem em que se coloca à disposição para receber as denúncias do comportamento de docentes considerados "capazes de humilhar ou ofender as liberdades de crença e consciência".

Para a magistrada, essa discussão tem ligação com a Escola sem Partido e a possibilidade ou não dos professores ultrapassarem os limites da sua atuação e entrarem "na seara da doutrinação político-ideológica". Maria do Rocio também pontuou duas questões em sua decisão, as quais não considera ilegais: a possibilidade dos alunos gravarem aulas em momentos pontuais quando houver ação considerada abusiva por parte dos professores, e a atuação da deputada como uma espécie de ouvidora social para defender estudantes que se sintam prejudicados por algum tipo de doutrinação em sala de aula.


"Não vislumbro nenhuma ilegalidade na iniciativa da (...) deputada estadual eleita, de colocar seu futuro gabinete como meio social condensador do direito que todo cidadão possui, estudantes inclusive, de peticionar a qualquer órgão público denunciando ato que entenda ilegal praticado por representante do estado, sobretudo quando se tratar de ofensas e humilhações em proselitismo político-partidário travestido de conteúdo educacional ministrado em sala de aula", afirmou na decisão. O mérito do agravo ainda será avaliado pelo colegiado do TJ-SC.

Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC) foi proibida de fazer tais publicações por uma decisão do juiz Giuliano Ziembowicz, da Vara da Infância e da Juventude de Florianópolis, em novembro de 2018. Na ocasião ele requereu a retirada imediata de um texto nas redes sociais onde a deputada pedia que alunos filmassem, gravassem e denunciassem professores que fizessem "queixas político-partidárias em virtude da vitória do presidente Jair Bolsonaro.

Além de apagar a publicação, o magistrado também havia determinado que Campagnolo não criasse, mantivesse, incentivasse ou promovesse qualquer tipo particular de serviço de denúncia das atividades de servidores públicos. Para o juiz, isso é atividade própria das ouvidorias criadas pela administração pública. Ele estabeleceu uma multa diária de R$ 1.000 em caso de descumprimento. 
Segundo Ziembowicz afirmou na época, "a discussão política deve fazer parte da realidade escolar, sempre com respeito as diversas opiniões, como deve ser, efetivando-se, assim, os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal e relativos ao tema, com importante incidência do pluralismo de ideias".


Segundo Ziembowicz afirmou na época, "a discussão política deve fazer parte da realidade escolar, sempre com respeito as diversas opiniões, como deve ser, efetivando-se, assim, os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal e relativos ao tema, com importante incidência do pluralismo de ideias".

fonte: BN 25.01.19 - 20:26min.

Barragem de Brumadinho era considerada de ‘baixo risco’ pelo governo





Helicóptero sobrevoa área de rompimento de barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte – 25/01/2019
© Uarlen Valerio/O Tempo Helicóptero sobrevoa área de rompimento de barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte – 25/01/2019.
A barragem de Brumadinho (MG), controlada pela Vale, que se rompeu nesta sexta-feira (25) está classificada pela Agência Nacional de Mineração (AMN) como uma estrutura de “baixo risco”. A categoria refere-se à possibilidade de haver algum desastre e rompimento da estrutura.
Por outro lado, segundo informações do Cadastro Anual de Barragens, o dano potencial que seu rompimento poderia causar é classificado como alto. A barragem da Vale está localizada em um complexo de minas e barragens de rejeitos. A Vale detém outras estruturas para armazenamento de materiais no mesmo local.
Coordenador do projeto Manuelzão, vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais e que monitora os impactos ambientais nas bacias hidrográficas do estado, Marcus Polignano afirma que a estrutura da barragem como a que rompeu gera instabilidade. “A medida que a própria água se infiltra na barragem, ela pode romper com a base”, explica.
“Não houve nem precipitação pluviométrica significativa nesse momento. Nós estamos sem chuva. Isso prova que a insegurança da barragem foi total. Ela rompeu por si mesma, não houve nenhum fenômeno externo para alavancar o processo”, analisa. “Depois de Mariana, não mudamos uma vírgula do processo de mineração e fiscalização. Isso não é um acidente, é uma tragédia anunciada.”
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que a barragem VI no Córrego do Feijão tem volume de 1 milhão de metros cúbicos de rejeito de mineração. A título de comparação, o órgão destacou que, no desastre de Mariana, também no estado mineiro, ocorrido em novembro de 2015, o volume era de 50 milhões de metros cúbicos.
As principais preocupações dos órgãos no momento, entre eles a Defesa Civil, é com resgate de vítimas e proteção de pontos de captação de água. O Corpo de Bombeiros estima que cerca de 200 pessoas estejam desaparecidas. Segundo a mineradora, a barragem armazenava rejeitos de minério de ferro.
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse nesta sexta-feira, 25, em entrevista à GloboNews que ainda não era sabia a extensão nem a causa do rompimento da barragem de Sobradinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O executivo disse que confirmava com pesar o acidente. “Não existem palavras pela dor que estou sentindo com o que terá sido causado às vítimas, se elas existirem. Mas pelo volume de coisas que aconteceram, certamente tem”, afirmou.
Schvartsman disse que tinha acabado de chegar da Suíça e que “assim que o tempo abrisse” pegaria um avião para ir ao local. “A Vale, como um todo, vai se preocupar profundamente com as vítimas. Vai resgatar e atender as pessoas e fazer tudo que estiver ao seu alcance para tentar enfrentar essa situação inimaginável.”
Em nota, a Vale informou que havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, o que indica a possibilidade de existência de vítimas. Parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida. Segundo o Corpo de Bombeiros, existem cerca de 200 desaparecidos.
Para André Perfeito, economista-chefe da Necton, o rompimento da barragem exigirá uma resposta do governo federal. “A questão fica agora na mão do governo que terá que lidar rapidamente com essa situação uma vez que tem se posicionado contra o fortalecimento do Ministério do Meio Ambiente. Isso é particularmente sensível para investidores estrangeiros.”
fonte: estadão/reprodução

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

No exercício da presidência: Mourão descarta privatização dos Correios

Vice-presidente, Mourão descarta privatização dos Correios
Foto: Romério Cunha/VPR'/reprodução
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) descartou, na manhã desta quinta-feira (24), qualquer possibilidade de privatização imediata dos Correios.

“Por enquanto, não”, respondeu Mourão, quando questionado se era a favor da privatização da estatal, segundo o jornal Estado de São Paulo. Ele participou de uma cerimônia de comemoração dos 365 anos do órgão e homenagem ao Dia do Carteiro, em Brasília.

fonte:bn

Salvador: Diretores de escolas da rede estadual entregam cargos


[Em protesto, diretores de escolas da rede estadual entregam cargos no CAB]
foto:reprodução BNews
Diretores e vice-diretores de escolas da rede estadual realizaram uma manifestação, na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, na manhã desta quinta-feira (24).
Na segunda-feira (21), durante plenária promovida pela APLB-Sindicato, foi acordada a entrega coletiva dos cargos pela categoria, caso não ocorra a reabertura de diálogo com o Governo sobre a revogação das mudanças previstas na Lei 14032/2018, que determina a dedicação exclusiva para diretores e vice-diretores.
Segundo a categoria, o Governo não tem demonstrado disposição e sensibilidade para dialogar e atender os pleitos, inclusive suspendeu a reunião que iria ocorrer no dia 16 de janeiro, na sede da Secretaria De Relações Institucionais (Serin), e até o momento não remarcou novo encontro.
fonte:bnews 24/01/19 -17hs

Após ameaças, Jean Wyllys desiste de mandato e deixa o Brasil


[Após ameaças, baiano Jean Wyllys desiste de mandato e deixa o Brasil]


Eleito pela terceira vez consecutiva deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Jean Wyllys vai abrir mão do novo mandato. Em entrevista exclusiva à Folha, o parlamentar —eleito com 24.295 votos e que está fora do país, de férias— revelou que não pretende voltar ao Brasil e que vai se dedicar à carreira acadêmica.
 
Desde o assassinato da sua correligionária Marielle Franco, em março do ano passado, Wyllys vive sob escolta policial. Com a intensificação das ameaças de morte, comuns mesmo antes da morte da vereadora carioca, o deputado tomou a decisão de abandonar a vida pública.
 
"O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: 'Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis'. E é isso: eu não quero me sacrificar", justifica.
 
De acordo com Wyllys, também pesaram em sua resolução de deixar o país as recentes informações de que familiares de um ex-PM suspeito de chefiar milícia investigada pela morte de Marielle trabalharam para o senador eleito Flávio Bolsonaro durante seu mandato como deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
 
"Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário", afirma Wyllys. "O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim", acrescenta.
 
Primeiro parlamentar assumidamente gay a encampar a agenda LGBT no Congresso Nacional, Wyllys se tornou um dos principais alvos de grupos conservadores, principalmente nas redes sociais. Ele também se diz "quebrado por dentro" em virtude de fake news disseminadas a seu respeito, mesmo tendo vencido pelo menos cinco processos por injúria, calúnia e difamação.
 
"A pena imposta, por exemplo, ao Alexandre Frota não repara o dano que ele produziu ao atribuir a mim um elogio da pedofilia. Eu vi minha reputação ser destruída por mentiras e eu, impotente, sem poder fazer nada. Isso se estendendo à minha família. As pessoas não têm ideia do que é ser alvo disso", afirmou Wyllys.
 
Deputado federal eleito pelo PSL de São Paulo, Frota foi condenado em primeira instância na Justiça Federal, em dezembro do ano passado, a pagar uma indenização de R$ 295 mil por postar uma foto de Jean Wyllys acompanhada de uma declaração falsa: "A pedofilia é uma prática normal em diversas espécies de animal, anormal é o seu preconceito".
 
Wyllys se ressente, sobretudo, da falta de liberdade no Brasil. "Como é que eu vou viver quatro anos da minha vida dentro de um carro blindado e sob escolta? Quatro anos da minha vida não podendo frequentar os lugares que eu frequento?", questiona.
 
Também avisa que vai se desconectar das redes sociais temporariamente e que não pretende acompanhar a repercussão do seu anúncio.
 
"Essa não foi uma decisão fácil e implicou em muita dor, pois estou com isso também abrindo mão da proximidade da minha família, dos meus amigos queridos e das pessoas que gostam de mim e me queriam por perto", explica.
Sobre o futuro, ele ainda não tem planos definidos. "Eu acho que vou até dizer que vou para Cuba", ironiza.
 
Quando você decidiu abrir mão do mandato?

Eu já vinha pensando em abrir mão da vida pública desde que passei a viver sob escolta, quando aconteceu a execução da Marielle. Antes disso, havia ameaças de morte contra mim e, curiosamente, não havia contra ela. Nunca achei que as ameaças de morte contra mim pudessem acontecer de fato. Então, nunca solicitei escolta.
 
Mas, quando rolou a execução da Marielle, tive noção da gravidade. Além dessas ameaças de morte que vêm desses grupos de sicários, de assassinos de aluguel ligados a milícias, havia uma outra possibilidade: o atentado praticado por pessoas fanáticas religiosas que acreditavam na difamação sistemática que foi feita contra mim.
 
Você chegou a ser agredido?
 
Além dos xingamentos, tinha gente que me empurrava, mesmo com a presença dos seguranças ao meu lado. E a coisa foi se agravando por causa da campanha baseada em fake news. Eu não era candidato à Presidência da República, mas a principal fake news me envolvia —o kit gay. Foi uma fake news produzida em 2011 e atribuída a mim.
 
No dia em que ocorreu o eclipse lunar [27/07], aquele em que a Lua ficou vermelha, eu não podia descer porque eu estava ameaçado. Só podia descer com a escolta, e a escolta não estava lá. Uma coisa simples, um fenômeno no céu que eu não podia ver.
 
Nesse dia, tive uma crise de choro e falei: "Eu vou largar tudo". Não posso estar no meu país e não poder descer para ver um eclipse lunar sem ser insultado por pessoas que acham que sou pedófilo, que quero homossexualizar crianças.
 
Você cogitou a ideia de não se candidatar?
 
Não cheguei a pensar nisso porque estava no fluxo do trabalho. E não era uma questão só minha, envolvia o partido. Mas, quando já era candidato, pensei em abandonar a candidatura. Aí, durante a eleição aconteceu o atentado contra o presidente, esse atentado que está por ser explicado ainda, e isso atiçou ainda mais a violência contra mim nos espaços públicos.
 
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiu uma medida cautelar logo depois da eleição. O documento é claríssimo: é baseado em todas as denúncias que nós fizemos à Polícia Federal, no fato de que a Polícia Federal não avançou nas investigações sobre as ameaças contra mim. No fato de que a proteção era pífia.
 
A OEA deu um prazo para o Estado responder quais eram as providências que estava tomando em relação à minha proteção. A resposta foi a mais absurda possível.
 
O Estado não reconheceu que havia uma violência homofóbica no Brasil. Isso com quatro pessoas LGBTs ou mais tendo sido mortas durante o processo eleitoral, com o Moa do Katendê tendo sido assassinado na Bahia por causa do ambiente de violência política que se estabeleceu no Brasil.
 
A resposta do Estado à OEA foi dizer que eu estava seguro, tanto é que eu participei das eleições. É uma piada. Eu não via a hora de sair de férias porque queria sair do país. Porque estava me sentindo inseguro, mesmo com a escolta me acompanhando. Quando saí de férias, experimentei de novo uma vida em liberdade. Aí, tomei a decisão de não voltar.
 
Você se firmou como um dos principais adversários de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, a ponto de ter cuspido na cara dele durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A eleição de Bolsonaro contribuiu para sua decisão de não assumir o novo mandato?
 
Não foi a eleição dele em si. Foi o nível de violência que aumentou após a eleição dele. Para se ter uma ideia, uma travesti teve o coração arrancado agora há pouco. E o cara [o assassino] botou uma imagem de uma santa no lugar.
Numa única semana, três casais de lésbicas foram atacados. Um deles foi executado. A violência contra LGBTs no Brasil tem crescido assustadoramente.

O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: "Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis". E é isso: eu não quero me sacrificar.
 
A violência contra mim foi banalizada de tal maneira que Marilia Castro Neves, desembargadora do Rio de Janeiro, sugeriu a minha execução num grupo de magistrados no Facebook. Ela disse que era a favor de uma execução profilática, mas que eu não valeria a bala que me mataria e o pano que limparia a lambança.
 
Na sequência, um dos magistrados falou que eu gostaria de ser executado de costas. E ela respondeu: "Não, porque a bala é fina".
 
Veja a violência com homofobia dita por uma desembargadora do Rio de Janeiro. Como é que posso imaginar que vou estar seguro neste estado que eu represento, pelo qual me elegi?
 
Você é o principal porta-voz do movimento LGBT no Congresso. Num momento em que o debate em torno dessas pautas tende a se acirrar, como você se sente abrindo mão do mandato?
 
Para o futuro dessa causa, eu preciso estar vivo. Eu não quero ser mártir. Eu quero viver. Acho que essa violência política que se instalou no nosso país vai passar. Pode ser que no futuro eu retome isso, mas eu nem penso em retomar porque há tantas maneiras de lutar por essa causa que não passam pelo espaço da institucionalidade.
 
Você foi um dos primeiros políticos a usar intensamente a internet. Como você enxerga a atual atmosfera das redes sociais? 
 
A diferença é que eu usava a internet para dar transparência ao meu trabalho, para ampliar os canais de comunicação e de democracia direta com a população. Nunca usei a internet para difamar ninguém, para caluniar ninguém.
Essa é a diferença para essas novas estrelas das redes sociais. Elas usam as redes sociais para a divulgação de fake news.
 
Há uma bancada inteira eleita com base em mentiras, inclusive contra mim. Eu venci processos contra umas cinco pessoas que me caluniaram. Só que esses processos não reparam o dano que isso causou na minha vida e na vida da minha família.
 
A pena imposta, por exemplo, ao Alexandre Frota não repara o dano que ele produziu ao atribuir a mim um elogio da pedofilia. Eu vi minha reputação ser destruída por mentiras e eu, impotente, sem poder fazer nada. Isso se estendendo à minha família. As pessoas não têm ideia do que é ser alvo disso.
 
Quais são seus planos? Para onde você vai?
 
Eu não vou falar onde estou. Eu acho que vou até dizer que vou para Cuba [ironiza]. Eu sou professor, dou aula. Eu escrevo, tenho um livro para terminar. Eu vou recompor minha vida. Eu vou estudar, quero fazer um doutorado.
Vou escolher um lugar onde eu possa fazer meu doutorado, que eu não pude fazer durante esses anos. Vou tocar minha vida dessa outra maneira.
 
Quando eu estiver refeito, quando eu achar que é a hora, eu volto, não necessariamente para esse lugar da representação política parlamentar, mas para a defesa da causa —isso eu nunca vou deixar de fazer.

Qual foi a reação do seu partido, o PSOL?

O partido reconhece que de fato eu sou um alvo e me deu apoio na minha decisão de não voltar. Reconhece que são graves as ameaças contra mim, que eu corro risco, que há uma vulnerabilidade maior pelo fato de eu ser identificado com a causa LGBT. Lamenta, claro, mas apoia minha decisão.
 
Você acha que a defesa muito enfática que você fez do mandato de Dilma Rousseff, e sobretudo do ex-presidente Lula, contribuiu para que esse clima de animosidade contra você crescesse?
 
Acho que sim. Acho que tudo acabou se misturando e eu fui convertido em um inimigo público para essas pessoas. Havia quem fizesse ameaça por conta desse ódio antipetista e havia quem quisesse me calar de fato. Tudo isso se misturou.

O PSOL reconhece essa vulnerabilidade. Mesmo os meus eleitores compreenderão isso. Milhares de pessoas não foram às ruas para protestar contra a execução da Marielle Franco à toa. Elas foram porque ficaram indignadas com a execução de uma mulher honesta, digna, uma parlamentar com um futuro brilhante que foi executada por uma rajada de metralhadora, parte dos tiros na cara dela.
 
Eu não quero ter esse fim. E para não ter esse fim eu não volto e não vou assumir o mandato. Não estou renunciando a nada porque sequer investi no mandato.
 
Você se arrepende de algo nesses oito anos como deputado federal?
 
Não me arrependo de nada. Eu acho que dei uma bela contribuição, que pode não ser reconhecida agora por causa das fake news, dos ataques e das mentiras, mas o espelho retrovisor pode mostrar de maneira clara como eu estive do lado certo o tempo inteiro.

A conquista do casamento civil igualitário foi uma conquista que dependeu muito da minha luta. Tenho muito orgulho do que fiz. Durante esses oito anos, enfrentei tudo isso com muita dignidade. Mas sou humano e cheguei ao meu limite.
 
E me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário [ex-PM suspeito de chefiar milícia que é investigada no caso Marielle]. O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim.
 
Qual é sua expectativa para o governo Jair Bolsonaro e qual deve ser o papel da oposição nos próximos quatro anos?
 
Não tenho nenhuma expectativa positiva em relação a esse governo. O nível de violência contra as minorias aumentou drasticamente desde que esse sujeito foi eleito. As suas relações pouco republicanas já vieram à tona —dele e de seus filhos. Então, não tenho boas expectativas.
 
A política econômica também não desenha um bom horizonte. O choque do neoliberalismo em um país desigual como o nosso não será bom. E acho que o Ministro da Justiça [Sérgio Moro] deve no mínimo prestar algum tipo de satisfação à população. Então, minhas perspectivas não são as melhores.
 
E acho que a saída para as esquerdas é a união. Mas, sinceramente, eu não quero mais opinar sobre isso porque estou abrindo mão do mandato justamente para não ter mais que opinar neste momento sobre essa questão. Quero cuidar de mim e me manter vivo.

fonte:folhapress e BNews/reprodução
foto:Bocãonews

MEC prorroga inscrições no Sisu até 27/01

Notas do Enem serão divulgadas nesta sexta; saiba como acessar
foto:reprodução
Há três dias com o registro de lentidão no acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Ministério da Educação (MEC) comunicou que vai prorrogar até as 23h59 de domingo, 27, o prazo para inscrição no sistema. O prazo inicial terminava nesta sexta-feira, 25. 
Nesta quinta-feira, 24, os candidatos continuam relatando dificuldade de acessar o site e relatam falha de segurança. Quando conseguem acessar o sistema, colocam seus dados (login e senha), mas são direcionados para a inscrição de outros candidatos. 
Resultados na prova são usados para concorrer a vagas no ensino superior Foto: Daniel Teixeira/Estadão
O ministério informou que o sistema está funcionando de forma "estável" nesta quinta e diz que a lentidão "eventualmente registrada" resulta do volume massivo de acessos simulâneos. 
Apesar de informar que o sistema está estável, o MEC disse que continua realizando "todos os procedimentos técnicos para que o sistema continue estável". 
Mudança
 O ministério também informou que irá alterar, a partir desta quinta, a atualização das notas de corte, que passará a a ser feita somente à zero hora e não mais em quatro horários ao longo do dia (7h, 12h, 17h30 e 20h), como ocorreu nos outros dois dias. 
"A medida foi adotada para não prejudicar os estudantes que ainda não realizaram sua inscrição e melhorar o acesso devido ao alto tráfego existente", explica o ministério.

O resultado da seleção está mantido para segunda-feira, dia 28, conforme calendário divulgado anteriormente.
fonte:Estadãoonline 24/01/19 - 16:38min.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Em Davos: Presidente Bolsonaro e ministros cancelam entrevista a imprensa




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foto:reprodução Twitter
O presidente Jair Bolsonaro e ministros cancelaram manifestações à imprensa que fariam nesta quarta-feira (23) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

O evento estava marcado para 13h (horário de Brasília). De acordo com a organização do fórum, seria uma entrevista coletiva, mas o governo brasileiro tratava como um pronunciamento.

A organização do fórum chegou a preparar uma sala com quatro lugares reservados para autoridades brasileiras.

Havia quatro placas, com os nomes de Bolsonaro e dos ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Paulo Guedes (Economia).

As placas foram retiradas às 13h17, quando foi confirmado que nem o presidente nem os ministros falariam.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, explicou para os jornalistas no fórum que Bolsonaro cancelou a fala à imprensa porque estava cansado.
fonte:Conversa afiada/reprodução

Bahia: TRF1 derruba liminar que proibia apreensão de carro com IPVA atrasado


[TRF1 derruba liminar que proibia apreensão de carro com IPVA atrasado na Bahia]
foto:Bnews/reprodução


Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) derrubou uma liminar que proibia, na Bahia, a apreensão de carros com o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em atraso de pagamento.
O desembargador federal Jirair Aram Meguerian, da 10ª Vara Federal, acatou o pedido do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) para a suspender a liminar.
Com a decisão do TRF1, o licenciamento de veículos deve ser feito vinculando o pagamento da taxa do serviço cobrada pelo Detran à quitação do IPVA junto à Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), além do pagamento do seguro obrigatório DPVAT e multas, se houver. O veículo que não estiver com todos os valores quitados será autuado e removido da via.
O diretor-geral do Detran, Lúcio Gomes, comentou o entendimento da Justiça Federal. "Sempre defendemos o cumprimento do Código de Trânsito, para garantir a segurança no registro dos veículos. A decisão judicial corroborou isso. Retomamos a normalidade no licenciamento, com seu conjunto de obrigações, para evitar que carros e motos com irregularidades circulem em nosso estado".

fonte:BNews/reprodução

Salvador: Prefeitura vai ofertas 347 vagas em 12 áreas



A Prefeitura Municipal de Salvador anunciou nesta quarta-feira (23) que fará um concurso público em 12 áreas diferentes com 347 vagas para trabalhar na administração municipal. 
As remunerações variam de R$ 2.400 a R$ 9,3 mil. As vagas são destinadas a professor, guarda municipal, agente de salvamento aquático, agente de trânsito e transporte, médico, psicólogo, engenheiro, entre outros.
Os  três editais do concurso serão lançados pelo prefeito ACM Neto e pelo secretário municipal de Gestão, Thiago Dantas, nesta sexta-feira (25), às 9h30, no Hub Salvador, no Comércio.


 fonte:Correio da Bahia c/adaptações

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

VESTIBULAR 2019: UNEB DIVULGA RESULTADO




























Sede do Campus -XVI -Irecê -foto:Ascom
A UNEB - Universidade do Estado da Bahia divulgou hoje(18) o resultado do processo seletivo vestibular de 2019. Confira  no link abaixo.











Fonte:Site da UNEB c/adaptações

domingo, 20 de janeiro de 2019

Sisu abre inscrições na terça; veja dicas para conseguir uma vaga


[Sisu abre inscrições na terça; veja dicas para conseguir uma vaga ]

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) abre inscrições nesta terça-feira (22) e traz novidades. Especialistas entrevistados pela Agência Brasil dão dicas de como usar o sistema e como aproveitar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para garantir uma vaga no ensino superior público.
Pelo Sisu, os estudantes usam a nota do Enem para ingressar em instituições públicas. Nesta edição, são mais de 235,4 mil vagas distribuídas em 129 universidades públicas de todo o país. Logo na inscrição é possível escolher até duas opções de cursos. A lista das vagas pode ser consultada no site do programa.
A principal novidade deste ano é que os estudantes que forem selecionados em qualquer uma das duas opções não poderão participar da lista de espera. Até o ano passado, aqueles que eram selecionados na segunda opção podiam ainda participar da lista e ter a chance de ser escolhido na primeira opção.
“Os candidatos têm que estar atentos a essa mudança. A dica é se inscrever no que realmente deseja trabalhar, entendendo que a universidade é o período em que se vai estudar para ter uma profissão. Tanto a primeira quanto a segunda opção têm que ser marcadas com o que o estudante quer”, diz o coordenador pedagógico do colégio Mopi, Luiz Rafael Silva.
Com o resultado do Enem disponível desde sexta-feira, o analista de ensino superior do Quero Bolsa, Pedro Amâncio, aconselha os candidatos a pesquisar desde já as notas de corte de anos anteriores do curso e da instituição onde desejam ingressar. Além disso, devem analisar se têm possibilidade de estudar em outra cidade, qual o custo de vida e quais as possibilidade de emprego que esse local pode oferecer após formado.
“São várias as variáveis que os alunos têm que olhar na hora da decisão. Acredito que vale a pena olhar para as possibilidades e simulações que a internet proporciona, conversar com amigos. Tudo isso pode ser feito antes da abertura do Sisu”, diz Amâncio. Ele orienta os estudantes a escolherem como primeira opção uma faculdade dos sonhos e, como segunda, uma em que seja possível ingressar.
Notas de corte
Uma vez por dia, o sistema do Sisu divulga as notas de corte de cada um dos cursos disponíveis. Trata-se de uma estimativa com base nos candidatos inscritos até o momento. Embora não seja uma garantia da vaga, é possível usar a informação para orientar a escolha.
“Até o encerramento das inscrições, o estudante consegue observar se há outra instituição, outro turno ou outro estado no qual ele tenha uma colocação melhor, que fique mais próximo da nota de corte”, destaca Silva.
O coordenador pedagógico pondera no entanto, que a situação pode mudar. Ele tem como prova a própria história. Quando foi aprovado para biologia estava 161ª posição para 35 vagas. “Isso é relativo. É interessante que o candidato consulte a nota de corte dos anos anteriores, quantas chamadas teve naquela instituição, para saber se realmente vai conseguir e até onde pode tentar ficar naquela vaga”, aconselha.
Sisu
As inscrições para o Sisu podem ser feitas de terça a sexta-feira (25). O resultado será divulgado no dia 28. A matrícula dos selecionados deve ser feita do dia 30 de janeiro ao dia 4 de fevereiro.
Do dia 28 ao dia 4 de fevereiro, os estudantes que não foram selecionados na chamada regular, em nenhuma das opções, podem manifestar o interesse em participar da lista de espera. Esses alunos serão convocados pelas próprias instituições de ensino a partir do dia 7 de fevereiro.
fonte:Ag. Brasil