Comando cumprimenta PMs que estiveram no Ceará -foto:reprodução
Um acordo fechado entre os governadores petistas Rui Costa e Camilo Santana manteve desde o dia 5 de janeiro um contingente de cerca de 100 policiais militares baianos no Ceará para ajudar a controlar a crise de segurança no estado. De acordo com reportagem do Uol, a ação foi alvo de críticas do vice-presidente, Antônio Hamilton Mourão (PRTB), e irritou militares das Forças Armadas.
O site detalha que, na visão deles, o empréstimo de policiais não deveria ter sido feito sem o intermédio do governo federal. Eles também criticam supostos objetivos políticos na medida.
"No meio de uma crise dessa natureza, o governador da Bahia mandar cem policiais para o Ceará é igual a tapar um buraco com uma pedrinha. Foi mais uma jogada de marketing", disse o vice-presidente Mourão em entrevista por telefone ao Uol.
Para os militares, a medida pode abrir precedentes para propostas de formação de forças regionais militarizadas, que não estão previstas na Constituição. Essa opinião não reflete, porém, a posição institucional do Exército, que não se manifestou sobre o caso.
Ainda de acordo com a reportagem, militares do alto escalão do Exército, que pediram anonimato, afirmaram ao UOL que o convênio firmado entre os governadores causou descontentamento entre membros das Forças Armadas. Eles disseram entender que o Ceará passa por uma grave crise de segurança, mas afirmaram que a ajuda ao estado deveria ocorrer apenas por meio de ações da União.
O governo da Bahia negou intenções políticas e disse que a ação segue "o preceito de mútua cooperação entre os entes federados, [que é] contemplado na Constituição". O estado também disse que o empréstimo de policiais visa combater quadrilhas interestaduais.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) afirmou que investiga o ato e até o momento não encontrou irregularidade. Os policiais cedidos voltaram à Bahia neste sábado (19).
fonte:BNews reprodução
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