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sábado, 19 de agosto de 2023

Pai de Cid reclama de falta de apoio e abandono: ‘Só ele está lá mofando’

O general da reserva do Exército Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid (Roberto Oliveira/Alesp/Divulgação) 


Nos últimos dias, as janelas da casa do ex-ajudante de ordens Mauro Cid ficaram constantemente fechadas, com o cuidado de as cortinas estarem devidamente posicionadas, de modo a bloquear qualquer image do que se passa lá lá dentro. Confira a reportagem da VEJA publicada hoje(19) no link abaixo:

 https://veja.abril.com.br/politica/pai-de-cid-reclama-de-falta-de-apoio-e-abandono-so-ele-esta-la-mofando/



São José do Rio Preto: Namorado é o principal suspeito de matar médica encontrada em mala

                                            foto:reprodução/redes sociais


O namorado Davi Izaque Martins Silva é o principal suspeito de matar a médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de uma mala, no apartamento da vítima, em São José do Rio Preto (SP), na tarde de sexta-feira (18/8).

feminicídio foi registrado em um condomínio na Rua Coronel Spínola de Castro, na Vila Imperial, bairro nobre da cidade. O setor de homicídios da Polícia Civil investiga o caso.

Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles, a Polícia Militar foi acionada por uma amiga da médica, por volta das 16h15, para atender um chamado de “desinteligência de casal”. Thallita morava no terceiro andar do prédio.

A porta do apartamento estava trancada e foi preciso chamar um chaveiro para acessar o local. Os policiais encontraram marcas de sangue no banheiro e no quarto da vítima, também trancado.

O corpo de Thallita estava dentro de uma mala na área de serviço. Ela estava nua e com feridas pelo rosto, provavelmente feitas à faca, segundo o registro policial.

O corpo de Thallita estava dentro de uma mala na área de serviço. Ela estava nua e com feridas pelo rosto, provavelmente feitas à faca, segundo o registro policial.

Davi consta como investigado no boletim de ocorrência e já havia deixado o prédio quando os PMs chegaram. Ele não foi localizado até o momento.

Sumiço


Familiares de Thallita tentavam falar com a médica, sem sucesso, desde o dia anterior. Uma amiga decidiu chamar a PM após tentar fazer contato por WhatsApp e estranhar a situação.

“Não posso falar, o dia de serviço está muito corrido”, foi a última resposta de Thalitta, que era plantonista de um posto de saúde. A amiga sabia, no entanto, que a médica estava de folga naquele dia.

Aos PMs uma funcionária do prédio relatou que vizinhos haviam reclamado de barulho de briga na madrugada anterior ao crime. Segundo testemunhas, o namorado da médica pediu um carro de aplicativo e saiu do apartamento na tarde em que o corpo foi encontrado.

Medicina

Thalitta, que antes morava em Guaratinguetá, também no interior, havia se mudado para a cidade a fim de cursar a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Ela formou-se em novembro de 2021.

“Hoje, concretizo meu sonho de infância”, comemorou a jovem, na ocasião. “Foram quatro anos de cursinho, seis de faculdade e, se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo.”

A instituição de ensino lamentou a morte da médica. “Com pesar, a diretoria da Famerp lamenta profundamente o falecimento trágico da aluna Thalitta Fernandes, da Turma 49. Sua partida prematura nos entristece.”

Ela trabalhava de plantonista em um pronto-socorro do município de Bady Bassitt, na região metropolitana de São José do Rio Preto.

Fonte: Metrópoles - 19/08/2023


Em São José do Rio Preto: Corpo de jovem médica é encontrado dentro de uma mala


                                               foto:redes sociais/reprodução

 São Paulo – O corpo da médica Thallita Fernandes, 28 anos, foi encontrado dentro de uma mala em um prédio de São José do Rio Preto, no interior paulista, na tarde dessa sexta-feira (18/8).

A Polícia Militar foi acionada após pessoas próximas notarem o sumiço de Thalitta, que havia parado de responder mensagens.

O corpo da médica foi encontrado no apartamento onde morava, na Rua Coronel Spínola de Castro, na Vila Imperial, bairro nobre da cidade. A perícia foi acionada para o local.

Sob suspeita de homicídio, o caso é investigado pela Polícia Civil. Ainda não há informações oficiais sobre quais tipos de ferimentos a vítima apresentava. Nenhuma pessoa foi detida até o momento.

Medicina

Thalitta, que antes morava em Guaratinguetá, também no interior, havia se mudado para a cidade a fim de cursar a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Ela formou-se em novembro de 2021.

“Hoje, concretizo meu sonho de infância”, comemorou a jovem, na ocasião. “Foram quatro anos de cursinho, seis de faculdade e, se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo.”

A instituição de ensino lamentou a morte da médica. “Com pesar, a diretoria da Famerp lamenta profundamente o falecimento trágico da aluna Thalitta Fernandes, da Turma 49. Sua partida prematura nos entristece.”

Fonte: Metrópoles/reprodução - 19/08/2023

Violência: Grilagem, especulação imobiliária e interesse industrial: as hipóteses por trás da execução de Mãe Bernadete

Quilombo de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Crédito:Ana Alburquerque 


Uma tragédia anunciada – ante um precedente de impunidade –, com motivação ainda indefinida, mas bastante presumível. A execução da líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, de 72 anos, na noite de anteontem, em Simões Filho, pode estar relacionada com grilagem de terra, especulação imobiliária, interesse industrial e até atuação de grupos ligados ao tráficos de drogas, mas talvez tivesse sido evitada se a execução do seu filho e também liderança quilombola Fábio Pacífico, ocorrida há seis anos, tivesse sido esclarecida, com os culpados identificados e punidos. A morte aparentemente encomendada contra uma minoria oprimida, como ela mesma havia alertado diante de constantes ameaças, se repetiu.

Embora nada seja descartado nas investigações do caso de Mãe Bernadete – assassinada com vários tiros na cabeça, na frente dos netos, dentro da casa onde vivia no Quilombo Pitanga dos Palmares, na Região Metropolitana de Salvador –, o fato dela conduzir lutas por recursos, melhorias e preservação de direitos do povo quilombola, não só no estado da Bahia, mas em todo Brasil, pode ter selado seu destino.

Na sua região em específico, de acordo com o advogado da família, David Mendez, ela carregava consigo uma agenda nada curta de coisas pelas quais batalhava. “Capitaneava uma luta muito ampla, que tinha como antagônicos grandes interesses econômicos. Mãe Bernadete mencionava os fazendeiros porque eram mais visíveis, já que são os primeiros a deixar o território quilombola [em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador] após o fim do processo de demarcação”, destaca Mendez.

Ele acrescenta, porém, que, para além dos fazendeiros, Mãe Bernadete lutava contra outros agentes. “Para mim, até que haja uma elucidação dos fatos, todo mundo é suspeito. Na região do quilombo, existem empreendimentos bilionários sem dar a devida compensação ambiental, rodovias pedagiadas em área de proteção… São diversos interesses que dona Bernadete lutava contra. Não descarto nada e nem ninguém”, completa o advogado.

Investigação

A Polícia Civil, que investiga o crime, também segue a mesma linha. É isso, ao menos, o que indicou a delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela destacou em coletiva à imprensa, nesta sexta, mais cedo, que dois homens foram os executores do crime, mas afirmou que ainda não se tem a informação de imagens de câmera de segurança para uso nas investigações.

Horas depois, a Secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) informou que a localidade onde o crime ocorreu era monitorada por câmeras desde 2017, o que pode ajudar na busca pelos executores. “O local recebia rondas policiais permanentes. O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do Governo Federal atua no atendimento e acompanhamento dos casos de risco e ameaça de morte dos defensores”, dizia nota divulgada pelo governo estadual.

Duas semanas antes de morrer, a líder comunitária (que apesar do título honorífico, não era uma ialorixá) havia pedido mais segurança ao Supremo Tribunal Federal (STF), depois de receber ameaças de pessoas ligadas à grilagem e extração ilegal de madeira na região do quilombo.

Sobre a possibilidade dos grileiros serem mandatários do crime, a delegada Andréa Ribeiro afirmou que é mais uma entre as motivações consideradas. “A gente não descarta essa hipótese, assim como não descarta a hipótese de ameaça, ou outras que possam estar relacionadas à atuação do tráfico de drogas na localidade”, garantiu.

Além da Polícia Civil, a Coordenação de Conflitos Fundiários vai participar das investigações, assim como a Polícia Federal (PF), neste caso porque o Quilombo Pitanga dos Palmares está numa Área de Proteção Ambiental (APA).

O território é formado por cerca de 290 famílias e tem 854,2 hectares, reconhecidos em 2017 pelo Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

A comunidade tem um histórico complexo de disputas e conflitos fundiários, e é nesse contexto que o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do Governo Federal, executado na Bahia pela SJDH, afirma atuar na “adoção de medidas, visando à proteção de defensores que tenham seus direitos ameaçados”.

Em nota, a Polícia Federal informou que a Superintendência Regional na Bahia instaurou inquérito policial para investigação do caso. “Salientamos que o homicídio de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos [filho de Mãe Bernadete morto em 2017] está sendo apurado em inquérito policial nesta regional. Todos os esforços estão sendo empregados para a devida apuração da autoria dos homicídios e as investigações seguem em sigilo”, lembrou a PF.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, lamentou a morte e informou que equipes da pasta estão vindo para a Bahia para acompanhar o caso. “Determinei o imediato deslocamento das equipes do @mdhcbrasil até Simões Filho, na Bahia. Expresso minha solidariedade aos familiares e à comunidade”, escreveu nas redes sociais.

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) vai enviar também uma comitiva para a Bahia para acompanhar o caso, além de convocar uma reunião do grupo de trabalho de enfrentamento ao racismo religioso para tratar do ocorrido. “Uma comitiva liderada pelo MIR, junto aos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos”, vai “realizar reunião presencial junto aos órgãos do estado da Bahia e atendimento às vítimas e familiares e para garantir que seja garantida a proteção e defesa do território”, anunciou a pasta, comandada por Anielle Franco.

Crime de mando

A investigação do caso de Flávio Pacífico, mais conhecido como Binho do Quilombo, é motivo de desconfiança da família, mesmo com a mobilização das polícias e demais órgãos. Assim como a mãe, Binho era uma liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares, mas foi justamente sua atuação que provavelmente motivou sua morte.

De acordo com seu irmão, Wellington Pacífico, na época do assassinato de Flávio, Mãe Bernadete tinha ‘passado a liderança’. Binho foi surpreendido por homens armados na zona rural de Simões Filho, dentro da área do quilombo.

Depois do caso, a Polícia Civil iniciou a investigação que nunca resultou em uma resposta concreta e, há três anos, passou para responsabilidade da PF. Questionada sobre atualizações, a PF só reforçou que “o inquérito ainda está em andamento e segue sob sigilo”. A não resolução, para Wellington, passa uma sensação de impunidade aos mandantes dos crimes.

“Eu queria entender como alguém tem coragem de disparar 20 tiros contra uma pessoa idosa, que estava com seus netos, de 19 e 12 anos, e que só fazia o bem? É crime de mando. Alguém mandou executar minha mãe”, declarou Wellington, inconformado.

“Nós somos perseguidos, as nossas lideranças são mortas. Eu perdi meu único irmão há seis anos e, agora, perco minha mãe da mesma forma, através de execução. E o que há de resposta? Nada. Todo mundo que luta contra esse sistema é eliminado. Minha mãe pediu mais segurança ao STF, através da Ministra Rosa Weber, e mesmo assim foi morta”, complementou.

O pedido de Mãe Bernadete foi registrado em vídeo, publicado nas redes sociais, no qual ela aparece falando diretamente à presidente do Supremo, que fazia uma visita a um território quilombola na Grande Salvador. “Recentemente, perdi um outro amigo e amiga de quilombo também. É o que nós recebemos: ameaças. Principalmente, de fazendeiros e de pessoas da região. É o que nós recebemos. Hoje vivo assim: não posso sair que tô sendo revistada, minha dela casa é toda cercada de câmera, me sinto até mal com um negócio desse”, disse Mãe Bernadete em desabafo para a ministra Rosa Weber.

A presidente do STF, que também comanda o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lamentou ao saber da morte de Mãe Bernadete, cobrando esclarecimentos.

“Lamento profundamente a morte de Maria Bernadete Pacífico, com quem me encontrei há menos de um mês juntamente com outras lideranças no Quilombo Quingoma, na Bahia. Mãe Bernardete, que me falou pessoalmente sobre a violência a que os quilombolas estão expostos e revelou a dor de perder seu filho com 14 tiros dentro da comunidade, foi morta em circunstâncias ainda inexplicadas. As autoridades locais devem adotar providências para o urgente esclarecimento e reparação do acontecido”, cobrou a ministra, em comunicado.

Em entrevista à TV Bahia, Wellington Pacífico havia sugerido se tratar de, mais uma vez, se tratar de “um crime de mando”. “Minha família está sendo perseguida. (...) Eu não vou sujar minhas mãos de sangue. Eu vou deixar um recado para o ministro Flávio Dino e o governador Jerônimo Rodrigues, que estava com ela até a semana passada: está fácil de resolver esse crime. Eu peço por favor que se faça justiça. Que não aconteça o que aconteceu com meu irmão. É a chance de elucidar os dois casos”, comentou.

“Se a justiça quiser resolver, ela resolve. Eu sei que sou o próximo alvo. Mas eu não tenho medo não, eu só nasci uma vez e vou morrer. Vou continuar lutando pelos meus direitos porque quilombola é resistência”, continuou ele, antes de se reforçar sua indignação com a forma como o crime foi executado. “Você matou uma idosa, descarregou uma pistola no rosto de uma idosa. Você é ruim, um escroto e quem mandou matar é pior ainda. Quem mandou matar é um covarde”.

Possíveis falhas

Segundo o advogado David Mendez, crimes como extração ilegal de madeira na área do Quilombo Pitanga dos Palmares foram alguns dos mais denunciados por Mãe Bernadete, e que renderam a ela ameaças como as relatadas à ministra Rosa Weber, semanas antes de ter a vida abreviada.

“As mais recentes ameaças diziam à extração ilegal de madeira. Lá é uma APA e dentre as muitas brigas que Dona Bernadete capitaneava, ela era uma espécie de delegada da comunidade, com autoridade moral. Então ela não deixava que nenhuma bandidagem ou que nada errado se criasse. Ela batia de frente com facção criminosa, batia de frente com extração ilegal”, comentou o advogado.

Mendez ressaltou ainda que a líder atuava “no vácuo do poder público”. “Caberia a ela esse papel? Uma senhora de 72 anos? Ou caberia à Polícia Militar, Secretaria de Segurança Pública? Porque ela fazia isso no vácuo do poder público”, salientou.

Apesar da medida protetiva, executada pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, ele comentou que a segurança tinha muitas falhas. “Era uma proteção falaciosa. Como é uma proteção sem Polícia Militar? Sabe como era a proteção? Uma viatura ia lá em horário indeterminado, às vezes de manhã, às vezes de tarde, e falava: ‘Oi, dona Bernadete, tudo bem com a senhora?’. Uma proteção para inglês ver”, reclamou.


Fonte: Correio da Bahia - 19/08/2023

Mauro Cid perderá patente e será expulso do Exército, apostam oficiais


Mauro Cid

Mauro Cid (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado


247 — Nos bastidores do Exército brasileiro, oficiais apostam que o tenente-coronel Mauro Cid “vai pro barro”, uma gíria militar que é sinônimo de punição severa. No caso do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, essa punição parece iminente, com a expectativa de que ele seja expulso da corporação e perca sua patente, especialmente se condenado pela Justiça comum, o que parece cada vez mais provável dadas as revelações recentes nas investigações envolvendo Cid, informou a Folha de S.Paulo

Há três meses e meio, Mauro Cid encontra-se detido em um batalhão da Polícia do Exército em Brasília, sob suspeita de ter falsificado cartões de vacinação não só de Jair Bolsonaro, mas também de membros de sua família. Além disso, ele está sendo investigado em outros casos delicados, como o vazamento de dados sigilosos sobre a urna eletrônica e seu suposto envolvimento nos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Recentemente, uma operação da Polícia Federal trouxe à tona novos detalhes sobre sua participação e a de seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, na venda de joias que teriam sido presenteadas ao governo brasileiro, mas que foram desviadas do acervo presidencial.

O advogado recém-contratado por Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que seu cliente apenas estava cumprindo ordens de Bolsonaro, mas essa justificativa se mostrou incerta e contraditória, gerando uma série de questionamentos. Embora Cid tenha sido amplamente reconhecido como um excelente militar até recentemente, sua atuação como ajudante de ordens ultrapassou os limites, segundo alguns colegas. Seguindo a legislação militar, o Comando do Exército determinou que a eventual perda de patente e expulsão de Cid e outros militares só pode ocorrer após o esgotamento dos processos na Justiça comum. Cid não enfrenta inquéritos militares no momento. Se condenado na Justiça comum, ele passará por um tribunal militar de primeira instância chamado Conselho de Justificação, que avaliará se ele agiu de forma incorreta em seu cargo, teve conduta irregular ou praticou atos que prejudicaram "a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da classe". Se a condenação se confirmar nessa instância, a sentença será submetida ao Superior Tribunal Militar (STM).

Vale lembrar que foi um Conselho de Justificação do Exército que condenou Jair Bolsonaro em 1988 por sua suposta participação em um plano terrorista para explodir bombas em unidades militares. Bolsonaro, na época um capitão, acabou sendo absolvido pelo STM. A legislação militar estabelece que militares condenados por crimes dolosos com penas de até dois anos serão expulsos compulsoriamente, sem passar pelo Conselho de Justificação, pelo menos em teoria. Já no caso de condenações superiores a dois anos, além da perda de patente, o militar deixa de receber salários, mas os benefícios para seus dependentes continuam a ser pagos. A situação de Cid e de outros militares envolvidos em escândalos está gerando impactos significativos dentro das Forças Armadas. Apesar de muitos militares terem apoiado maciçamente as campanhas de Bolsonaro em 2018 e 2022 e terem ocupado posições de destaque em seu governo, a atual crise está provocando uma reflexão crítica em parte da tropa e, em menor medida, entre os militares aposentados. Alguns líderes militares e oficiais-generais expressaram a convicção de que os militares condenados enfrentarão punições severas, incluindo o general Mauro Cid.

Uma questão em destaque é se a alegação de que Cid estava simplesmente cumprindo ordens é válida. Alguns militares argumentam que, na caserna, é comum a crença de que "lei ilegal não se cumpre". A defesa de Cid, no entanto, se apoia no Código Penal e no Código Penal Militar, que isentam de culpa quem comete crimes por obediência a superiores hierárquicos. No entanto, ambos os códigos estabelecem que se a ordem do superior envolver a prática de atos manifestamente criminosos ou se houver excessos na execução, o inferior também pode ser punido. No seio das Forças Armadas, existem perspectivas divergentes em relação à responsabilidade de Cid e de outros investigados. Alguns militares acreditam que a operação da Polícia Federal é necessária para esclarecer as ações do "círculo mais próximo de Bolsonaro", enquanto outros argumentam que as iniciativas decorrem de ações ilegais do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros ainda enxergam as ações contra os militares como parte de uma suposta guerra da Polícia Federal contra o Exército.

Uma tese em circulação sugere que essas ações podem ser uma retaliação em meio a uma disputa pelo comando da segurança presidencial. Embora historicamente essa função tenha sido desempenhada pelos militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a decisão do presidente Lula de transferir a responsabilidade para a Polícia Federal após os ataques de janeiro de 2023 criou um cenário de competição. Agora, com a nomeação do general Marcos Antônio Amaro para o GSI, há a expectativa de que os militares voltem a assumir a segurança do presidente.

Fonte: BRASIL 247 - 18/08/2023

Hacker apresenta à PF áudio de conversa com assessora de Zambelli

                                            foto:  Lula Marques/ag.Brasil

O hacker Walter Delgatti Netto apresentou à Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (18), um áudio que afirma ter recebido de uma assessora da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Segundo o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, na mensagem de voz, enviada por WhatsApp, a assessora trata do pagamento para que o hacker invadisse o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Ele [Delgatti] apresentou ao delegado que preside a investigação um áudio onde esta pessoa, assessora da Zambelli, faz promessa de pagamento”, disse Moreira a jornalistas após a conclusão do novo depoimento de Delgatti à PF.

Delgatti já tinha prestado depoimento à PF na quarta-feira (16). Na ocasião, o hacker afirmou ter recebido R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli para invadir o sistema do CNJ e inserir falsos documentos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, entre eles, um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A deputada nega as acusações.

De acordo com o advogado Ariovaldo Moreira, Delgatti já tinha mencionado aos policiais federais a conversa com a assessora da deputada, mas só hoje ele lembrou o nome da assessora, que Moreira não revelou aos jornalistas.

Ainda segundo o advogado, no depoimento que prestou à PF na quarta-feira, Delgatti deixou de fora informações que revelou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), nesta quinta-feira (17), porque o delegado federal que o inquiriu “entendeu que não eram informações relevantes para o inquérito que investiga a invasão do sistema do CNJ”.

“Hoje, [à PF] ele reiterou o que foi dito ontem, na CPMI”, disse o advogado, que, mais cedo, já tinha dito a jornalistas que Delgatti não descarta a possibilidade de fazer um acordo de delação premiada. Perguntado sobre o que seu cliente teria a oferecer em troca de vantagens após fornecer tantas informações à PF e à CPMI, Moreira disse que Delgatti tem colaborado para as autoridades obterem “indícios de provas”.

“Entendo quando vocês [jornalistas] perguntam se há provas [do que Delgatti afirma]. Há indícios de provas. Porque não há dúvidas de que o Walter esteve com Jair Bolsonaro. Ontem, o filho do Bolsonaro [o senador Flávio Bolsonaro] confessou isso. E há, com certeza, no Ministério da Defesa, câmeras e imagens. Com o Walter [informando as] datas e horários [em que afirma ter estado no prédio do ministério], muito provavelmente será possível obter estas provas”, disse Moreira.

Agência Brasil entrou em contato com a assessoria da deputada Carla Zambelli e aguarda a manifestação da parlamentar. A deputada está internada em um hospital particular em Brasília desde terça-feira (15), devido a uma diverticulite - inflamação que costuma afetar partes do trato gastrointestinal.

Fonte: AGÊNCIA BRASIL -19/08/2023

Região de Irecê: Morre Agnaldo Lopes, ex-prefeito de América Dourada


                                                                  foto:reprodução

Faleceu nesta tarde de sexta-feira(18) no  Hospital São Rafael, na capital baiana, o ex- prefeito    Agnaldo Oliveira Lopes, o  Guina, de América Dourada, cidade situada na região de Irecê.

O empresário e ex-prefeito foi gestor da cidade por dois mandatos (2005-2008/2009-2012),o ex- gestor vinha lutando contra um câncer há alguns anos, chegou a realizar transplante de medula, mas seu estado de saúde agravou culminando com o seu falecimento.

Guina, estava com 64 anos, deixa esposa, a empresária e também ex-prefeita da cidade, Rose Dourado Lopes, e dois filhos.

Irecê

O prefeito de Irecê Elmo Vaz(PSB) lamentou a morte do político através das redes sociais: 

"Com muita tristeza comunico o falecimento do amigo Agnaldo Oliveira Lopes (Guina), ocorrido há pouco em Salvador, no Hospital São Rafael. Muito triste com a partida tão precoce do amigo.
Empresário bem-sucedido, ex-prefeito de América Dourada e um grande homem. Parte nos deixando muitos ensinamentos. Fica a saudade e seu legado.

Que Deus console a família, em especial sua esposa Rose, seus filhos Pablo e Paloma, irmãos e mãe e os amigos neste momento tão difícil de despedida.

Velório e sepultamento

Segundo informações da imprensa ireceense, o velório será realizado na Câmara dos Vereadores em Irecê à partir das 11h. A expectativa é que finalize às 13h:30min.

Em seguida , a família seguirá para a fazenda Santa Luzia em América Dourada. Às 16:30 acontecerá a missa de corpo presente no ginásio de esportes na cidade de América Dourada. Às 17:45 será o sepultamento no cemitério local.


sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Futebol: Diniz faz 1ª Convocação da Seleção Brasileira

                                          foto:Rodrigo Ferreira/CBF


O técnico interino da Seleção Brasileira, Fernando Diniz, anunciou, nesta sexta-feira (18/8), a lista de jogadores convocados para os primeiros jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O Brasil vai enfrentar a Bolívia e o Peru.

As novidades ficaram com as convocações de Nino e André, ambos do Fluminense, Vanderson e Caio Henrique, laterais do Monaco e o goleiro Bento. A lista também marca o retorno de Neymar, que acabou de confirmar sua transferência para o Al-Hilal, da Arábia Saudita.

O primeiro confronto será no estádio do Mangueirão, na cidade de Belém, no Pará, no dia 8 de setembro, às 21h45, contra a Bolívia. A partida marcará a estreia do treinador à frente da Seleção Brasileira. Já no dia 12 do mês, será a vez do duelo diante do Peru, em Lima.

Confira a lista dos jogadores convocados:

Arte / MetrópolesImagem colorida da lista de jogadores convocados com o rosto de Fernando Diniz - Metrópoles

Além de comandar o Fluminense, Diniz será treinador da Seleção enquanto a CBF não oficializa a chegada de Carlo Ancelotti, do Real Madrid. O italiano tem contrato com o time merengue até o meio de 2024 e deve assumir o cargo antes da disputa da Copa América.

Advogado de Cid reafirma que dinheiro da venda do Rolex foi para Bolsonaro ou Michelle

Michelle, Jair Bolsonaro e Mauro Cid

Michelle, Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: Carla Carniel/Reuters | Alan Santos/Presidência da República)


247 - O advogado Cezar Bittencourt, que assumiu nesta semana a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, voltou a afirmar nesta sexta-feira (18) que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) vendeu o Rolex recebido como presente oficial e entregou o valor da venda em dinheiro vivo para Bolsonaro ou para a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A declaração foi dada ao vivo no programa Estúdio i, da GloboNews.

Bittencourt já havia afirmado nesta quinta (17) à revista Veja e ao Globonews que Cid confessaria à polícia que operou o esquema da venda dos presentes oficiais a mando de Bolsonaro. No entanto, em uma declaração confusa ao Estadão na madrugada de hoje, voltou atrás e disse que "não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja não se falou em joias [sic]".

Após a confusão, o advogado tentou se explicar ao Estúdio i: "não é verdade que, em primeiro lugar, o Cid vai dedurar o Bolsonaro, e, em segundo lugar, é que era um relógio e as joias. Isso não tem nada a ver com joias. O Mauro não trabalhou com essa hipótese, não foi isso que se comentou, não tem nada a ver. Tem apenas o relógio", disse o advogado. Ele diz haver uma confusão quando se fala em "relógio" e "joias" e afirmou que Cid está disposto a falar apenas sobre a venda do Rolex.

Fonte:Brasil 247 - 18/08/2023

'Minha mãe pediu mais segurança ao STF', diz filho de Mãe Bernadete


                                      Wellington Pacífico, filho de Mãe Bernadete. Crédito: Ana Albuquerque/CORREIO

Duas semanas antes de ser executada a tiros em Simões Filho na quinta-feira (17), Mãe Bernadete pediu por mais segurança ao Supremo Tribunal Federal (STF) através da Ministra Rosa Weber, com quem esteve em evento no dia 26 de julho. 

Na ocasião, ela lembrou a falta de resolução no caso do assassinato de seu filho, Binho do Quilombo, em 2017, e relatou ameaças que sofria na região e uma realidade em que vivia 'monitorada'.

"Recentemente, perdi um outro amigo e amiga de quilombo também. É o que nós recebemos: ameaças. Principalmente, de fazendeiros e de pessoas da região. É o que nós recebemos. Hoje vivo assim: não posso sair que tô sendo revistada, minha dela casa é toda cercada de câmera, me sinto até mal com um negócio desse", disse Mãe Bernadete em desabafo para a Ministra.

No Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em Salvador, onde trata da liberação do corpo de Mãe Bernadete, Wellington Pacífico, filho da líder quilombola, lembrou o pedido da mãe. "Ela falou, pediu por mais segurança e eu estava presente no dia. Nós somos perseguidos, as nossas lideranças são mortas. Eu perdi meu único irmão há seis anos e, agora, perco minha mãe da mesma forma, através de execução", falou, expressando revolta com o caso.

A presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, Rosa Weber, se manifestou sobre a morte de Mãe Bernadete e cobrou esclarecimentos. Ela relembrou o encontro que teve com a líder quilombola.

Confira a nota na íntegra:

"Lamento profundamente a morte de Maria Bernadete Pacífico, do Quilombo Pitanga dos Palmares, com quem me encontrei há menos de um mês juntamente com outras lideranças no Quilombo Quingoma, na Bahia.

Mãe Bernardete, que me falou pessoalmente sobre a violência a que os quilombolas estão expostos e revelou a dor de perder seu filho com 14 tiros dentro da comunidade, foi morta em circunstâncias ainda inexplicadas.

As autoridades locais devem adotar providências para o urgente esclarecimento e reparação do acontecido, a fim de que sejam responsabilizados aqueles que patrocinaram o covarde enredo e imediatamente protegidos os familiares de Mãe Bernardete e outras lideranças locais.

É absolutamente estarrecedor que os quilombolas, cujos antepassados lutaram com todas as forças e perderam as vidas para fugir da escravidão, ainda hoje vivam em situação de extrema vulnerabilidade em suas terras. Assim como é direito de todos os brasileiros, os quilombolas precisam viver em paz e ter seus direitos individuais respeitados."

Wellington lembrou ainda que a mãe é figura de liderança nacional para o povo quilombola e travava diversas lutas para defender o direito dos quilombos em Salvador, na Bahia e no Brasil. "Minha mãe é coordenadora nacional dos Quilombos, do Conaq. Ela lutava por recursos, melhorias e direitos dos quilombolas. E toda pessoa que luta dessa forma é eliminada pelo sistema. A história está aí para provar", ressaltou.

O corpo de Mãe Bernadete vai ser liberado no Instituto Médico Legal às 10h30 dessa sexta-feira. Ela vai ser velada no Quilombo Pitanga de Palmares durante a noite e a madrugada, sendo sepultada no início da manhã no quilombo.

Investigação

Equipes das polícias Militar, Civil e Técnica estão em diligências para investigar o assassinato da ialoxirá e líder quilombola Mãe Bernadete. A informação foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), nesta sexta-feira (18).

Na nota, a SSP informa que "após tomarem conhecimento do fato, iniciaram de imediato as diligências e a perícia no local para identificar os autores do crime". A secretaria pede que pessoas que tenham pistas sobre os autores informem à polícia, em sigilo, através do telefone 181.


Fonte: CORREIO DA BAHIA/REPRODUÇÃO 18/08/2023