Um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18/1) e antecipada pela coluna Na Mira, do Metrópoles, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) é líder da oposição na Câmara dos Deputados e um dos comandantes da bancada bolsonarista na Casa.
A operação que envolve Jordy tem o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a PF, ao todo são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Rio (8) e no Distrito Federal (2).
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a corporação, em nota.
Bolsonarista
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior está em seu segundo mandato consecutivo como deputado federal. Ele foi reeleito em 2022 com mais de 114 mil votos pelo Rio de Janeiro.
Natural de Niterói (RJ), Jordy tem 41 anos, foi vereador em sua cidade natal entre os anos de 2017 e 2019 e é pré-candidato à prefeitura.
Nas redes sociais, ele faz críticas ao atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defende pautas da direita. Em 2022, Jordy foi condenado pela Justiça do Rio a pagar mais de R$ 66 mil ao youtuber Felipe Neto, após associar o influenciador ao massacre que aconteceu em uma escola pública de Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, em 2019.
“Quando digo que pais não devem deixar os filhos assistirem aos vídeos do Felipe Neto, não é brincadeira. Em 2016, ele fez vídeo ensinando a entrarem em sites da deepweb. Agora descobriram que os assassinos de Suzano pegaram as informações para o massacre num dos sites após assistirem ao vídeo”, publicou Jordy em abril de 2019, no Twitter.
Fonte: Metrópoles - 18/01/2024
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