O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), afirmou, na manhã desta quinta-feira (3/4), que a prefeitura ainda não foi notificada sobre a operação contra o Secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral.
Em coletiva de imprensa, logo após ser empossado na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Damião disse que não irá "passar a mão na cabeça de nenhum secretário". "Vai ter que responder pelos atos dele", disse. No entanto, Damião não esclareceu se o secretário já foi afastado.
A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), realizou, na manhã de hoje, a terceira fase da Operação Overclean, que levou ao afastamento de Bruno Barral do cargo de secretário. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), faz parte de uma investigação sobre um esquema de fraudes em licitações.
Na coletiva, o prefeito também esclareceu que o caso se refere à projetos relacionados ao estado da Bahia, e não envolve a Secretaria de Educação de Belo Horizonte.
"Foi agora de manhã (a operação), antes de eu tomar posse. A gente recebeu a notícia, a Prefeitura ainda não foi notificada, parece que é um processo envolvendo projetos na Bahia, em Salvador. Não é sobre a Secretaria de Educação de Belo Horizonte. Mas, obviamente, todo secretário, todo, qualquer, não vai passar a mão na cabeça de secretário. Eu não vou passar, qualquer que seja o secretário, vai ter que responder pelos atos dele. Isso serve para todos", afirmou.
Operação da PF
Segundo a Polícia Federal, o objetivo da operação é desarticular um grupo suspeito de desviar recursos públicos e praticar crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os alvos da operação está o secretário de Educação, Bruno Barral. Ele assumiu a função no ano passado e tem ligação política com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). Ele já havia ocupado a mesma função na gestão de ACM.
"A ação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Salvador (BA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Aracaju (SE). Além disso, uma ordem de afastamento cautelar foi expedida contra um servidor público, que teve suas funções suspensas", informou a PF.
As investigações apontam que a organização criminosa movimentou aproximadamente R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
Fonte:O ESTADO DE MINAS - 03/04/2025 14h:45
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