Depois do assassinato a facadas do jornalista Jorge Pedra, de 52 anos, apresentador do programa Fama e Sucesso, da TV Salvador, no último domingo, o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, informou que, nesta terça-feira, 3, vai encaminhar carta para a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) pedindo fiscalização dos hotéis e motéis de Salvador.Jorge foi morto por um rapaz que o acompanhava no interior do Hotel Democrata, que funciona como motel na Rua Gabriel Soares, Largo Dois de Julho (Centro da cidade) – a entrada de ambos não foi registrada pelos funcionários. “Eles têm que registrar todas as pessoas que entram e saem dos hotéis e não estão fazendo”, denunciou Cerqueira. Desde o início do ano, 19 homossexuais foram assassinados na Bahia.
De acordo com Cerqueira, o desvio de função dos hotéis é clandestino, já que é proibido pela Prefeitura de Salvador o funcionamento de motéis em áreas comerciais ou residenciais. “Se eles funcionam como motéis, que pelo menos ajam de forma responsável”.
O corpo de Jorge foi sepultado na tarde desta segunda, 2, no Cemitério Campo Santo. “Estou chocada com esta barbaridade. Não sei quem fez isso, mas vou conhecer. Acredito na polícia e na Justiça. Jorge era um homem bom, não entendo porque foi morto mesmo depois de roubado”, revoltou-se a publicitária Adelina Amélia Pedra, 46, irmã de Jorge.
O apresentador foi golpeado na testa, costas e na região da clavícula esquerda. Segundo o porteiro do motel, Jorge chegou ao estabelecimento por volta das 19 horas, com um homem branco e de cabelos pretos, aparentando ter 20 anos, que teria se identificado como Rogério.
Eles permaneceram juntos durante meia hora em um quarto no segundo andar. Sujo de sangue, o suspeito saiu correndo após o delito. A carteira de Jorge foi encontrada no imóvel com os cartões, mas o dinheiro já não estava mais lá.
Fonte:Helga Cirino e Samuel Lima/atarde
Foto:Margarida Neide/atarde
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