sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Salvador: Dois adolescentes são internados com meningite meningocócica

Um casal de adolescentes está internado em estado grave, com meningite meningocócica, no Hospital Couto Maia. O rapaz, de 15 anos, está em coma induzido e tem o quadro mais delicado. Ele e a namorada, de 14 anos, estão na UTI. De acordo com a médica infectologista Ceuci Nunes, há risco de morte.
Moradores do bairro Acupe de Brotas, os jovens apresentaram sintomas de febre e mal-estar no início da semana, quando deram entrada no Hospital Geral do Estado – ele na terça-feira e ela anteontem, quando ambos foram transferidos para o Hospital Couto Maia. Segundo Ceuci Nunes, o casal está sendo tratado com antibióticos, mas a recuperação vai depender do organismo de cada um. “As primeiras 48 horas são as mais perigosas. Agora, é esperar o tempo”, afirmou a infectologista, que contou atender cerca de mil pacientes com meningite por ano, quase 20 internações por dia. A enfermeira da Vigilância Epidemiológica do Município, Irinaldia Azevedo, informou que já foram feitos os procedimentos de quimioprofilaxia com todas as pessoas que estiveram em contato com os adolescentes, nos últimos dias, como medida de prevenção à doença. Ao todo, foram imunizados 16 contatos do rapaz, 21 da moça e mais 18 profissionais que os atenderam. Segundo Irinaldia, uma das pessoas chegou a se queixar de alguns sintomas, mas a hipótese de contágio foi descartada por exame médico.Carnaval - Para a coordenadora médica de urgência e emergência da Secretaria Municipal da Saúde, Nair Amaral, a confirmação dos casos, em plena semana do Carnaval, serve de alerta. “O nosso sinal amarelo já está aceso há um bom tempo”, disse. Por isso, ela informou, foi criado o posto de saúde específico para foliões com sintomas de doenças infectocontagiosas, no estacionamento da Fonte Nova. No local, atenderá uma equipe de dois a três infectologistas, três enfermeiros e cinco técnicos. “Onde tem aglomeração, tem risco de contágio. Por isso, a gente pede para não beijar desconhecidos, não comer, se não houver higiene, sem lavar as mãos, evitar locais fechados e sem ventilação. Pode ser que não aconteça nada, mas a gente tem a obrigação de alertar as pessoas”, explicou a médica.
Fonte:Luisia Torreão/atardeonline

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