domingo, 13 de maio de 2012

Mundo: Dalai Lama revela porque teve de aumentar sua segurança




Em entrevista exclusiva ao Sunday Telegraph, Dalai Lama, ganhador do Nobel da Paz em 1989, disse que tem recebido relatórios do Tibete avisando que agentes chineses teriam treinado mulheres tibetanas para a missão de envenená-lo, enquanto fingem ser devotas que procuram por suas bênçãos. O líder budista tibetano disse viver com um cordão de alta segurança em seu templo em Dharamsala, no Himalaia, a conselho de oficiais de segurança indianos.


Apesar de ser um dos líderes espirituais mais reverenciados no mundo, ele tem inimigos na China e em algumas seitas budistas. Seus assessores não puderam confirmar os relatórios, mas eles destacaram a necessidade de segurança elevada.
"Nós recebemos algumas informações do Tibete. Alguns agentes chineses estão treinando tibetanos, especialmente mulheres, usando veneno - nos cabelos e lenços - elas supostamente me procurariam para ser abençoadas, para que eu as tocasse", anunciou Dalai Lama.


As relações entre a China e o governo tibetano em exílio na Índia são pobres e de suspeita mútua, após mais de 30 autoimolações por tibetanos no último ano, em protesto aos movimentos chineses que buscam marginalizar sua língua e cultura.
Dalai Lama diz que a interferência chinesa para encontrar sua reencarnação após a morte significava que ele pode ser o último Dalai Lama, e que os tibetanos poderiam decidir abandonar a instituição. Ele acredita que muitos jovens monges budistas, incluindo o Karmapa Lama, poderiam emergir como líderes espirituais do budismo tibetano.


Apesar das relações congeladas com Beijing, capital chinesa, o líder diz acreditar que a China vá mudar sua linha-dura e adotar reformas democráticas para proteger seu crescimento econômico. Ele afirma, ainda, que os líderes chineses deveriam usar a lógica budista para superar suas suspeitas e sua raiva, mas confessa que luta para controlar seu próprio temperamento.
"Conselheiros, secretários, outras pessoas ao meu redor, quando comentem alguns pequenos erros, então eu às vezes estouro. Sinto raiva e grito. Mas isso permanece por alguns minutos, e então acaba", contou Dalai Lama. Apesar de lamentar esse comportamento, ele acredita que isso, ocasionalmente, é bom para corrigir os defeitos.
O líder estará amanhã na Grã-Bretanha para receber o Prêmio Templeton na Catedral de São Paulo por defender a ciência como elemento vital da vida religiosa.




Fonte:portal terra /reprodução

Imagem:google

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