quarta-feira, 18 de julho de 2012

Bahia: Professores grevistas podem continuar na AL segundo decisão da Justiça

Foto:Antonio Saturnino/CorreiodaBahia/reprodução

Os professores grevistas que estão ocupando a sede da Assembleia Legislativa da Bahia desde o início da paralisação não serão retirados do local com o apoio da polícia, de acordo com decisão do juiz Ruy Brito, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a partir do pedido de reintegração de posse feita pelo presidente da Casa, deputado estadual Marcelo Nilo, na última segunda.
Na decisão, publicada nesta quarta-feira (18), o juiz determina uma inspeção no saguão ocupado pela categoria há quase 100 dias na próxima sexta-feira (20). A vistoria deverá ser acompanhada pelo presidente Marcelo Nilo e pelos representantes do sindicato da categoria. Do lado de fora, policiais militares deverão estar de prontidão para retirar os professores, caso o juiz responsável avalie que a ocupação está provocando danos para a estrutura da Assembleia.
Desde a noite de segunda (16), os ocupantes estão sem ar-condicionado e sem acesso aos banheiros nos períodos fora do expediente da assembleia. O prédio também teve o fornecimento de energia e água cortado para pressionar os professores a deixar o prédio. Dormindo em barracas de camping, os professores se negam a sair.
Em uma assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (18), os professores da rede estadual de ensino aprovaram uma contraproposta elaborada pelos grevistas. O documento já foi entregue ao Ministério Público ainda na manhã de ontem, segundo informações de do coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira. O MP, no entanto, anunciou que não vai mais intermediar as negociações em parceria com o Tribunal de Justiça da Bahia, como estava acontecendo desde a semana passada.
Uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento está marcada para a próxima sexta-feira (20). O impasse nas negociações entre o governo do Estado e a categoria continua, e a greve dos professores entra no seu 99º dia.




Fonte:CorreiodaBahia/reprodução





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