O casal foi preso em B.Vista do São Caetano-foto:Divulgação
Todos os quatro acusados de envolvimento no sequestro de uma juíza e uma promotora no bairro da Pituba, na capital baiana, foram reconhecidos pelas duas vítimas. Apesar da confirmação, Taís Barbosa da Silva, de 19 anos, uma das pessoas presas, alegou não ter envolvimento com o crime. "Nenhum objeto foi encontrado comigo. Estou levando a culpa por outra pessoa, uma prima de Bruno que foi liberada. Só conheço Bruno de vista". O homem que ela se refere é Bruno Souza dos Santos, 21, que comandava a quadrilha, segundo a polícia.
A "prima" foi identificada apenas como Mariana. Taís e Bruno foram presos na localidade da Boa Vista de São Caetano após uma troca de tiros com a polícia. Antes da tentativa de resistência do casal, dois adolescentes, de 15 e 16 anos, já tinham sido apreendidos por policiais das Rondas Especiais (Rondesp) naquele mesmo bairro.
Eles foram apresentados pela polícia na manhã desta quarta-feira (21), no auditório da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), no Centro Administrativo da Bahia. Ainda segundo a polícia, os envolvidos já teriam confessado a participação nos crimes.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, os adolescentes foram os responsáveis pela abordagem da juíza e da promotora. Os suspeitos estavam com uma arma, munição e objetos comprados com o dinheiro das vítimas quando foram presos pelos policiais. O grupo foi localizado pelos policiais ao longo da noite desta terça-feira (20) e no início da madrugada de hoje.
As prisões aconteceram durante uma operação realizada pela Coordenação de Operações Especiais da Polícia Civil, que cumpria os mandados de prisão dos acusados, fruto de um inquérito policial realizado após o crime. O caso vai ser encaminhado para o Ministério Público do Estado da Bahia.
A promotora e a juíza sofreram um sequestro relâmpago na noite da quinta-feira (15) na rua Amazonas, na Pituba, e foram liberadas cerca de 12 horas depois - primeiro a juíza e depois a promotora, que ainda sofreu um estupro. Os ladrões usaram os cartões de crédito das vítimas para fazer compras.
Entenda o caso
egundo informações da Polícia Civil, as duas foram abordadas quando se preparam para entrar em um bar na rua Amazonas. Neste momento, um trio rendeu as duas mulheres. Os bandidos então forçaram as duas a voltar para o carro - segundo testemunhas, um Fiesta - e as levaram com eles. De acordo com a Polícia Civil, os assaltantes então ficaram circulando pelas ruas com as duas vítimas por algumas horas, quando então liberaram a juíza.
Eles permaneceram com a promotora no veículo e só a liberaram na madrugada de sexta - muito ferida, espancada e depois de ser estuprada. A Polícia Civil não informou onde as duas foram deixadas nem se os bandidos roubaram algo além do carro. A promotora atua em uma comarca do interior - segundo informações não confirmadas pela polícia, Livramento de Nossa Senhora. Já a juíza trabalha em outro estado do Nordeste. Segundo fontes não oficiais, as duas foram socorridas para o Hospital Couto Maia na madrugada de sexta.
A ocorrência foi registrada ainda na madrugada no plantão central da polícia e o Comando de Operações Especiais (COE) foi colocado imediatamente na investigação, com apoio do Departamento de Inteligência da Polícia Civil. As vítimas foram ouvidas na 16ª Delegacia (Pituba). A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o caso, como os nomes das vítimas, para preservar a investigação.
Fonte:CorreiodaBahia/reprodução
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