sábado, 10 de dezembro de 2016

Rio:Ordem para matar turista italiano veio de traficante solto há 30 dias


foto: Os dois amigos estavam viajando pela América do Sul foto:reprodução/facebook
A ordem para matar o turista italiano Roberto Bardella, 52 anos, que entrou por engano no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, foi do chefe do tráfico da comunidade, Claudio Augusto dos Santos. Conhecido como Jiló, ele saiu da prisão há 30 dias. Era com ele que os bandidos conversavam enquanto davam voltas de carro pela comunidade. A informação é de O Globo.
O tiro que matou o turista foi disparado por Rômulo Pontes Pinho, 22, reconhecido pelo italiano Rino Polato, 59, sobrevivente do crime. Rino já voltou à Itália, em voo nesta sexta-feira. O corpo de Roberto aguarda liberação e deve ser enviado para o país de origem na próxima semana.
Até agora, nove pessoas foram identificadas com envolvimento pelo crime, incluindo um menor de idade. Já existem mandados de prisão temporária no nome de sete deles, mas ninguém foi preso. 
Cláudio é líder do tráfico da região (Foto: Divulgação)
Crime

Os turistas queriam ir à praia e seguiam para a zona sul em duas motocicletas, quando um aplicativo de celular os direcionou para o Morro dos Prazeres. Às 11h30, entraram em uma rua e se depararam com um grupo de 8 a 12 homens armados. Bardella tinha uma câmera presa ao capacete e os criminosos atiraram. Polato acredita que o primo possa ter sido confundido com um policial. Bardella foi atingido por um tiro na cabeça e outro no braço. Morreu imediatamente.

O corpo do italiano foi colocado no porta-malas de um carro branco. Polato foi obrigado a sentar-se no banco de trás do veículo. Por cerca de duas horas, ele circulou pela favela, enquanto os traficantes deliberavam o que seria feito com ele. O turista relatou a policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) ter vivido momentos de angústia, sob intenso calor, sem saber o que seria feito com ele e sem entender o idioma.
Em determinado ponto, os criminosos pararam o carro, enterraram todos os pertences dos italianos (carteiras, câmera, capacetes, um celular). Em seguida, usaram luvas e lavaram as motocicletas, em uma tentativa de eliminar indícios, como impressões digitais. Às 13h30, Polato e o corpo de Bardella foram deixados na Rua Cândido de Oliveira, no Rio Comprido, na frente de uma igreja evangélica.
Rômulo foi responsável pelo disparo(Foto: Divulgação)
Os policiais militares tentaram ouvir Polato, mas ele não conseguia se comunicar em outro idioma que não o italiano. Ele foi levado para a Deat, onde teve a ajuda de um intérprete para explicar o que acontecera. Polato e Bardella faziam um tour de motocicleta pela América do Sul. Entraram no Brasil por Foz do Iguaçu (PR) e já haviam passado pelo Paraguai.
Os primos, de Veneza, começaram a viagem em 28 de novembro. O roteiro de 35 mil km pela América do Sul, incluía ainda Colômbia, Venezuela, Chile e Bolívia. 
As motocicletas Honda TransAlp, com placas europeias, foram recuperadas pela Polícia Militar. No baú, estava o outro celular, destruído por um tiro. Buscas A favela em que eles foram atacados recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora em fevereiro de 2011. Cerca de 180 PMs estão lotados ali. Além da proximidade do Cristo, um dos principais acessos à favela fica no ponto final do bondinho de Santa Teresa, na Rua Almirante Alexandrino.

fonte:Correio da Bahia

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