terça-feira, 16 de outubro de 2018

Opinião: Sucessão presidencial, a eleição da imposição


Na oitava eleição direta para Presidente da República do nosso país após a redemocratização na década de 1980, temos no momento um cenário inquietante.

Confirmada as pesquisas eleitorais, o senhor Jair Bolsonaro do PSL será o próximo presidente, mesmo alegando que resolveu depois de 2014 deslocar-se pelo Brasil "conhecendo de perto seus problemas e dilemas", estando ele a sete mandatos na Câmera Federal, tal qual o ato de desembarcar em um aeroporto da capital de um Estado, ser recepcionado por colegas de farda, conceder entrevistas a imprensa e  logo retornar ao seu Estado de origem, seja conhecer o país.

Por outro lado, temos o ex-presidente Lula, mesmo estando preso em Curitiba, levou ao segundo turno a candidatura de Fernando Haddad do PT. O mesmo  Luiz Inácio Lula da Silva,  de dois mandatos, que elegeu e reelegeu Dilma e que apostou mais uma vez no seu carisma e liderança política. Lula impôs o professor Haddad, com um atraso muito grande, pois, nem Ciro Gomes(PDT) e nem seu amigo pessoal, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner(PT) aceitaram fazer esse papel  em apenas vinte dias para a realização do primeiro turno.

O sentimento anti -PT impôs o despreparado deputado Jair Bolsonaro, em que expõe discussões que o mercado gosta de ouvir, privatizações. A bolsa de valores sobe, dólar cai, quando o candidato aparece bem nas pesquisas.  A classe empresarial impõe o medo e constrange seus empregados para votarem no candidato, sob pena de perderem seus empregos. Os líderes religiosos de seus grandes e pequenos púlpitos defendem e constrangem seus seguidores a votarem no candidato do PSL,  quero crer que não seja por seu sobrenome ter a palavra "messias".

No dia 28/10, quando da realização do segundo turno, será a etapa final de uma eleição marcada pela imposição ao eleitorado brasileiro de diversas circunstâncias que talvez, esse mesmo eleitorado não quisesse, mas, quando abriram os olhos estavam totalmente envolvidos pela mesma classe política que criticam, que desconfiam, mas que debatem, e brigam por esses mesmos candidatos.

Um dia, o filosofo alemão Arthur Schopenhauer(século XIX)  disse: "  os caprichos nascem da imposição da vontade sobre o conhecimento".  Aguardemos, pois, o desfecho.             

                                                                                                                                                                                         Jorge Luiz
Pedagogo/criador e mantenedor do Blog Fique Informado

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