Foto:reprodução
Vídeo: METRÓPOLES/YOUTUBE
Rio de Janeiro — Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levaram na madrugada desta quarta-feira (29/10) ao menos 40 corpos para a Praça São Lucas, dentro da comunidade. Segundo relatos, os cadáveres foram encontrados na área de mata entre os complexos do Alemão e da Penha, onde, nessa terça (28), se concentrou a operação mais letal da história do estado.
Testemunhas afirmam que alguns corpos apresentam marcas de tiros, perfurações por faca nas costas e ferimentos nas pernas. Enfileirados no centro da praça, os mortos foram cercados por familiares e amigos que tentavam fazer o reconhecimento diante da ausência de informações oficiais.
Mais cedo, moradores chegaram a transportar seis corpos em uma Kombi até o Hospital Estadual Getúlio Vargas. O veículo chegou em alta velocidade e deixou o local rapidamente.
Operação escancara guerra urbana
O confronto nas comunidades expôs escalada inédita de poder bélico da facção, que reagiu com drones adaptados para lançar explosivos, bloqueios, incêndios e tiros contra as equipes da Core, tropa de elite da Polícia Civil.
Policiais afirmaram que os criminosos passaram a monitorar o deslocamento das equipes por via aérea, atacando pontos estratégicos e desorganizando o cerco preparado pelo Estado.
Disputa política
A ação provocou choque entre o governo estadual e a União. O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que o Rio “está sozinho” na luta contra o crime organizado e disse ter tido pedidos negados para uso de blindados do Exército.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública rebateu Castro, afirmando que todos os pedidos oficiais foram atendidos e que há operações federais em andamento, além de recursos disponíveis para reforço da segurança pública no estado.
Fonte: MIRELLE PINEHIRO/METRÓPOLES - 29/04/2025






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