quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ato ecumênico em homenagem às vítimas do voo 447


Um ato ecumênico em homenagem aos passageiros do voo 447 da Air France, que desapareceu na noite do domingo com 228 passageiros a bordo, será realizado às 10h desta quinta-feira, 4, na Igreja da Candelária, na Praça Pio X, Centro do Rio do Janeiro. Uma das presenças confirmadas é a do ministro de Assuntos Exteriores francês, Bernard Kouchner, que desembarcou no Aeroporto Tom Jobim na manhã desta quinta-feira, 4.
Kouchner veio ao Brasil somente para esse evento e retorna a Paris ainda nesta quinta. O ato ecumênico deve reunir ainda o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, além do cônsul da França no Rio, Hugues Goisbault.
Sem esperanças - O presidente da Air France e o diretor-executivo da companhia aérea disseram em Paris às famílias que aguardam por notícias sobre familiares que estavam no voo AF 447 Rio-Paris, não haver esperanças de que qualquer um dos passageiros esteja vivo. O presidente da Air France, Jean-Cyril Spinetta, e o diretor-executivo da empresa, Pierre-Henri Gourgeon, encontraram-se com parentes dos passageiros do voo em um hotel próximo ao aeroporto Charles de Gaulle e disseram “não haver esperança de que haja sobreviventes”, informou o porta-voz do grupo de apoio aos familiares, Guillaume Denoix de Saint-Marc. As informações são da Dow Jones.
Lentidão - O jato da Air France que caiu nesta semana na rota Rio-Paris viajava em velocidade muito baixa antes do acidente, disse o jornal francês Le Monde nesta quinta-feira, citando fontes próximas à investigação. O jornal disse que a empresa Airbus, fabricante do avião, deveria emitir uma recomendação sobre as velocidades ideais do modelo A330 durante condições meteorológicas adversas.
A Airbus não quis comentar a reportagem, e funcionários do órgão francês de segurança aérea que deveria validar tais recomendações não foram localizados. Um piloto disse ter visto, segundo relato do jornal espanhol El Mundo, um clarão sobre o Atlântico na mesma hora em que o voo AF 447 da Air France sumiu. “De repente, vimos à distância um brilho forte, intenso, de luz branca, que assumiu uma trajetória para baixo, vertical, e desapareceu em seis segundos”, teria dito à sua empresa, a Air Comet, o piloto que fazia a rota Lima-Madri.
“Não ouvimos qualquer comunicação em qualquer frequência de emergência ou ar-ar, antes ou depois desse fato”, acrescentou o piloto, segundo o jornal. A Air Comet não se manifestou sobre o relato. O avião da Air France caiu na noite de domingo, possivelmente ao norte do arquipélago brasileiro de São Pedro e São Paulo, cerca de quatro horas depois de decolar do Rio, com 228 pessoas a bordo.
O Airbus não enviou pedidos de socorro antes do acidente, apenas mensagens automáticas indicando pane elétrica e descompressão, pouco antes de entrar numa zona de tempestade. Equipes da Força Aérea Brasileira que sobrevoam a área encontraram destroços e manchas de óleo espalhados num trecho de 90 quilômetros do mar, a cerca de 1.100 quilômetros da costa do Nordeste.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que a mancha de combustível indica que provavelmente não houve explosão, o que afasta a hipótese de um atentado. Especialistas calculam que a forte turbulência ou a descompressão durante uma tempestade poderiam ter provocado o desastre, o pior em 75 anos de história da Air France. As informações são da atardeonline.

0 comentários:

Postar um comentário