terça-feira, 9 de junho de 2009

Economia: PIB evidencia solidez diz Meirelles

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país) mostrou que, "apesar da queda observada pelo produto na margem, a economia brasileira tem fundamentos econômicos sólidos".
A economia brasileira teve
retração de 1,8% no primeiro trimestre de 2009 ante igual período do ano passado, e de 0,8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. No quarto trimestre, o PIB havia caído 3,6% frente ao terceiro trimestre de 2008.
Para Meirelles, a solidez da economia está evidenciada tanto do lado da demanda, com a expansão do consumo das famílias, quanto no da oferta, com o desempenho do setor de serviços.
"Essa resistência demonstrada pela economia brasileira, juntamente com o investimento realizado nos anos de estabilização, cria espaço para uma retomada do crescimento em bases sólidas", comentou o presidente do BC, por meio de sua assessoria de imprensa.
Amanhã, o Comitê de Política Monetária do BC determina a nova taxa básica de juros da economia, Selic, cuja definição deve ser influenciada pelos números divulgados hoje.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, afirmou nesta terça-feira que ficou triste com o resultado do PIB divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"Fiquei triste porque a gente vinha em um crescimento tão extraordinário [antes da crise econômica que atingiu o país no ano passado]..."
O PIB "decaiu mais do que eu queria, mas menos do que foi anunciado pelos especialistas", afirmou o presidente. "Continuo acreditando que seremos os últimos a entrar e os primeiros a sair da crise", disse, em evento que lançou o "PAC Drenagem", que deve liberar R$ 4,7 bilhões para cidades atingidas por enchentes.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse crescimento da economia brasileira em 2009 não vai ser "esfuziante", mas deve haver uma recuperação que possibilite encerrar o ano com taxas positivas.
"Todo mundo esperava que, com aquela queda mais forte no ultimo trimestre do ano passado, houvesse um contágio mais forte [no primeiro trimestre de 2009]", afirmou. "Tenho aqui uma lista de instituições financeiras e ninguém acertou, foi melhor do que todas as projeções esperadas."

O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país --é formado pela indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.
No geral, a economia brasileira teve retração de 1,8% no primeiro trimestre de 2009 ante igual período do ano passado, e de 0,8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Trata-se da segunda taxa negativa consecutiva, o que configura um quadro de recessão técnica, a primeira desde 2003.

Ao todo, a economia movimentou R$ 684,6 bilhões de janeiro a março. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em março) indica alta de 3,1% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores --todos os setores têm resultados positivos nesta base de comparação. As informações são da folha de São Paulo.

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