terça-feira, 21 de julho de 2009

Economia: Bahia mais um ano fora do horário de verão

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), confirmou, na noite de segunda-feira, 20, que a Bahia, como os demais estados do Nordeste, ficará de fora do horário brasileiro de verão. Em nota à imprensa, o governo pontuou que a escolha se deu por “respeito à decisão tomada pela Bahia e pelo Nordeste durante todos esses anos em que a região seguiu o horário oficial brasileiro”. O anúncio causou protestos e indignação de setores empresariais.
Se isso for verdade, o nosso sentimento é de tristeza e desapontamento, pois o governo não nos convocou nem se dispôs a ouvir a nossa posição”, disse o presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), Eduardo Castro, que preside também o Fórum Empresarial da Bahia (FEB). Ele pontua ainda que as entidades empresariais enviaram argumentações técnicas e coerentes, que não foram levadas em consideração. “O governo do Estado não foi democrático em sua decisão”, protestou o presidente da associação comercial.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Victor Ventin, declarou estar surpreso com o anúncio do governo estadual. “A Fieb havia sido avisada de que a questão seria discutida por comissão tripartite, com representantes do governo, das empresas e dos sindicatos de trabalhadores. Essa discussão não aconteceu”, lamentou Ventin.
Segundo as avaliações do presidente da Fieb, as empresas, assim como as pessoas, deixarão de economizar entre 4,5% e 5% no consumo de energia elétrica. Os representantes do fórum entendem ainda que aderir ao horário de verão implicaria menor consumo de água nas usinas hidrelétricas, bem como a utilização de combustíveis fósseis nas termoelétricas. “Haveria, portanto, mais água disponível para as pessoas e para a agricultura irrigada. E seria também diminuído o risco de apagão”, avaliou Ventin.
O presidente da Fieb entende também que a não-adesão ao horário de verão contribuirá para o estresse bancário. “Perde-se uma hora bancária. Além disso, aumentará o risco dos trabalhadores que vão para casa à noite com seus pagamentos”, acrescentou.
Em documento enviado ao governo do Estado, o Fórum Empresarial da Bahia apresentou dados de pesquisas realizadas entre 1999 e 2001 que apontam a aprovação ao horário de 82,2% da população baiana. Pesquisa realizada em 2001 mostrou que 75% dos baianos aprovavam o novo horário.
A reportagem de A TARDE entrou, na noite de ontem, em contato com a assessoria de imprensa da Coelba, mas foi informada de que apenas hoje a companhia poderá se pronunciar sobre o assunto.

Fonte:atarde

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