segunda-feira, 4 de abril de 2016

Pinheiro descarta ir para o grupo de ACM Neto e defende reeleição de Rui

foto:Gilberto Jr./reproduçao/bocaonews


Sem partido desde a semana passada, quando deixou o PT, o senador Walter Pinheiro descartou ir para o grupo do prefeito ACM Neto (DEM) e defendeu a reeleição do governador Rui Costa (PT), em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (4). 
Ao jornal, o ex-petista afirmou que ainda não decidiu o seu futuro partidário e não rejeitou a possibilidade de voltar a trabalhar no setor de telecomunicações, onde atuava antes da vida política. “Não morrerei se não for disputar uma reeleição ao Senado”, frisou.
Questionado se poderia ser aliado do prefeito ACM Neto (DEM), Pinheiro foi taxativo: “não há menor hipótese”. “Qualquer posição partidária que eu venha a assumir, terá como regra estar bem longe desse caminho”, ressaltou. O ex-petista disse ainda que a chance de ser candidato a governador é “zero”. “Meu próximo passo vai honrar compromissos que assumi. E se eu for para algum lugar, tenho obrigação de estar no mesmo campo que o governador Rui Costa. Defenderei sua reeleição”, pontuou. 
Pinheiro garantiu que a Operação Lava Jato não influenciou a sua decisão de deixar o PT. “Esse elemento não foi determinante, porque as pessoas amanhã podem ser inocentadas. O que pesou foi a impossibilidade de atuar”, falou. “Estava ficando até um mal estar com colegas como o líder Humberto Costa, de quem eu gosto muito, porque ele orientava uma coisa e eu votava contra. Então optei por não ter mais o carimbo do PT. Mas ninguém pense que fiz isso dando risada ou festejando”, acrescentou. 
Ainda na entrevista, o senador ainda se manifestou contra a volta da CPMF. Para ele, a aprovação do imposto irá tirar o “oxigênio de quem conseguiu ficar de pé”.
Sobre o impeachment, Pinheiro não falou como irá votar, mas acha difícil o Senado barrar o processo. “O cenário piorou consideravelmente. À parte da materialidade da denúncia, o que a gente tem na Câmara hoje é um julgamento político. Todo mundo acha absurdo quando fala isso, mas o papel da Câmara é na política. Claro que tem de ter um motivo, exige-se legalidade. Mas o que agravou foi a situação política e econômica. Esse dois fatores levaram a um processo externo de crítica ao governo”, ressaltou
O senador destacou também que não acredita que vice-presidente Michel Temer (PMDB) será capaz a solucionar a crise numa eventual queda da presidente Dilma Rousseff (PT). “Ele não conseguiu unificar nem o partido dele, quanto mais a nação. A experiência dele no PMDB não é de boa concertação. Não sei se ele tem os atributos necessários a este momento de nossa história”, concluiu.

fonte:BocãoNews

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