foto:reprodução/BN
O secretário de Educação do Estado da Bahia, Walter Pinheiro, se reuniu na manhã desta sexta-feira (15) com o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho na Bahia, Alberto Balazeiros, na sede do MPT, para viabilizar os depósitos nas contas dos prestadores de serviços terceirizados cujas empresas não pagaram em dia. O fato causou revolta na classe, além de diversas paralisações com adesão de professores e estudantes.
Em coletiva de imprensa após a reunião, Pinheiro comentou o imbróglio: “Os contratos foram feitos sem obedecer a lei anticalote. Os novos contratos já estarão sob regime da lei anticalote. Hoje o que fizemos aqui foi superar as pendências. O Estado estava com dinheiro pra pagar, mas a gente estava encontrando incongruências, problemas do ponto de vista cadastral das empresas, certidões, uma série de coisas”.
Pinheiro falou da importância da participação do Ministério Público do Trabalho para a resolução do problema e garantiu o depósito ainda hoje na conta dos terceirizados: “Buscamos mediação do MPT, estivemos aqui outras vezes. Além do MPT, tivemos a participação da Procuradoria-Geral do Estado para fazermos esse TAC. Estaremos providenciando o depósito para que até às 16h os recursos possam chegar diretamente na conta dos trabalhadores”.
Em diversos momentos, Pinheiro deixou implícito que toda a confusão encontrada na pasta não é sua culpa, e sim de seu antecessor Osvaldo Barreto: “Hoje à tarde vamos assinar contratos com as novas regras, através de cessão. O Estado deposita o dinheiro no Banco do Brasil e só sai de lá se for para a conta dos trabalhadores. Espero com isso acabar com esse inferno que encontrei e que, portanto, em menos de 30 dias demos uma solução para algo que se arrastava nos últimos seis anos”.
Questionado pela reportagem do Bocão News sobre outras demandas cobradas pelos estudantes, a exemplo da qualidade da merenda escolar, Pinheiro ressaltou: “estamos negociando todas essas questões. Vamos fazer uma verdadeira intervenção em todas as áreas, merenda, prédios, internet, manutenção e o mais importante a presença de professores em sala de aula. Sei que a mobilização é justa, mas peço esse voto de confiança aos estudantes, professores e terceirizados”.
Por fim, o secretário afirmou que as rodadas de negociações continuam: “semana que vem temos outra rodada de mediações com mais duas empresas para solucionar problemas dos contratos do passado. Espero que daqui até dezembro a gente consiga corrigir esse processo que não foi patrocinado por mim”, disse, salientando que sua gestão à frente da pasta começou no dia 7 de junho.
Fonte:BN/Colaborou o repórter Rafael Albuquerque
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