Foto: Agencia Senado / Montagem BN/reprodução
A Polícia Federal aponta indícios de que o PMDB e quatro senadores do partido receberam propinas de empresas envolvidas na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, por meio de doações legais.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os senadores citados, a partir de delações, que também comandavam esquemas de desvios de empresas do setor elétrico, são: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO). Um dos indícios, citados em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), é o volume de contribuições recebidas pela legenda pelas empresas do consórcio que construiu a hidrelétrica – Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia. Somadas as doações das eleições de 2010, 2012 e 2014, foram R$ 159,2 milhões repassados por nove empresas ao diretório nacional, diretórios estaduais, e comitês financeiros dos partidos.
O caso de Renan ilustra como funcionava o esquema para repasse das contribuições. A análise da PF é de que 97,3% do total arrecadado quando ele se candidatou a senador em 2010 vieram do partido. Os seis maiores doadores de Renan contribuíram com R$ 5,4 milhões. Tirando as fontes internas da sigla, as contribuições somam R$ 147 mil.
O diretório estadual do PMDB de Alagoas também recebeu R$ 1,4 milhão de três empresas que participaram da construção de Belo Monte: OAS, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa. A PF suspeita que as empresas estavam pagando suborno com a contribuição oficial. Por meio de sua assessoria, Renan informou que todas as doações são legais e foram declaradas à Justiça.
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