Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da
Silva estão juntos em um pacto pela sobrevivência do PMDB, PSDB e PT
até, pelo menos, as eleições de 2018. O acordo, conforme a Folha de
S.Paulo, passa pela manuntenção de Temer até 2018 e a realização de
eleições diretas em outubro do ano que vem, com a participação de Lula. A
tese dos bastidores é que não há tempo para uma condenação em segunda
instância do petista até 2018, o que o deixaria inelegível.
Caso exista,
haveria recursos em instâncias superiores. Desde novembro do ano
passado, quando a Operação Lava Jato mostrou potencial de atingir novos
setores políticos e econômicos, os três se reúnem para discutir medidas
que limitem a operação e impeçam a quebra das legendas. De acordo com
pessoas ouvidas pela Folha de S.Paulo, a avaliação do trio é que a Lava
Jato quer eliminar a classe política e abrir espaço para um novo projeto
de poder, este liderado pelos responsáveis pela investigação. O
ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e o atual
ministro Gilmar Mendes são os dois principais emissários dessas
conversas. Jobim já almoçou com Temer e FHC, e já marcou de encontrar
com Lula nos próximos dias. Gilmar, mais próximo do presidente,
participa de negociações para articular um acordo para a reforma
política, quando está em discussão a criminalização das doações
eleitorais. A questão atinge os principais políticos brasileiros,
inclusive Temer, Lula e FHC, três citados nas delações de executivos da
Odebrecht por recebimento indevido de recursos.
foto:bn montagem
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