Uma campanha da Embratur utilizou uma fonte tipográfica sem respeitar seus direitos autorais, isso num slogan que já havia gerado polêmica: “Brazil. Visit and love us” (Brasil. Visite e nos ame).
Antes a peça publicitária foi questionada por sua dubiedade, pois muitos leram ali um incentivo ao turismo sexual. O rolo agora é o uso indevido da Fontastique, tipografia criada por um artista gráfico que vive na França, Benoit Sjöholm, 38.
A agência de turismo do governo federal confirmou o erro à reportagem. A nota enviada pela assessoria de imprensa diz que "foi identificado que a fonte (Fontastique) não pode ser utilizada gratuitamente para a atividade da Embratur. Por conta disso, o instituto já está realizando as alterações necessárias nesta marca”.
Fontes são como chamamos uma coleção de caracteres com o mesmo desenho, como uma família de letras. Entre as mais famosas, por exemplo, temos a Times New Roman e a Arial.
Antes a peça publicitária foi questionada por sua dubiedade, pois muitos leram ali um incentivo ao turismo sexual. O rolo agora é o uso indevido da Fontastique, tipografia criada por um artista gráfico que vive na França, Benoit Sjöholm, 38.
A agência de turismo do governo federal confirmou o erro à reportagem. A nota enviada pela assessoria de imprensa diz que "foi identificado que a fonte (Fontastique) não pode ser utilizada gratuitamente para a atividade da Embratur. Por conta disso, o instituto já está realizando as alterações necessárias nesta marca”.
Fontes são como chamamos uma coleção de caracteres com o mesmo desenho, como uma família de letras. Entre as mais famosas, por exemplo, temos a Times New Roman e a Arial.
Sjöholm tem 52 criações suas inscritas no DaFont.com, site conhecido entre designers por reunir vários formatos tipográficos. Alguns deles são de domínio público, ou seja, estão disponíveis para qualquer um que quiser aplicá-los em algum projeto. Outros têm restrições.
A orientação para a Fontastique é clara: se for para uso pessoal, é de graça. Há um email indicado para quem deseja comercializá-la.
Em email a uma designer brasileira, Sjöholm, que não respondeu à reportagem, confirma que ninguém o contactou para falar sobre a fonte e pede dicas para saber como requerer seus direitos autorais contra o governo brasileiro.
Segundo a Embratur, “para atender as diretrizes de economicidade do governo federal, o Instituto Brasileiro de Turismo não utilizará a referida fonte e buscará uma alternativa também sem custos, que atendam os padrões técnicos”.
O responsável pela equipe de criação e produção da nova marca é Osvaldo de Melo Matos Júnior, diretor de marketing da agência.
Na terça (23), o Fórum Nacional de Turismo já havia divulgado um comunicado para criticar a campanha.
Alguns dos problemas detectados: o estrangeirismo do nome do país (“Brasil com ‘z’ ignora a grafia correta, não é utilizado há décadas e foi abolido justamente para que nossos símbolos fossem respeitados”) e a tradução do slogan para o inglês.
“O Brasil vem há anos trabalhando para apagar a imagem de destino de ‘turismo sexual’, porém a tradução dúbia do slogan pode colocar todo esse trabalho em risco. O slogan, como foi apresentado, sugere conotação sexual já que, na língua inglesa, o verbo amar pode significar um ato sexual se vier junto com o pronome errado, como no caso dessa marca que usa o pronome ‘us’ e não o ‘it’.”
fonte:Folhapress/BN/ 27/07/19 - 10h:24min.
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