Foto: Marcos Corrêa/PR/ Ag. Brasil
O Itamaraty instruiu oficialmente diplomatas brasileiros a não comparecerem a nenhuma cerimônia em homenagem ao general iraniano Qassim Suleimani, morto pelas forças americanas no Iraque.
Em circular telegráfica obtida pela reportagem, o ministério diz: "Rogo a vossa excelência não comparecer a nenhuma cerimônia em memória do general Qassim Suleimani, ex-comandante da Força Quds iraniana, e de Abu Mahdi al-Muhandas, ex-chefe da milícia Hizbullah, nem assinar livro de condolências em suas homenagens".
Suleimani era considerado a segunda autoridade mais importante do Irã e comandava a Guarda Revolucionária, responsável pelo serviço de inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior.
O iraquiano al-Muhandas era comandante de um grupo de milícias xiitas que atuavam no Iraque, com apoio de Teerã. Ele estava junto com Suleimani quando o comboio em que viajavam foi atingido por um ataque com um drone americano, próximo ao aeroporto de Bagdá.
Procurada, a embaixada do Irã no Brasil informou que, até o momento, nenhum representante do Itamaraty prestou condolências ou assinou o livro na representação do país em Brasília. A representação iraniana enviou o convite para isso aos diplomatas brasileiros por meio de uma comunicação oficial.
Até a publicação desta reportagem, o Itamaraty não havia retornado aos pedidos de informação feitos pela reportagem.
O alinhamento do Brasil com os EUA já vinha provocando tensões diplomáticas. O governo iraniano convocou a encarregada de negócios da embaixada do Brasil no país, Maria Cristina Lopes, para reclamar da nota oficial divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores sobre o ataque que matou o general Suleimani.
Na nota, publicada na sexta (3), o Brasil manifestou "apoio à luta contra o flagelo do terrorismo". Lopes foi chamada por ocupar temporariamente o lugar do embaixador, Rodrigo Santos, que está em férias. Segundo o Itamaraty, a conversa foi cordial. Na prática diplomática, uma convocação desse tipo equivale a um ato de reprimenda.
Questionado por jornalistas nesta terça (7) se o Brasil poderia adotar postura semelhante e convocar os diplomatas que estão no Irã, o presidente Jair Bolsonaro não respondeu. Ele disse que terá uma conversa sobre o tema com o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
Em circular telegráfica obtida pela reportagem, o ministério diz: "Rogo a vossa excelência não comparecer a nenhuma cerimônia em memória do general Qassim Suleimani, ex-comandante da Força Quds iraniana, e de Abu Mahdi al-Muhandas, ex-chefe da milícia Hizbullah, nem assinar livro de condolências em suas homenagens".
Suleimani era considerado a segunda autoridade mais importante do Irã e comandava a Guarda Revolucionária, responsável pelo serviço de inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior.
O iraquiano al-Muhandas era comandante de um grupo de milícias xiitas que atuavam no Iraque, com apoio de Teerã. Ele estava junto com Suleimani quando o comboio em que viajavam foi atingido por um ataque com um drone americano, próximo ao aeroporto de Bagdá.
Procurada, a embaixada do Irã no Brasil informou que, até o momento, nenhum representante do Itamaraty prestou condolências ou assinou o livro na representação do país em Brasília. A representação iraniana enviou o convite para isso aos diplomatas brasileiros por meio de uma comunicação oficial.
Até a publicação desta reportagem, o Itamaraty não havia retornado aos pedidos de informação feitos pela reportagem.
O alinhamento do Brasil com os EUA já vinha provocando tensões diplomáticas. O governo iraniano convocou a encarregada de negócios da embaixada do Brasil no país, Maria Cristina Lopes, para reclamar da nota oficial divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores sobre o ataque que matou o general Suleimani.
Na nota, publicada na sexta (3), o Brasil manifestou "apoio à luta contra o flagelo do terrorismo". Lopes foi chamada por ocupar temporariamente o lugar do embaixador, Rodrigo Santos, que está em férias. Segundo o Itamaraty, a conversa foi cordial. Na prática diplomática, uma convocação desse tipo equivale a um ato de reprimenda.
Questionado por jornalistas nesta terça (7) se o Brasil poderia adotar postura semelhante e convocar os diplomatas que estão no Irã, o presidente Jair Bolsonaro não respondeu. Ele disse que terá uma conversa sobre o tema com o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
fonte:Folhapress/ 07/01/2020
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