quinta-feira, 29 de junho de 2023

SP: Técnico morre após acidente em estúdio do coach Pablo Marçal; vídeo


                                           foto:arquivo pessoal/reprodução

São Paulo – O técnico de audiovisual Celso Guimarães Silva, 49 anos, morreu nessa quarta-feira (28/6), dois dias após sofrer uma descarga elétrica e cair de uma altura de quase cinco metros, em um estúdio do coach Pablo Marçal, em Barueri, Grande São Paulo.

Em nota, a assessoria de Pablo Marçal lamentou o ocorrido, confirmou que o acidente ocorreu em um dos estúdios pertencentes ao coach, mas explicou que o espaço estava locado a terceiros.

“O acidente não tem qualquer ligação com nosso grupo empresarial, uma vez que o referido estúdio encontra-se locado a terceiros para realização de um evento, como costumeiramente é feito”, diz trecho de nota.

O texto afirma, ainda, que a empresa responsável pela produção presta apoio aos familiares da vítima, “inclusive arcando com as despesas necessárias.”

Vídeo antes de morrer

Celso gravou um vídeo, quando estava internado, logo após o acidente (assista abaixo).

Ele contou que subiu em uma escada de quatro metros e 80 centímetros para instalar um tubo, em uma estrutura.

“Coloquei o tubo de lado, recebi uma descarga elétrica de 220 volts, cai da escada e só me lembro que depois estava no hospital. Agora, estou com dor em tudo que é lado, costelas, coluna comprometida, é isso”, relatou a vítima.

A causa preliminar da sua morte foi hemotórax, quando há acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O técnico também fraturou as costas, escápula e clavícula direita.

A morte foi registrada como suspeita pela Polícia Civil de Barueri, que investiga o caso e aguarda resultados de laudos periciais.

Responsabilidade

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (Sindcine), Sonia Santana, afirmou ao Metrópoles nesta quinta (29) que pediu a Celso que gravasse o vídeo.

A solicitação foi feita porque, segundo ela, não havia seguro de vida aos contratados para o trabalho. “O técnico é do audiovisual, estava habilitado, com as normas de segurança em dia. Porém, ele estava em um trabalho de montagem para uma live, evento que não tem as mesmas obrigações do audiovisual, que exige seguros e busca segurança”, explicou.

Ela acrescentou que somente as investigações poderão avaliar “eventuais responsabilidades” do estúdio de Pablo Marçal no acidente.

O advogado Marcelo de Campos Mendes Pereira, que representa os trabalhadores do setor, disse à reportagem que Celso sofreu uma descarga elétrica em uma estrutura onde havia luzes instaladas para uma gravação.

“Somente os refletores poderiam estar energizados, mas ele levou o choque ao segurar no grid [estrutura onde os refletores estavam instalados].”

O advogado confirmou que a BackStage, empresa que alugou o estúdio, está dando apoio à família da vítima e que acompanha as investigações para que eventuais medidas judiciais sejam tomadas.

Influencer

A morte de Celso é o segundo óbito associado ao influenciador Pablo Marçal neste mês.

Polícia Civil de São Paulo investiga a morte do consultor Bruno Teixeira, 26 anos, que teve uma parada cardíaca durante uma “maratona improvisada” em Barueri, na Grande São Paulo.

Os participantes da corrida trabalhavam em empresas ligadas ao coach.

O caso investigado pela polícia aconteceu no último dia 5 de junho, quando um grupo com cerca de 30 pessoas se encontrou na sede da empresa Plataforma Internacional, que pertence a Marçal, com o desafio de correr 21 km.

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Depois de completar 15 km de corrida, o jovem teve uma parada cardíaca e foi levado por alguns participantes para o Hospital Albert Einstein. Segundo o irmão da vítima, Rodrigo Teixeira, ele chegou à unidade em estado grave.

Pablo Marçal falou sobre a morte de Bruno Teixeira durante uma live com 12 mil espectadores no Instagram. O coach afirmou que tem evitado o assunto em respeito à família da vítima e, além de escrever o nome dele em seu tênis, prometeu lançar um movimento para cuidar da saúde das pessoas.

Luciano Teixeira, irmão de Bruno, considerou o ato como uma “homenagem banal”. “Se ele tivesse mandado, um dia após a morte, uma nota de pesar para a família, alguma coisa do tipo, seria muito mais reconfortante”, afirma.

Fonte: Metrópoles - 29/06/2023 - 17H:22

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