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Antes de 2010


É inegável que as especulações para o próximo pleito eleitoral já começaram, em que pese não temos vencido ainda o 1° quadrimestre de 2009. Além da ansiedade dos futuros candidatos a vários cargos eletivos do executivo e legislativo, acompanhamos através da mídia, a movimentação política em toda parte do país.
Analisando esse momento, não tem como ficar passivo e não pontuar com os nossos leitores deste veículo de comunicação, da sensação de estarmos sendo mais uma vez massa de manobra da classe política e da chamada grande imprensa brasileira. Por quê? Pois quando há exploração de assuntos que podem acontecer em 2010, não aborda e não desperta para a sociedade brasileira que o momento vivenciado pelo país é preocupante, mesmo com a equipe econômica do governo Lula e o próprio tentando passar uma tranquilidade para o povo. Não podemos negar que com relação a outros países da América Latina, nossa posição econômica está melhor sim, mas isso não quer dizer que estamos num mar de rosas até que essa crise passe totalmente, ou pelo menos se amenize e os fatos estão provando isso. Se não vejamos: Prefeituras de todo país na porta do Planalto pedindo ajuda, governos estaduais baixando decretos de redução de custos da máquina estatal, a iniciativa privada demitindo em vários setores da produção principalmente na indústria, e num país onde a desigualdade é gritante, presenciamos medidas como a que acontece no seio da sociedade baiana, onde várias empresas terceirizadas que prestam serviços ao governo do estado estarem sem receber do mesmo e consequentemente a classe trabalhadora fica com os salários atrasados trazendo muita angústia no seio familiar, já que os compromissos e a barriga não esperam.
Entendemos que é preciso pensar em 2010, sim, agora há questões fundamentais que precisam ser pontuadas, discutidas, analisadas, sobre todos os aspectos, e recorde-me que em 2003, no primeiro ano da era Lula, a discussão era de que precisava realizar verdadeiramente a reforma tributária, política, dentre outras, e mais de seis anos se passaram e isso não foi feito, e num país com mais de cinco mil municípios, continuam reféns da União, e soma-se ai, as más administrações de gestores e legisladores municipais, e temos esse quadro de penúria de cidades que afetam diretamente a vida dos munícipes, que continuam acreditar em cada eleição em salvadores da pátria.
Portanto, antes de 2010, precisamos seriamente ter um olhar mais investigativo e crítico de nossa realidade para futuramente não estarmos nos queixando de nossas escolhas e presenciando fatos que trazem profundas indignações no seio da nossa sociedade.