sábado, 17 de outubro de 2009

Curso de Pedagogia Uneb Irecê: 1º momento da Disciplina Avaliação em Educação

Quem Sou Eu?
1966, início do mês de abril, meus pais residiam no povoado chamado Eunápolis, hoje uma das próspera e perigosa cidade do extremo sul da Bahia. Meu pai trabalhava no DERBA- Departamento de Estradas e Rodagens da Bahia, quando da construção da BR-101(litoral) que liga o Nordeste ao Sul do país. Sem hospital, posto de saúde, as crianças tinham que nascer mesmo era nos lares, e como o casal estavam esperando o 1º filho dos cinco que tiveram, e por estar longe dos familiares, meu pai muito preocupado se preveniu e com algum tempo de antecedência levou minha mãe para a cidade de Jequié - sudoeste do estado distante 400 km, e como a estrada era de chão, em dois dias de viagem num jipe foi quanto gastaram para chegar ao destino, ou seja na casa de uma irmã de minha mãe, chamada Janice,onde no ida 23 de abril nasci de parto normal na residência da mesma e com toda assistência possível para aquela época.
Criança: Lembranças da Primeira Avaliação:

Uma infância normal, como filho de um funcionário público e uma senhora do lar tive meu primeiro contato com as letras em 1971, na cidade de Ilhéus, sul da Bahia através de uma professora chamada Juscélia que ensinava, ou melhor, alfabetizava crianças na sua casa através de pagamentos mensais feitos pelos pais. 1972 fui alfabetizado pela mesma. Em 1973, meu pai se desligou do Derba e foi para a iniciativa privada e recorde-me que alguns dos seus colegas o chamaram de “Louco” por abandonar um emprego público com família para cuidar, já que nesse ano a família já tinha 04 filhos, mas o mesmo não deu ouvido e saiu, foi trabalhar numa empresa de Construção de Estradas chamada MM ROCHA, onde seu proprietário era o padrinho de minha irmã, e fomos para a cidade de Campo Grande, hoje capital do Mato Grosso do Sul, ficamos um ano, pois no início de 1974, fomos para o estado de Goiás, mais precisamente numa cidade chamada Cristalina, numa obra de construção de rodovia que ligava a cidade a capital do País, já que a cidade ficava mais perto de Brasília de que Goiânia, e devido essa proximidade pude conhecer com 08 anos a capital federal, sonho que muitos brasileiros ainda alimentam até os nossos dias. Mas em março de 1974 retornamos a Bahia, desta feita para a cidade de Itabuna e posteriormente a cidade de Ilhéus, no segundo semestre, fui para a escola chamada Grupo Escolar Estado do Ceará, numa homenagem ao professor fundador da mesma que era um Cearense muito respeitado na cidade de Ilhéus na época, e para dar continuidade aos estudos, teria que fazer um teste de leitura, já que na época tinha aquela “avaliação semestral”, se assim posso chamar de 1º ano forte/fraco.....para se mudar de série, e iniciei meu teste bem, começando bem a leitura, mas fiquei ansioso com aquela diretora professora Marize Ferraz, uma senhora com uma voz e personalidade forte, imagine a postura de uma diretora naquela época, e pedir no teste e fiquei na sala da 1ª série “fraco”, só que nos primeiros dias de aula, a professora Maria Helena, como posso esquecer aquela voz meiga,educada, falou com minha mãe que iria conversar com a diretora e dizer que eu lia muito bem, e não podia continuar no 1º ano “fraco” e fez isso e terminei o segundo semestre daquele ano no primeira “forte”, graças a professora Maria Helena. 1975 a 1976 fiz a segunda e terceira série no mesmo colégio.
Em 1977, mais uma mudança na vida da família, fomos morar na vizinha cidade de Itabuna, 30 minutos de Ilhéus, e ingressei na escola municipal do bairro de Fátima de Itabuna, e conclui a quarta série.
Vale registrar que como estamos num processo de formação, é preciso, e fui tentar descobrir, qual era o perfil do profissional, assim ESCOBAR (2006, pag. 01) afirma:

“ A lei de Diretrizes e Bases da Educação, Seção II, referindo-se à Educação Infantil, traz os artigos 29º,30º e 31º, serviu com o fundamento legal para a mudança no conceito de Educação Infantil, e para tal operacionalização, a formação da docência atingiu novos de qualificação. A escola, como “instituição”, enfrenta o desafio de lidar com este novo perfil de professores, num contexto de uma sociedade que se democratiza e se transforma”(ESCOBAR, 2006, pag.01)

A professora ainda afirma também que “é provável que as novas gerações nem possam dar-se conta, mas até recentemente a criança em nosso país não era encarada como cidadã, como um sujeito de direitos garantidos. Até o final da década de noventa, havia um discurso que falava da necessidade de creches e pré-escolas, mas o atendimento não era obrigatório por parte das instituições públicas”. Na consideração final de seu artigo ela diz:
“A história do atendimento à infância brasileira nos remete a um tempo em que trabalhar com criança era algo a ser feito de qualquer maneira, ou por qualquer profissional, desde que fosse mulher e tivesse um jeito para lidar com criança”. E foi esse perfil de profissional que fiz a primeira parte da educação básica em minha vida.
Nota: Atividade apresentada ao Prof.Mácio Machado, da Disciplina Avaliação em Educação do
4º semestre do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia,Campus XVI-Irecê-Ba.

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