sábado, 5 de dezembro de 2009

Economia: Economista diz que PIB pode atingir 6% em 2010

Apesar de traçar um cenário ainda sombrio sobre a economia dos Estados Unidos e da Europa, o economista Paulo Rabello de Castro disse ontem em palestra na XX Convenção da Associação de Dirigentes e Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia – Ademi-BA que o Produto Interno Bruto do Brasil deve crescer de 5% a 6% em 2010
Ele pontuou que o poder de compra do brasileiro será alavancado pela massa salarial que crescerá aliado ao crédito das famílias que receberá bastante oxigênio. Castro calcula que o sistema financeiro deva ofertar mais R$ 100 bilhões em crédito, e diante do desempenho do mercado imobiliário baiano, apresentado pelo presidente da Ademi-BA, Walter Barretto JR (vendas do setor acima de 10 mil unidades este ano), previu que no ano que vem o mercado possa chegar a 18 mil imóveis comercializados.
O presidente da Ademi-BA lembrou que a participação do crédito imobiliário no conjunto do crédito ofertado no país responde apenas por 1,5% a 2%. “ É muito pouco em relação ao que se passa no Chile, por exemplo, cujo o percentual é de 15%, há ainda muito espaço para crescer”.
O economista, no entanto, fez ressalvas quanto a duração da crise internacional, que segundo ele, ainda não fechou o ciclo , o que pode prejudicar o crescimento econômico do Brasil. “ O déficit fiscal dos EUA é muito grane e isso pode provocar um desequilíbrio na economia norte americana, somado a um mico de mais de US$ 1 trilhão na mão do Federal Reserve Bank, FED, ( o Banco Central os EUA) fruto de títulos de hipotecas imobiliárias e outros títulos podres que foram honrados pela instituição”.
“ Se o dólar continuar barato, como está, a economia dos Estados Unidos passará a ser exportadoras de produtos em larga escala e isso não é bom para nós, porque daqui a pouco estaremos comprando um monte de produtos dos EUA e prejudicando nossa indústria”, disse Castro
Paulo Rabello de Castro chamou a atenção também para o fato da crise de Dubai ( a estatal Dubai World acumula dívidas com bancos da ordem de US$ 90 bilhões) que afetou principalmente bancos ingleses, pode acontecer também na costa espanhola, nos empréstimos feitos aos resorts”.
Castro disse ainda que nos Estados Unidos não é somente o setor residencial de imóveis que foi afetado pela crise, “ os imóveis comerciais também estão em dificuldades, shopping centers etc”. Todo esse cenário traz risco para o Brasil, segundo ele, “ e nós precisamos estar atento e planejarmos nossas ações buscando eficiência, quer seja nas empresas, como também nos governos em todas as esferas”.


Fonte:Gerson Pereira/TribunadaBahia
Arte:Google

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