sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

São Paulo: Já são quatro pessoas detidas pela polícia no caso da morte do Prefeito de Jandira

O Carro do prefeito foi atingido por diversos tiros- Foto: Apu Gomes/ folhapress


Mais duas pessoas foram detidas para averiguação, na tarde desta sexta-feira, no caso do assassinato do prefeito de Jandira (Grande São Paulo), Walderi Braz Paschoalin (PSDB). Agora, são quatro os detidos pela polícia para averiguação. A polícia também informou que há pelo menos uma testemunha do crime.

Dois dos detidos têm passagem pela polícia. Eles foram abordados perto do local do crime. Os quatro detidos foram encaminhados para depoimento no SHPP (Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Carapicuiba (Grande São Paulo). Eles devem passar ainda por exames residuográficos --em busca de pólvora.

Um Focus prata que teria sido usado pelos criminosos foi encontrado em uma estrada de terra a cerca de 3 km de onde o prefeito foi morto, com os bancos encharcados de gasolina, uma garrafa pet com o combustível dentro e um camiseta também molhada de gasolina. Segundo a polícia, o carro --que tem marcas de tiros e é roubado-- interceptou o veículo do prefeito antes que ele estacionasse.

O delegado chefe do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), Marcos Carneiro Lima, que esteve em Jandira nesta sexta, informou que a ação contra o prefeito do município foi planejada.

"Tem característica de execução, pois os suspeitos foram com o objetivo de matar e utilizaram arma de alto porte, provavelmente fuzil e uma pistola 9 milímetros", disse o delegado.

Segundo Carneiro, ainda é cedo para considerar os detidos como suspeitos de envolvimento no crime. "Precisamos reunir indícios suficientes para eventualmente pedir a prisão temporária dessas pessoas", afirma o delegado.

Além disso, Carneiro afirmou que ainda não é possível definir a motivação do crime. "Nesse primeiro momento não é possível dizer se houve motivação politica, mas a polícia também vai investigar essa hipótese", diz.

A investigação do caso ficará sob responsabilidade do delegado Zacarias Katcer Padros, chefe do SHPP.

A Procuradoria Geral de Justiça designou hoje os promotores do Júri de Jandira e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo para acompanharem as investigações sobre o assassinato.

CRIME

Segundo informações da prefeitura, os tiros que atingiram o prefeito partiram de um carro que interceptou o veículo em que ele estava. Ainda não se sabe o número de pessoas envolvidas no crime, mas dois suspeitos foram detidos para averiguação em um carro que pode ter sido usado no atentado.

Paschoalin chegou a ser socorrido em um pronto-socorro municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu, de acordo com a Polícia Militar.

O prefeito estava acompanhado de um segurança, Welington Martins, conhecido como Geleia, que levou um tiro na cabeça. Segundo a PM, ele foi levado para o Sameb (Serviço de Assistência Médica Barueri) e, de lá, foi transferido de helicóptero para o Hospital de Clínicas de São Paulo.

Inicialmente, a PM chegou a informar que ele havia morrido no hospital. No entanto, o HC informou que ele está em estado gravíssimo e passou por cirurgia.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o velório de Paschoalin será no Ginásio Central, na avenida Conceição Sammartino, 350, no centro, a partir das 18h.

Paschoalin tinha 62 anos e estava em seu terceiro mandato. De acordo com informações da prefeitura, ele foi eleito vereador de Jandira em 1976, aos 28 anos. Em 1982 foi candidato a prefeito, mas ficou em terceiro lugar. No ano seguinte assumiu o cargo de secretário de Esportes da cidade. Ele foi eleito prefeito pela primeira vez em 1988 e governou a cidade até 1992. Alcançou o segundo mandato nas eleições de 1996, sendo reconduzido ao cargo pela terceira vez em 2008.
Fonte: Texto folha de São Paulo

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