quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mundo: Barack Obama é reeleito nos EUA








                                                                 Obama abraça Michele e terá mais quatro anos de mandato - Foto:reprodução

O democrata Barack Obama foi reeleito presidente dos EUA na madrugada desta quarta-feira (7), segundo projeções das redes de TV americanas CNN, Fox News e NBC. Obama derrota o candidato republicano Mitt Romney em uma votação acirrada. Pelo Twitter, o chefe da nação americana comentou brevemente a vitória. "Mais quatro anos", postou, acrescentando uma imagem em que aparece abraçando a esposa, Michelle Obama.
O candidato Romney se manifestou reconhecendo a derrota e parabenizando o presidente Obama em discurso na cidade de Boston. Antes, o republicano ligou para o presidente. Em sua fala, Romney agradeceu o apoio da família durante a dura campanha. "Esta é uma época de grandes desafios para o país e eu espero que o presidente tenha sucesso em guiar a nação", declarou, dizendo torcer pelo êxito de Obama.
Até as 2h50 desta quarta (horário de Salvador), Obama contava com 303 dos 538 votos do Colégio Eleitoral dos EUA. Romney contabilizava 203 votos - já mais do que o candidato republicano derrotado por Obama em 2008, John McCain, que conseguiu um total de 173 votos. Para ser eleito presidente, são necessários pelo menos 270 votos. Os resultados oficiais e finais das eleições, no entanto, ainda não foram divulgados.

Estados considerados decisivos, como Winconsin, Iowa e Carolina do Norte, foram para Obama, que também aparece à frente no crucial Ohio. A disputa na Flórida, outro ponto considerado essencial para a eleição, segue acirrada.
Obama consegue assim ser o sétimo presidente democrata a conseguir a reeleição. Seus antecessores na Casa Branca, o republicano George W. Bush e o democrata Bill Clinton também conseguiram se reeleger.
Durante a campanha, o tema da economia foi um dos mais discutidos - os EUA atravessam uma crise, com altos números de desemprego. Três a cada quatro americanos ouvidos antes das eleições consideravam que as condições econômicas não são boas ou são péssimas, segundo o jornal The New York Times. Mas somente para 3 em cada 10 as coisas estão piorando e 4 em 10 acreditando que a situação está melhorando.
O republicano Romney insistiu durante a campanha em sua capacidade de reverter esse quadro, classificando a situação atual dos EUA como a pior para a economia desde a Grande Depressão.

Os principais desafios de Obama, agora reeleito, são a recessão e o déficit dos EUA, que já ultrapassa o valor de US$ 1 trilhão, além do desemprego, que já chega à taxa de 7,8%.
Um dos pontos de destaque do governo de Obama foi a reforma do sistema de saúde - divisor, o novo sistema recebeu muitas críticas, mas é considerado essencial para a reeleição do democrata. Com a reforma, 30 milhões a mais de americanos são protegidos pelo sistema de saúde no país.
Entre as promessas não cumpridas pelo presidente estão o fechamento da prisão de Gunatánamo, em Cuba, a regularização de imigrantes sem documento e a criação de um cronograma para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, entre outros.

O sistema de eleição nos EUA não é, como no Brasil, direto. Os votos dos eleitores escolhem os 538 membros do Colégio Eleitoral, que escolhem o presidente. Cada estado tem um peso proporcional à sua importância e quantidade de eleitores, o que define quantos delegados eleitorais cada unidade federativa terá. A Califórnia, por exemplo, tem 55 representantes no Colégio Eleitoral - já o Alasca tem somente 3. O candidato que vence em um estado, leva todos os delegados, independente dos números da disputa - se a votação é acirrada ou não. As únicas exceções são os estados do Nebraska e Maine, que dividem os delegados de maneira proporcional. Por conta do voto indireto, nem sempre o eleito é o que vencedor da votação popular.
Além do presidente, os eleitores também votam em outras eleições em andamento, como para o Senado, e em referendos que cada estado pode organizar. Neste ano, aconteceram referendos em diferentes estados sobre casamento gay, uso medicional de maconha e obrigatoriedade do uso da camisinha em filmes pornôs, entre outros.

Fonte:CorreiodaBahia/reprodução

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