quarta-feira, 8 de outubro de 2014

PSB e aliados divergem sobre apoio às vésperas da decisão de Marina Silva

Enquanto a ex-ministra Marina Silva mantém o suspense sobre o apoio a Aécio Neves (PSDB) ou a neutralidade nas eleições, líderes do PSB e de partidos aliados na coligação socialista se anteciparam e começaram a tomar lado. Governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) se reuniu por cerca de duas horas na residência de Marina Silva, em São Paulo, junto com lideranças do partido e da Rede Sustentabilidade.
Acompanhado do ex-ministro e senador eleito do estado, Fernando Bezerra, Câmara evitou dar qualquer declaração de apoio e afirmou já ter a posição da viúva de Eduardo Campos, Renata, mas que ela será divulgada oficialmente na reunião da Executiva Nacional do PSB nesta quarta-feira (8), em Brasília. “Amanhã, vocês vão saber. De amanhã não passa”, desconversou.
    PSB e aliados divergem sobre apoio às vésperas da decisão de Marina Silva
Foto: AFP/reprodução
O governador eleito disse apenas considerar a neutralidade uma opção ruim. “É importante termos uma definição para os rumos do Brasil”, assinalou. Nos bastidores, sabe-se que não é cogitado o apoio do PSB pernambucano à petista Dilma Rousseff, principalmente pelos ataques durante a campanha.
O apoio ao tucano Aécio Neves é sinalizado por diversas lideranças, mas ainda enfrenta resistências. Sobre a nota de apoio a Aécio divulgada pelo irmão de Campos, Antônio Campos, Câmara repetiu que foi a expressão de um posicionamento pessoal e não do PSB de Pernambuco.
No partido, há um racha. Parte prefere o apoio a Dilma, a exemplo do presidente da sigla, Roberto Amaral. Outra corrente, da qual faz parte a deputada federal Luiza Erundina (SP), acha que a neutralidade é o melhor caminho. Há ainda uma parcela que defende a liberação da sigla nos estados.
Já o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, já anunciou o apoio oficial da sigla a Aécio. Em nota distribuída antes da reunião de ontem, Marina disse que as opiniões individuais de cada partido, dirigentes e líderes das legendas da Coligação Unidos pelo Brasil, da qual fez parte, “devem ser respeitadas”, mas não refletem, “em nenhuma hipótese”, o seu posicionamento no segundo turno.
De acordo com a colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S.Paulo, Marina teria concordado em apoiar Aécio em troca de ajustes no programa de governo tucano. Ela quer a inclusão da sustentabilidade na agenda e a inserção de parte de suas propostas para educação e meio ambiente.
De acordo com Racy, Marina avisou aos aliados que, se não houver entendimento entre PSB e Rede, tomará uma posição individual pró-Aécio.
Fonte:Redação do Correio da Bahia

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