o ex-ministro José Eduardo na UNEB - Salvador e o Reitor José Bites entregando a Cardozo 01 exemplar com dados da instituição - foto:Ascom/UNEB/REPRODUÇÃO
O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União do governo Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo ministrou a aula magna do semestre 2017.1 da UNEB - Universidade do Estado da Bahia na última sexta-feira (17) tendo atraído um grande público para o espaço instalado na quadra poliesportiva do Campus I, em Salvador,
O ex- ministro foi recebido nas dependências da Universidade pelo Reitor prof. José Bites, a vice-Reitora profª Carla Liane e toda equipe gestora da UNEB. Prestigiaram também a aula, a comunidade acadêmica, diversas representações de outras instituições de ensino bem como o ex-governador da Bahia Waldir Pires, o deputado federal Robson Almeida(PT)
Cardozo trabalhou o tema “Estado de Exceção no Brasil atual?”,onde fez fazendo uma resenha histórica para demonstrar a evolução conceitual de Estado e de democracia. Desde a formação dos Estados nacionais na Idade Média e as monarquias absolutistas, passando pelas revoluções burguesas e a consolidação do capitalismo, até o advento dos modelos republicanos e o Estado de Direito, culminando no contemporâneo Estado democrático de Direito – como o instituído no Brasil pela Constituição de 1988, que estabelece condições bem definidas para a adoção de um Estado de Exceção.
“Com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, teve início um Estado de Exceção no país. Um Estado de Exceção que está totalmente fora das hipóteses constitucionais, que não surgiu para a defesa do Estado de Direito como está previsto na Constituição.
É um Estado de Exceção imposto para atender segmentos da nossa elite que estavam descontentes com o resultado das eleições em 2014 e segmentos da nossa classe política que temiam que as investigações contra a corrupção os atingissem”, defendeu Cardozo.
Segundo o ex-ministro, “não houve nenhum crime da responsabilidade cometido pela presidenta Dilma que justifique o impeachment. Portanto, o que ocorreu foi um golpe parlamentar e jurídico, apoiado por grupos da elite empresarial e da mídia conservadora que querem a volta das políticas neoliberais ao país”.
Sob entusiásticos aplausos do público, José Eduardo Cardozo finalizou: “E agora, cabe a questão: aceitaremos pacificamente o rasgar da nossa Constituição? Não, com certeza não aceitaremos. Eu confio, sinceramente, que esta situação deprimente que se instalou no país com o afastamento da presidenta precisa ser enfrentada, de forma pacífica e democrática, por todos nós, povo brasileiro. Vamos, juntos, reconquistar o Estado democrático de Direto no Brasil! E a universidade pública tem um papel fundamental nesse processo!”.
Fonte:Ascom UNEB c/adaptações
fotos:Ascom/Uneb
0 comentários:
Postar um comentário