O ciclo de palestras Fronteiras Braskem do Pensamento traz a Salvador o escritor moçambicano Mia Couto, a crítica cultural norte-americana Camille Paglia e a ativista dos direitos humanos moçambicana, Graça Machel.
Nesta edição, o evento discute o tema Civilização - A Sociedade e seus Valores. A estreia do projeto acontece com Mia Couto, no dia 3 de julho (segunda), na Sala Principal do Teatro Castro Alves.
Camille Paglia fará a conferência no dia 15 de agosto (terça) e Graça Machel no dia 5 de setembro (terça). Todas as apresentações têm início marcado para as 20h30.
Os ingressos individuais por conferência custam R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Já o combo de ingressos para as três conferências custa R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia). As vendas serão iniciadas no dia 7 de junho na bilheteria do TCA, no site Ingresso Rápido e nos SACs dos shoppings Barra e Bela Vista.C
Como nas edições anteriores, o Fronteiras Braskem do Pensamento abre espaço para o debate e a análise da contemporaneidade e das perspectivas para o futuro, apresentando pensadores, artistas, cientistas e líderes que são vanguardistas em suas áreas de pesquisa e pensamento.
De acordo com a organização norte-americana Freedom House, 2016 marcou o décimo primeiro ano consecutivo de recuo da democracia e das liberdades civis no mundo. É neste cenário de fronteiras desmontadas, migração de refugiados, desfragmentação das instituições, impacto entre culturas e consolidação de “pós-verdades” na internet que se coloca a proposta de discussão sobre a sociedade e seus valores.
Saiba mais sobre cada um dos convidados:
MIA COUTO (Moçambique, 1955)
Considerado um dos principais escritores do continente africano e também um dos mais traduzidos no mundo, Mia Couto é comparado a Gabriel García Márquez, Guimarães Rosa e Jorge Amado. Sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras, suas obras recriam a língua portuguesa com influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa. Graduado em Biologia, dirige uma empresa que faz estudos de impacto ambiental e desenvolve trabalhos de pesquisa sobre mitos, lendas e crenças que intervêm na gestão tradicional dos recursos naturais. No projeto Fronteiras do Pensamento realizou as conferências Um repensar de fronteiras, em 2012, em Porto Alegre, e A peneira e a água, em 2014, em São Paulo.
CAMILLE PAGLIA (Estados Unidos, 1947)
Ensaísta e crítica cultural norte-americana, Camille Paglia participou do ciclo Fronteiras Braskem do Pensamento em 2008, em Salvador, com a conferência Variedades do erótico na arte do século XX. É uma das intelectuais mais influentes da atualidade e a principal teórica do “pós-feminismo”. Graduada em língua inglesa, seus ensaios abordam as representações da arte na cultura ocidental e suas relações com política, sexo, religião e sociedade. Ganhou destaque ao analisar a interação entre sociedade e cultura na obra Personas sexuais, e valorizar o tema da cultura de massas no ambiente acadêmico com os livros Sexo, arte e cultura americana e Vampes & vadias, entre outros. Sua mais recente obra traduzida no Brasil é Imagens cintilantes - Uma viagem através da arte desde o Egito a Star Wars. No projeto Fronteiras do Pensamento, Camille Paglia realizou as conferências A mulher na arte: da idade da pedra até Hollywood, em 2007, em Porto Alegre, e Arte, cultura e feminismo, em 2015, em São Paulo.
GRAÇA MACHEL (Moçambique, 1945)
Política e ativista dos direitos humanos, Graça Machel foi ministra da Educação e da Cultura de Moçambique entre 1976 e 1989, grande parte durante o governo de seu esposo, Samora Machel, morto em 1986. Defensora internacional dos direitos das mulheres e das crianças, foi nomeada em 1990 pela ONU para o Estudo do Impacto dos Conflitos Armados na Infância, trabalho pelo qual recebeu a Medalha Nansen das Nações Unidas, em 1995. Em 1998, casou-se com Nelson Mandela, primeiro presidente negro da África do Sul, tornando-se a única pessoa no mundo a ser primeira-dama de mais de uma nação. Formada em Filologia Germânica, Graça Machel atuou como professora, militou na Frente da Libertação de Moçambique (FRELIMO), e é membro do Painel para o Progresso da África (APP), grupo constituído por dez distintas personalidades que defendem o desenvolvimento equitativo e sustentável da África.
fonte:Correio da Bahia/reprodução
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