foto:Felipe Iruatã/reprodução
De passagem por Salvador ontem, a convite da Fecomércio-BA, o filósofo Mangabeira Unger, professor titular da renomada Universidade de Havard e secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência duas vezes, nos governos de Lula e Dilma, almoçou com empresários baianos, antes de fazer palestra na Associação Comercial da Bahia, e traçou um painel sobre o Brasil que não foi lá muito animador.
Referência internacional quando o assunto é política e economia, Mangabeira Unger, que é neto do ex-governador baiano Octávio Mangabeira, disse que Lula e Dilma tiveram o mérito de democratizar o acesso ao consumo, modelo de governo que desmoronou quando o preço das comodities desabou.
Ideias atrasadas —Sobre a era Bolsonaro, diz que o grupo que está no poder tem as ideias da década de 1990:
— O foco deles é a arrumação das finanças do Estado e a simplificação dos impostos, mas isso só não funciona. O presidente não é propriamente um liberal, pois por mais de 30 anos serviu aos interesses de um grupo específico, os militares. Hoje, temos um governo com muitos deles, homens íntegros, mas que não possuem plano de governo para o Brasil.
Mangabeira disse também que não há um plano de desenvolvimento econômico para o Nordeste. E lembrou:
— A política regional deve ser construída pela própria região e não por Brasília.
Em suma, estamos mal.
Carletto e a Previdência
Pergunta ao deputado Ronaldo Carletto (PP): como o senhor está vendo o desempenho do governo Bolsonaro?
— Atrapalhado.
— A Previdência passa?
— Passa, mas não como ele quer. Alguns itens, como mudança nos critérios da aposentadoria rural, no BPC, implantação da capitalização, não há qualquer chance de passar.
Detalhe: Carletto é insuspeito do ponto de vista ideológico. É empresário.
fone:atardeoline 01/06/19
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