segunda-feira, 3 de julho de 2023

Como quadrilha obtia registros para falsos médicos nos conselhos regionais de Medicina


Médico

Médico - Foto: Freepik

Uma investigação da Polícia Federal (PF) descobriu que uma quadrilha falsificava documentos de faculdades de medicina para conseguir registros nos conselhos regionais e vendê-los para falsos médicos. 

Segundo informações exibidas no Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 2, a quadrilha fazia documentos muito parecidos com os originais, reproduzindo inclusive o logotipo de universidades, como o da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Os criminosos também criavam carimbos com nomes de funcionários reais da instituição de ensino e imitavam as assinaturas para dar credibilidade.

Ao menos 65 registros com documentos falsos foram obtidos junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). 

De acordo com a reportagem, além de falsificar os documentos, os criminosos criavam e-mail falso em nome das universidades, já que são as instituições de ensino que enviam a primeira documentação dos estudantes formados para os conselhos regionais de medicina. 

Entre os investigados, está Diego da Silva Jacome de Lima. Em depoimento, ele afirmou que é enfermeiro e que pagou R$ 45 mil pelos documentos falsos com logotipo da Uneb.

Outra investigada é Cássia Santos de Lima Menezes. Conforme a reportagem, ela é enfermeira de formação e gastou R$ 400 mil com os documentos. Ela contou ainda que chegou a dar plantões e conheceu a quadrilha por outra enfermeira que participou do esquema. Ao Fantástico, o advogado dela disse que Cássia é inocente e já prestou esclarecimentos à Polícia.

No mês passado, a PF cumpriu mandados de prisão na operação batizada de Catarse. Valdelírio Barroso Lima, Reinaldo Santos Ramos e Francisco Gomes Inocêncio Junior foram detidos. Ana Maria Monteiro Neta, que é apontada como chefe da quadrilha, está foragida. Ela teria usado o próprio esquema para se tornar uma falsa médica.

Ao Fantástico, a Uneb disse que os documentos recebidos pelo Cremerj são ilegítimos. O Cremerj informou que a investigação começou após uma funcionária perceber documento falsos. O órgão mudou o processo de checagem e anulou os 65 registros com fraudes.

Fonte: Redação Terra - 03/07/2023

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