terça-feira, 18 de setembro de 2012

Salvador: PMDB pode apoiar ACM Neto se Dilma for para palanque de Pellegrino

A decisão da presidente Dilma Rousseff de subir nos palanques do PT em cidades em que outros partidos da base aliada estão na disputa terá um alto custo político e eleitoral.
Um dos casos mais emblemáticos é Salvador, onde o candidato petista Nelson Pelegrino espera para breve uma "visita" da presidente.
Irritado com a "traição", o PMDB sinalizou ao DEM que pode apoiar o deputado federal ACM Neto no segundo caso o candidato da legenda, Mário Kestész, que está com apenas 8% nas pesquisas, não chegue ao segundo turno.
"Tudo em política tem reflexos", disse ao Brasil Econômico o ex-ministro da Integração, Nacional Geddel Vieira Lima, que preside o PMDB baiano. Ele negou os rumores sobre a desistência de seu candidato e minimizou a presença do ex-presidente Lula no palanque do adversário. "O Lula subir no palanque do PT tudo bem. É o papel dele. Mas a presidente é outra história".
Na campanha de 2010, Geddel ouviu de Dilma e Lula que eles subiriam nos dois palanques na disputa estadual.
Mas na reta final, a dupla entrou com força total na campanha de Jaques Wagner e abandonou Geddel, que foi derrotado. Outro dirigente peemedebista disse reservadamente que o PMDB "não cai mais nessa conversa" de palanque duplo.Em São Paulo, a participação de Dilma na propaganda de TV de Fernando Haddad foi mal recebida pelo comando nacional do partido aliado.
O candidato do PMDB na capital paulista, Gabriel Chalita, foi uma aposta pessoal do vice - presidente Michel Temer.
"A decisão de contrariar aliados da base aliada terá consequências para a presidente no Congresso Nacional. Dilma vai precisar de muito empenho para curar feridas", pondera o cientista político Murilo Aragão, da Arko Advice.
Ele avalia que se a presidente tivesse dado mais atenção ao varejo político na pré - campanha, ela podia ter unido os partidos da base aliada nas capitais e grandes cidades. As últimas pesquisas de opinião mostram que o PT só lidera em uma capital, Goiânia.
Em Fortaleza, a divisão dos governistas também favorece a oposição. "Depois da eleição, a troca de líderes no Congresso Nacional e a reforma ministerial ajudarão a pacificar a base. A posição de Dilma na campanha causou desconforto", afirma Antonio Augusto Queiroz, diretor do Diap (Departamento Intersindical de Análise Parlamentar).

Fonte:Brasil econômico/reprodução

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