Foto: reprodução/portal terra
Após a confusão, o jornalista relatou à equipe do Terra
que chegou a ser alvo de empurrões e pontapés. "Faz parte do meu
trabalho. O importante é que estou aqui fazendo o meu trabalho. Sei que
isso é normal, do contrário eu não estaria aqui", disse. Caco Barcellos
continuou acompanhando o protesto, mas toda a vez que a câmera é ligada
os manifestantes gritam contra a TV Globo.
Militantes identificados com bandeiras de partidos
também foram hostilizados por manifestantes. Houve um princípio de briga
entre eles. A multidão gritava para filiados de legendas como PSTU, PCO
e PCB: “Nenhum partido nos representa”. Os manifestantes também
bradavam palavras de ordem, destacando que o protesto “não é comício”.
“Sem bandeira”, gritavam.
Meia hora após a confusão, jovens que portavam bandeiras
de partidos deixaram o protesto. O clima entre os manifestantes é
tenso.
O deputado Carlos Gianazzi (Psol), que acompanha o ato,
afirmou que "é compreensível e natural essa desilusão com partidos".
"Mas é importante divulgar as ideias", disse.
A
cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do
transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais
entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se
transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e
tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
Durante os atos, portas de agências bancárias e
estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos
pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à
repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para
tentar conter ou dispersar os protestos.
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