em primeiro plano o procurador Rômulo Andrade -foto:divulgação/reprodução
Um artigo com críticas ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) gerou um processo para apurar a conduta do procurador da Bahia Rômulo Andrade Moreira. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou, nesta terça-feira (11), a abertura da investigação após o servidor público afirmar que Bolsonaro é um "sujeito fascista, preconceituoso, desqualificado, homofóbico, racista, misógino, retrógrado, arauto da tortura, adorador de torturadores, amante das ditaduras, subserviente aos militares – especialmente 'os de pijama".
No artigo, o procurador também escreveu que membros do Poder Judiciário e do Ministério Público estão "sempre confortavelmente instalados nas antessalas do Poder". Na avaliação do corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, a postura de Moreira é incompatível com o cargo, além de "reprovável", já que "membros do Ministério Público devem manter conduta irrepreensível e disciplinar".
Rochadel lembrou ainda que outros quatro processos administrativos disciplinares já foram abertos para investigar a conduta do procurador em outras situações, mas as aplicações das penalidades “vêm se demonstrando débeis".
A defesa de Moreira alegou que Bolsonaro ainda não havia sido diplomado quando o procurador escreveu o texto (28 de outubro) e que o presidente eleito não apresentou representação contra o procurador pelo artigo publicado. Sendo assim, os advogados dele solicitaram que o caso seja remetido à corregedoria do estado e arquivado.
O conselho negou e decidiu instaurar o procedimento de apuração de conduta na Corregedoria Nacional.
fonte:Redação do BNews 11/12/18 -23:38min.
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