Plenário da Alerj -foto:reprodução/reprodução
Um dos funcionários do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que, segundo investigação, fizeram depósitos para um ex-assessor que movimentou R$ 1,2 milhão em um ano recebeu pagamentos mesmo fora do Brasil. O caso foi revelado pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
Segundo a reportagem, o tenente-coronel da Polícia Militar Wellington Sérvulo Romano da Silva começou a trabalhar como assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do RJ) em abril de 2015. Nove dias depois, embarcou na primeira de oito viagens que fez a Portugal, sempre pela companhia área TAP, até sua exoneração definitiva em 1º de setembro de 2016.
Em um ano e quatro meses como assessor, ainda de acordo com a TV, Sérvulo totalizou 248 dias fora do Brasil. Nesse período, a Casa só não registrou sua presença em folha de pagamento nos meses de abril e maio de 2016 – nesse intervalo, foi exonerado como assessor do então deputado na vice-liderança do PP na Alerj e readmitido como assessor no gabinete do próprio Flávio.
Os salários e gratificações de Sérvulo na Alerj somavam R$ 5.400 por mês.
Ao JN, Flávio Bolsonaro —que é senador eleito e filho de Jair Bolsonaro— afirmou que “não procede” a informação de que o ex-funcionário morava em Portugal enquanto trabalhou para ele na Alerj, mas que a família do ex-assessor mora no país europeu e tem cidadania portuguesa.
Por meio de rede social, o senador eleito também afirmou que Sérvulo já tinha um crédito de 160 dias de férias adquirido junto à Polícia Militar. E que teve direito a outros 60 dias de férias nos anos de 2015 e 2016.
“No entendimento de minha assessoria, pelo fato de ele estar vinculado a órgão da Polícia Militar, tratava-se de um direito adquirido do servidor”, disse Flávio.
Sérvulo é um dos nomes que aparecem em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) como autores de depósito para o ex-assessor de Flávio e policial militar Fabrício Queiroz.
Segundo o documento, Queiroz fez uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Uma das transações é um cheque de R$ 24 mil para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O alerta do órgão se deve tanto ao volume como à forma com que as transações foram feitas. Os repasses para o ex-assessor coincidem, por exemplo, com as datas de pagamento de salário dos servidores da Alerj. Além disso, Queiroz realizou cerca de 176 saques no período, sendo os de maior valor até poucos dias depois dos depósitos, e em montante semelhante ao recebido.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, também citou o assunto em transmissão feita pelas redes sociais nesta quarta-feira (12). Ele admitiu ter um 'problema pela frente' ao citar a apuração que envolve o amigo e ex-assessor de seu filho, mas negou que Flávio e ele filho sejam investigados.
"Se algo estiver errado, que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos aí a conta deste erro que nós não podemos comungar com erro de ninguém. Da minha parte estou aberto a quem quiser fazer pergunta sobre este assunto", afirmou.
fonte:Redação BNews
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