sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Em Camaçari: Promotor e esposa são acusados de extorsão por empresária;MP-BA emite nota


Everardo Yunes é promotor de Justiça e atua na comarca de Camaçari | Foto: Reprodução - Foto: Reprodução

foto:reprodução/atardeonline

O promotor de Justiça Everardo Yunes e sua esposa, advogada Fernanda Yunes, que atuam no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), foram acusados de extorsão pela empresária Adriana Almeida da Anunciação da Cunha.
De acordo com a denúncia, enviada por Adriana, ela sofreu prática de extorsão por parte de Everardo e Fernanda. Segundo a vítima, em 2015 ela preferiu acompanhar de perto a administração da imobiliária que mantinha com o então marido. Com isso, percebeu a existência de alguns procedimentos junto ao Ministério Público de Camaçari e Justiça.
Adriana decidiu, então, contratar um advogado da área ambiental, quando recebeu a indicação da advogada Fernanda Manhente Marques. Durante a reunião, a advogada informou que era esposa de um promotor criminal e teria plenas condições de arquivar todos os procedimentos, cobrando um valor de R$ 50.000,00, que depois se tornou R$ 80.000,00.
Conforme a denúncia, em 13 de junho de 2015, Adriana pagou R$ 30.000,00 em cheque e, após isso, foi solicitado mais R$ 10.000,00 em espécie. "Só que como eu queria ver algum resultado, acabei não pagando, ficando a espera de um resultado, quando pagaria mais dinheiro, porque ela tinha cobrado pra tudo R$ 80.000,00", relatou a empresária.
Adriana pontuou que a advogada passou a exigir mais dinheiro, caso contrário, não teria resultados. Segundo Adriana, ela chegou a ser presa. "Percebi que minha prisão se deveu a não ter dado mais dinheiro para Fernanda Manhente e seu marido, Everardo Yunes", descreveu na denúncia.
Ela finaliza o relato pedindo que a Justiça investigue os fatos, alegando que foi vítima do casal e que outras pessoas poderiam ter sofrido com o mesmo problema. Ela enviou complemento da denúncia com toda documentação para o Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, Augusto Aras, que é presidente da Procuradoria Geral da União.
Após a repercussão do caso, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) entrou em contato com o Portal A TARDE para enviar uma nota de esclarecimento. No documento, o MP informa que a instituição "não coaduna com qualquer prática ilegal" e que as informações serão imediatamente apuradas. (Leia nota completa abaixo). 

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