sábado, 23 de novembro de 2019

Deputado que disputa 38 com Bolsonaro teme que outro partido ‘roube’ número

Deputado Capitão Augusto (PL-SP) coordena a bancada da bala
© Zeca Ribeiro Deputado Capitão Augusto (PL-SP) coordena a bancada da bala
O deputado Capitão Augusto (PL-SP) tenta criar 1 partido com o número 38, o mesmo escolhido por Jair Bolsonaro para a Aliança pelo Brasil. De acordo com ele, foi má ideia do presidente dar tamanha publicidade à opção.
Capitão Augusto diz que há partidos mais próximos de serem registrados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que poderiam se aproveitar da divulgação dada pelo presidente e ficar com o número. O tribunal não reserva números para partidos em processo de criação.
“É ruim para nós e para eles”, diz. O deputado tenta tirar do papel o Partido Militar Brasileiro. Afirma ter cerca de 500 mil assinaturas para a criação da legenda –pouco mais que o mínimo necessário. Elas precisam, porém, ser validadas.
A ideia de ter 38 como número do Partido Militar se consolidou em abril do ano passado, diz o deputado. O número faz alusão ao revólver mais conhecido do país, o popular “três oitão”, e ganhou uma enquete cujo outro concorrente era o 64, número que remete ao ano de 1964, quando os militares tomaram o poder.
“O Partido Militar tem como bandeira principal a segurança”, diz Augusto, destacando que os políticos que defendem essa pauta são, em grande parte, armamentistas. Ele próprio coordena a Frente Parlamentar da Segurança Pública, popularmente conhecida como Bancada da Bala.
Capitão Augusto diz ainda que haverá uma corrida pelo número no mínimo entre o Partido Militar Brasileiro e a Aliança Pelo Brasil. “Quem registrar primeiro, pega o 38.”
De acordo com ele, assinaturas feitas em pranchetas podem distorcer o resultado. Além disso, continua o deputado, pessoas mudam a forma de assinar eventualmente, e muitos dos registros dos cartórios seriam antigos.
“Os fóruns estão exigindo que seja idêntica em vez de semelhante. Isso atrapalha”, diz o deputado. “O problema é que o TSE está adotando 1 entendimento de que tem partidos demais no Brasil”, continua. “A gente percebe que vão arrastando os partidos que estão sendo criados.”
Perguntado se teme que o novo partido de Bolsonaro desidrate a sigla que tenta criar, o deputado negou. Segundo ele, a maioria dos brasileiros é de direita e “apenas as duas legendas” ocupariam essa parte do espectro político. 
fonte:Poder 360/ reprodução

0 comentários:

Postar um comentário