sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Cultura: Presidente da Palmares xinga jornalistas e diz que se intitular "Black Ustra" foi ironia

 Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo

Reprodução/ Estado de Minas / Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo

O  presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, emitiu um esclarecimento em suas redes sociais após se intitular como "Black Ustra" na última quinta-feira (21). Em publicação, Camargo chamou os jornalistas de burros e disse que não entendem ironia.  

O chefe da fundação faz referência ao torturador na época da ditadura militar, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi. Camargo escreveu: “Vou torturar sim, já que não posso nomear. Black Ustra”.

Sérgio Camargo deu essa declaração após a Justiça do Trabalho o impedir de postar conteúdo intimidatório ou vexatório contra servidores, ex-servidores e representantes da Justiça nas redes sociais. Desde então, ele despreza a restrição.

Na tarde desta sexta-feira (22), o presidente do órgão escreveu em sua conta no Twitter: “Notinha de esclarecimento: uso a risada de vilão (muuuuwhahahaha) para que as crias do Paulo Freire que infestam as redações percebam que é zoeira e ironia quando falo em “reino de terror”, “tortura”, “pelourinho”… Mas não adianta. São muito burros!”.

Desde a segunda-feira (11) até essa sexta (22), Camargo já fez mais de 15 postagens em relação a sua restrição. "A aberração jurídica a que a Palmares foi submetida precisa ser anulada, removida, derrubada!", respondeu em um tweet. "Juiz do trabalho, vá catar coquinho", xingou em outro post.

Não é a primeira vez que algum chefe do governo cita o coronel Ustra em uma declaração. Em 2016, durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o então deputado Jair Bolsonaro (sem partido) , exaltou o torturador em seu voto afirmativo para a destituição de Dilma.

Fonte:PORTAL IG -22/10/2021 16h37

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