quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Na Câmera: Ministro da Educação volta a criticar e atacar obra do educador Paulo Freire

Milton Ribeiro volta a criticar Paulo Freire e ataca obra do educador
Catarina Chaves/Ministério da Educação - Milton Ribeiro volta a criticar Paulo Freire e ataca obra do educador


Em audiência pública na Câmara, o  ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a fazer críticas ao educador Paulo Freire, que completaria 100 anos em setembro. Um dos parlamentares presentes, o deputado Elias Vaz (PSB-GO), cobrou do ministro declarações críticas que ele fez recentemente, em Goiânia, contra Freire. Ribeiro manteve o tom contra o educador, com a curiosidade de que evita se quer citar seu nome.

"Baseio minha vida em evidências científicas e em resultados. Olha a que pé chegou a educação pública brasileira quando abraçou de olhos fechados algumas pedagogias. Não o avalio tão positivamente assim como o senhor. Respeito a trajetória desse educador, mas as evidências mostram que o modelo proposto nos últimos vinte anos foi um desastre em termos de educação", disse Milton Ribeiro, interrompido pelo deputado:

"O senhor não cita o nome dele. Tem dificuldade disso?", o questionou Vaz.

"Não convém citar o nome de quem não está presente. É um grande educador, mas tenho minha avaliação", respondeu o ministro, que criticou sua principal obras, o livro "Pedagogia do oprimido", reproduzido em vários idiomas e estudado em universidades de muitos países.

"O senhor leu o livro dele, "Pedagogia do oprimido"? Faço questão de lhe dar de presente. Eu li três vezes, e depois podemos conversar. Antes de assumir o ministério, tive esse cuidado", disse o ministro se dirigindo ao deputado.

A teoria e o processo educacional de Paulo Freire se baseia a partir da realidade do aluno, e a partir daí criou seu método de alfabetização de adultos.

A audiência púbica chegou a ser interrompida por alguns minutos, com uma intervenção da presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Brune Brelaz, que criticou a atual gestão do MEC e a falta de orçamento para políticas públicas.

Fonte:PORTAL IG -20/10/2021 16h36

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