segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Minas: Professor e cientista Luiz Goulart morre vítima da Covid-19


Marco Cavalcanti/Universidade Federal de Uberlândia/Divulgação

O cientista brasileiro Luiz Ricardo Goulart Filho, de 59 anos, que coordenou pesquisas relacionadas ao coronavírus, incluindo a de um promissor teste para detectar o vírus por meio da saliva, morreu no último domingo (24/10) em decorrência da Covid-19. Ao lamentar a morte do cientista, que integrava sua rede de pesquisas sobre o vírus, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o titular da pasta, Marcos Pontes, omitiram a causa do óbito.

O MCTI emitiu nota oficial no início da tarde desta segunda-feira (25/10) externando “pesar” e informando onde serão o velório e o sepultamento, além de dedicar alguns parágrafos ao longo currículo do pesquisador. Marcos Pontes usou o Twitter para lamentar a “enorme perda para a ciência brasileira”, mas também optou por não falar na causa da morte.

Luiz Ricardo Goulart Filho era professor e pesquisador na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que citou a causa da morte e a luta do cientista ao longo de quatro meses de internação logo no início do texto de sua nota de pesar. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) também confirmou Covid-19 como a causa da morte de Goulart Filho, em comunicado divulgado nesta segunda.

O cientista era graduado em ciências biológicas pela Faculdade Educacional de Machado, e em agronomia pela Universidade Federal de Lavras, e também tinha mestrado em genética e doutorado em genética molecular, pela Purdue University, nos EUA, pós-doutorado em patologia molecular médica pela Virginia Commonwealth University (1999) e pós-doutorado em microbiologia médica e imunologia pela University of California, em Davis (2010), onde também foi professor visitante (2010-2012).

Segundo a UFU, Goulart liderou o desenvolvimento do primeiro sensor biofotônico sem reagentes para o diagnóstico de Covid-19 aplicado em escala mundial e a biópsia líquida para exame de próstata por meio do sangue do paciente. Seu nome aparece entre os cientistas da entidade com maior número de patentes pedidas: 69 registros.

Fonte: Metrópoles - 25/10/2021

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