O empresário e influencer tem 7 milhões de seguidores, e ferrenho defensor dos 'bons costumes' foto:reprodução
A Polícia Federal, após dez meses de investigação, indiciou o influencer fitness Renato Cariani e mais dois amigos pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Não foi pedida a prisão dos três indiciados.
Dessa maneira, a conclusão da investigação da Polícia Federal foi encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF), que pode ou não denunciar o grupo pelos crimes.
Além de Renato Cariani, foram indiciados Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth, que são acusados de usar uma empresa química para falsificar notas fiscais de vendas de produtos químicos para multinacionais farmacêuticas.
No entanto, segundo a investigação da PF, os insumos não iam para as tais farmacêuticas, mas sim eram desviados para o narcotráfico, visando a produção de cocaína e crack.
De acordo com as investigações da PF, a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) era abastecida com os produtos químicos desviados pelo grupo indiciado.
Relembre o caso
De acordo com o inquérito policial foram várias as delegacias de polícia de São Paulo que apreenderam produtos químicos da Andriol.
O Fantástico, da TV Globo, obteve uma série de fotos coletadas pela Polícia Federal que mostram um traficante preso desde 2016 indo à Anidrol para retirar produtos químicos que seriam usados para a produção de crack e cocaína pelo PCC.
O traficante fotografado na sede da Anidrol foi preso em 2016 e seu depoimento teve grande importância para a investigação. Foi justamente através dele que o esquema de notas falsas foi revelado pela primeira vez. O homem também deu detalhes de como era sua atuação junto à empresa.
“A Anidrol [me entregava esses produtos], o laboratório. A empresa tinha um tempo de embalar, de preparar”, disse o homem à Justiça ainda em 2016, logo que foi preso, em trecho mostrado pela TV Globo.
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