terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Empresário Renato Cariani é indiciado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro


                                       O empresário e influencer tem 7 milhões de seguidores, e ferrenho defensor dos 'bons costumes'   foto:reprodução


A Polícia Federal, após dez meses de investigação, indiciou o influencer fitness Renato Cariani e mais dois amigos pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Não foi pedida a prisão dos três indiciados.

Dessa maneira, a conclusão da investigação da Polícia Federal foi encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF), que pode ou não denunciar o grupo pelos crimes.

Além de Renato Cariani, foram indiciados Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth, que são acusados de usar uma empresa química para falsificar notas fiscais de vendas de produtos químicos para multinacionais farmacêuticas.

No entanto, segundo a investigação da PF, os insumos não iam para as tais farmacêuticas, mas sim eram desviados para o narcotráfico, visando a produção de cocaína e crack.

De acordo com as investigações da PF, a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) era abastecida com os produtos químicos desviados pelo grupo indiciado.

Relembre o caso 


Químico de formação e sócio da Anidrol, os produtos das empresas de Cariani parecem ser famosos na praça. Tanto no mercado legal, como aparentemente também no ilegal. Para provar as acusações de envolvimento com o PCC, a Polícia Civil divulgou para a imprensa que constatou apreensões de produtos químicos da empresa em mais de uma dúzia de ocorrências.

De acordo com o inquérito policial foram várias as delegacias de polícia de São Paulo que apreenderam produtos químicos da Andriol.

O Fantástico, da TV Globo, obteve uma série de fotos coletadas pela Polícia Federal que mostram um traficante preso desde 2016 indo à Anidrol para retirar produtos químicos que seriam usados para a produção de crack e cocaína pelo PCC.

O traficante fotografado na sede da Anidrol foi preso em 2016 e seu depoimento teve grande importância para a investigação. Foi justamente através dele que o esquema de notas falsas foi revelado pela primeira vez. O homem também deu detalhes de como era sua atuação junto à empresa.

“A Anidrol [me entregava esses produtos], o laboratório. A empresa tinha um tempo de embalar, de preparar”, disse o homem à Justiça ainda em 2016, logo que foi preso, em trecho mostrado pela TV Globo.

fONTE: REVISTA FÓRUM - 28/01/2024

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