quinta-feira, 27 de junho de 2024

Maceió: Polícia investiga racismo contra professor da UFAL; veja mensagens capturadas



Professor Thiago Zurck com a ex-reitora da UFAL, prof. Valéria, na sede da Polícia Federal.














 A Polícia Civil de Alagoas foi acionada nesta quinta-feira, 27, para investigar um caso de racismo sofrido por um professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O caso ocorreu no último dia 25 e a vítima, o professor Thiago Zurck, fez uma postagem nas suas redes sociais denunciando o caso e acionou a Polícia Federal para investigar a prática cometida por alunos da instituição.

Em sua rede social, Zurck  destacou que “em um grupo de estudantes da área de saúde da UFAL, favoráveis ao fim da greve, na tentativa de diálogo, sofri assédio por parte de alguns e o crime de racismo por parte de outros. Ele postou ainda imagens de captura de tela das mensagens que expõe o conteúdo racista.

“Eu fico imaginando se esse vagabundo for exonerado algum dia. Vai virar mendigo pq não consegue fazer outra coisa”

“Baita cara de vagabundo”

“O mendigo não seria tão inútil”

Em entrevista à imprensa, o professor destacou que registrou uma queixa na Polícia Civil. Nesta manhã ele compareceu a Delegacia Especializada dos Crimes contra Vulneráveis, no bairro da Mangabeiras. Nesta quarta, o professor compareceu a sede da Polícia Federal e abriu um Boletim de Ocorrências.

A Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi acionada e, de acordo com Pedro Gomes, secretário adjunto, assim que tomou conhecimento do caso procurou o professor e o orientou.

De acordo com Gomes, a comissão terá uma reunião com a vítima e “agora é o momento de cobrar. Cobrar das autoridades celeridade nas investigações para que se possa identificar os agressores. Cobramos punição de forma administrativa da UFAL e penal para que não se fique impune”, assegurou.

Ainda de acordo com o advogado, racismo e injúria racial é crime e a pena pode chegar de 2 a 5 anos de prisão. “Podendo aumentar devido as circunstâncias”, assegurou.

Em Nota, a Associação dos Docentes da UFAL (Adufal) destacou que “é inaceitável que atitudes preconceituosas, discriminatórias e que ferem os princípios fundamentais de respeito e igualdade sejam normalizadas. Racismo é crime imprescritível e inafiançável, com pena de até cinco anos de reclusão, e sua prática demonstra uma profunda ignorância e desrespeito aos valores humanos”.

fonte: ALAGOAS24h - 27/06/2024

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