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O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas na quarta-feira (9) por ter declarado que desejava a morte do presidente Lula. O pedido de aconteceu no plenário da Câmara dos Deputados. O bolsonarista havia afirmado querer a morte de Lula em sessão da Comissão de Segurança na terça-feira (8): “Eu quero mais é que ele morra mesmo.”
Na tarde de quarta-feira (9), Gilvan disse: “Eu aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso, deveria pagar por tudo que ele fez de mal ao nosso país, mas reconheço que exagerei na minha fala. Peço desculpas.”
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal e ao Ministério Público a abertura de uma investigação criminal na própria terça-feira (9).diante da gravidade da ameaça. Além de mencionar possível crime de incitação à violência, a AGU considera que as falas do deputado podem configurar ameaça e extrapolarem os limites da imunidade parlamentar.

Fala de deputado bolsonarista foi criticada pelo senador Flávio Bolsonaro (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)
A declaração ofensiva da terça-feira (8) aconteceu durante discussão de um projeto de lei que propõe o desarmamento da segurança presidencial. Na ocasião, Gilvan declarou, por três vezes, que queria que Lula morresse. “Nem o diabo quer o Lula, é por isso que ele está vivendo aí, superou o câncer. Tomara que tenha uma taquicardia porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando o Brasil. E eu quero mais é que ele morra mesmo.”
Bolsonarista expressou desejo de morte de Lula
A Comissão de Segurança pública discutia o PL proposto por outro deputado bolsonarista e defensor de armas, Paulo Bilynskyj (PL-SP), cujo objetivo é desarmar a segurança pessoal do presidente da República por uma suposta “incoerência” pelo fato de Lula ser a favor do desarmamento. Gilvan é relator da proposta na Comissão de Segurança Pública, onde o texto foi aprovado.
Depois das declarações do deputado, até parlamentares de direita, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticaram as declarações de Gilvan. “Não é a postura que se espera de um parlamentar que está ali para discutir as coisas sérias do Brasil”, afirmou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Gilvan da Federal já havia se envolvido em outro caso de violência política e preconceito. Em março de 2025, ele foi condenado pela Justiça Eleitoral por violência política de gênero. O caso ocorreu em 2021, quando ele ainda era vereador e chamou a então vereadora Camila Valadão (PSOL-ES) de “satanista”, “assassina de bebês” e “assassina de crianças” durante uma sessão na Câmara Municipal de Vitória.
Fonte:ICL - 10/04/2025
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