terça-feira, 5 de maio de 2009

Temporal Causa Mortes em Salvador

Dois homens morreram soterrados, devido ao desabamento de um imóvel na Travessa 1° de Janeiro, Rua Nova, no bairro de Pirajá, na tarde desta terça-feira, 5. Integrantes do Corpo de Bombeiros e da Coordenadoria Especial de Defesa Civil (Codesal) trabalham no resgate de uma terceira vítima, que continua debaixo dos escombros. Um temporal castigou Salvador por quase dez horas ininterruptas, causando uma série de transtornos à população. Pontos de alagamento e trânsito caótico foram apenas alguns dos problemas enfrentados. O mau tempo também gerou restrições nas operações no Aeroporto internacional Luiz Eduardo Magalhães, e alguns voos foram desviados e redirecionados para o aeroporto de Aracaju. Já na Paralela, motoristas foram assaltados por grupos que promoveram arrastões, aproveitando o engarrafamento. A falta de estrutura na cidade gerou protestos em bairros como Mussurunga, Estação Pirajá, Cajazeiras, Lobato e Alto do Cabrito. De acordo com informações da Transalvador, a Av. Dorival Caymmi está interditada também por conta de uma manifestação de moradores, revoltados com os danos causados pela invasão das águas em suas residências. O trânsito melhorou um pouco, mas ainda há lentidão na região da Bonocô, Imbuí, Paralela e Valdemar Falcão. Até as 16h, a Codesal registrou 282 ocorrências em virtude das chuvas, sendo 174 deslizamentos de terra, 13 desabamentos de muros, 13 desabamentos de imóveis, 11 árvores caídas, 25 ameaças de deslizamento, 7 ameaças de desabamento de muro, 25 ameaças de desabamento e 10 alagamentos de área.

Dia caótico - No Dique do Tororó, a água transbordou e invadiu o asfalto. O problema também foi verificado no Centro de Convenções, na entrada do Ogunjá, nas avenidas Centenário e Bonocô e no Rio Vermelho, deixando o trânsito lento. As águas chegaram a cobrir a roda dos veículos e carros quebrados ficaram pelo meio do caminho em diversas vias da cidade.Na Pituba, a avenida Paulo VI ficou totalmente alagada, assim como as transversais Rua das Hortênsias e Rua Almirante Carlos Paraguassu de Sá. Nesta região, lojas que ficam abaixo do nível da rua fecharam as portas para que funcionários ajudassem a retirar a água de dentro dos estabelecimentos. Os pontos comerciais viraram abrigos para as pessoas que esperavam o temporal passar. A estudante universitária Lenita Fagundes, 43, permaneceu por mais de três horas com o veículo parado na Rua das Hortênsias, ao tentar buscar os netos no colégio. Alunos do colégio Edvaldo Boaventura, na entrada do conjunto Vale dos Rios enfrentaram muita água na saída da escola. Na mesma região, carros foram levados pela chuva. Na avenida Tancredo Neves, os pontos de ônibus ficaram lotados. A capital ainda teve 6 desabamentos de muro, 44 deslizamentos de terra, 3 ameaças de desabamento de muro, 8 ameaças de desabamento de imóvel, 2 ameaças de deslizamento de terra, uma árvore caída e um alagamento na região de Mata Escura.
Mau tempo - O mau tempo na capital baiana é provocado pela instabilidade no Leste e Norte da Região Nordeste, além da influência de nuvens que estão sobre o Oceano Atlântico. Até esta segunda, 4, choveu 52,1 milímetros da média para os meses de maio, que é de 349,5 mm, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e nesta quarta, 6, deve continuar chovendo.Em caso de emergência, o cidadão deve ligar para 199 - a ligação é gratuita. A Defesa Civil recomenda que quem mora em área de risco fique atento a sinais de rachaduras, aumento repentino do nível de rios e riachos e inclinação de postes de iluminação e árvores. As informações são do jornal atarde.

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