terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ARTIGO: RESPEITEM À BAHIA


O Estado da Bahia há muitas décadas vem passando por um processo de degradação que nos causa tristeza. É a nossa capital extremamente mal- tratada em todos os aspectos, do Abaeté a Paripe permeia o abandono, a ausência dos poderes públicos devidamente constituídos na efetivação de medidas para proporcionar melhor qualidade de vida aos soteropolitanos. Nós que estamos no interior já estamos perdendo a capacidade de indignação, tamanha é a falta de atenção para conosco, onde o que temos de concreto de responsabilidade do Executivo é um precário sistema de saúde pública, obras importantes iniciadas e sem prazo para conclusão, a ausência de toda infraestrutura para o pleno funcionamento da segurança pública, onde mesmo com a dedicação dos nobres componentes da Polícia Militar e Civil no exercício de suas funções, não encontram o retorno necessário nas condições de trabalho e remuneração percebida que não lhes proporciona nenhum incentivo, no Poder Judiciário não é diferente, falta Juízes, Promotores, Defensores Públicos, técnicos nas comarcas, e para completar o tripé, temos um Legislativo omisso, lento e chantagista.


A greve da PM deflagrada em 31/01 retrata a situação que o Estado vive atualmente, onde se deixa as coisas acontecerem para depois se apontar “culpados”, é inadmissível que para um governo dito democrático se deixar chegar a uma situação ora enfrentada, que o país assiste, e com repercussão internacional, onde vidas de cidadãos foram brutalmente ceifadas, pânico instalado, enormes prejuízos para toda a cadeia produtiva da economia baiana, principalmente num momento que em que há uma enorme injeção de recursos no mercado por causa do carnaval em Salvador.


As dificuldades enfrentadas pela PM baiana vêm desde os governos chamados “Carlistas”, é verdade, além da questão salarial é a falta de viaturas para o interior, é combustível insuficiente, dentre outros fatores, mas não podemos mais olhar para o passado, pois, os nobres componentes da PM acreditaram e votaram também no atual governador com a promessa de mudar a situação, e é isso que a sociedade espera.


O governador do Estado da Bahia tem a obrigação de buscar, sentar ou delegar alguém numa mesa de negociação e por fim ao movimento grevista com uma ampla negociação, onde se possa trazer o mais breve possível à normalidade em todo o Estado. Se houve excessos, badernas cometidas pelos policias grevistas que se puna dentro do que a lei determina, agora, a população baiana não pode mais conviver numa Bahia onde os nossos governantes ficam passivos aos reclames de sua população, pois, já dizia o sábio Rui Barbosa “ governar é prever, para prover.”



Autor: Jorge Luiz/blogueiro

0 comentários:

Postar um comentário